Sobre um pano na grama, havia frutas, muitas frutas. Vermelhas, laranjas, verdes e até mesmo uma roxinha.
Suco - feito com frutas -, e algum outro réptil.
- Oque há comigo? - Tess disse rindo, sua boca cheia de frutas. - Eu nào consigo parar de comer.
John sorriu pra ela.
- Não jantamos ontem. É por isso.
- Você pode ficar com o cozido.
Tess empurrou para John o réptil cozido.
- Tudo bem.
Joh pegou a "panela" - que eles mesmo haviam feito. E levou o que tinha dentro para sua boca.
Há algum tempo atrás, Tess recusara comer réptil mais uma vez, tudo por conta de que uma vez John não tinha cozido direito. Ela mordeu o bicho e sua carne estava dura, fria e nojenta.
A partir de então, os cozidos ficavam só para John. Oque ele realmente não reclamava, comia tal como se tivesse comendo uma lasanha.
Uma borboleta entrou no campo de visão de Tess. Atrás de Joh. Essa era preta, grande e voava pra cima e para baixo.
Tess se levantou. Seu vestido marrom se desenrolou até que bateu em seus pés.
Ela foi em direção à borboleta.
Estendeu sua mão para o auto e depois levantou um dedo - indicador -, assim como ela sempre fazia, e John quem havia ensinado.
Chamou a borboleta mentalmente para seu dedo, esperou até que ela aceitasse o pedido.
Um momento depois ela pousou em seu dedo. Com gentileza Tess olhou para ela. A borboleta indefesa, vulnerável e ingênua, tinha mais coisas em comum com Tess do que qualquer outra coisa.
Tess pensou em como John atraía borboletas até ele.
Com toda gentileza, e então partia para a velocidade. As prendia em sua rede, e depois as trancava para morrer. Tudo para ter o prazer de ve-las em seu mural.
Ele por outro lado. Não fazia mais isso.
Ele já não era mais um colecionador de borboletas, ele agora colecionava momentos com Tess, lembranças e amor.
Tess era mesmo sortuda, não?
Um barulho alto veio de entre as árvores, a borboleta voou depressa, Tess olhou para trás e encontrou o olhar confuso de John.
Ela foi pra perto dele.
- Oque foi isso? - Ela perguntou com medo.
- Fique aqui Tess. - Ele a empurrou para trás dele.
- John, oque foi isso?
Outro barulho soou. Tess conhecia esse. Era uma pisada sem cima de um galho. Tinha alguém ali. Tess e John, não estavam sozinhos.
Tess pós as mãos na boca para calar um grito.
- Tess entra pra dentro. - John disse em um sussurro.
- Não John, não vou. - Ela disse negando com a cabeça.
- Agora Tess.
Um outro barulho, o mesmo. Só que agora mais perto.
Tess olhou para as árvores à procura de uma figura. E com medo da figura que iria ver.
- Tess! - John à pressionou.
Um a silhueta se formou. Aparentemente um caçador.
Ele era alto, forte e tinha em uma das suas mãos oque fez a respiração de Tess se afobar, uma espingarda.
Tess o olhou nos olhos, os dele olhou para ela também, e depois John, por fim para ela denovo.
Um arrepio a assombro. Seus pelos se arrepiara. Rapidamente, uma gota de suor desceu por suas costas, e essa não era por conta do calor.
- Quem é você? - John quebrou o silêncio.
O caçador, como se não tivesse ouvido, apontou a espingarda para John.
- Não! - Tess gritou.
O caçador à olhou curioso.
- Oque vai fazer? Pare. - Ela disse.
- Não quer que eu o mate? - A voz do caçador era rouca. Amedrontante e estrondante.
- Porque iria querer isso? - Uma lágrima pulou de seus olhos.
- Ele não te fez mal?
"Ele não fez mal? ". Era isso que o caçador estava pensando? Que John, a fizera mal?
Mas quem estava de verdade preste a fazer mal era o próprio caçador.
- Ele é o meu pai. - Disse Tess.
John, pegou a mão de Tess.
- Seu pai? - Um sorriso apareceu no rosto do caçador. Um que não fez bem à Tess.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Colecionador de Borboletas
Misterio / SuspensoCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...