O Cheiro era de ferrugem. O gosto em sua boca, amargo. O som era como bater de asas. E quando ela finalmente abriu os olhos se desesperou.
Atordoada ela se sentou. Sua cabeça encostada no metal atrás dela. Recuperou o fôlego, e esperou até que seu coração voltasse ao ritmo cardíaco normal.
E então ela absorveu oque tinha em seu redor, a cada centímetro que seus olhos percorriam, uma onda de pavor à percorria.
Ela estava em uma cabine. De metal, talvez de ferro.
Tess não entendia muito de metros - isso era uma das pouquíssimas coisas que ela não estudou. - mas pensou ela que a cabine tinha aproximadamente um metro e meio de comprimento, e pelo menos uns dois de altura.
Na cabine havia algum tipo de maçaneta, a qual ela nunca vira antes.
Seu primeiro pensamento foi tentar abrir. Ela se levantou e tentou . É claro que estava trancado.O som parou, o som no qual ela pensara ser de asas batendo.
Um rangido se ouviu vindo de fora da cabine.
Um choro sufocou em sua garganta.
Ela pensou em como tinha chegado aqui, oque mesmo aconteceu?
Acampamento.
Trilha.
Ela havia se perdido.
Forçou seu cérebro a se lembrar. Ela viu um flash de luz. Um homem. E depois outro flash.
O homem.
Oque ele tinha dito pra ela mesmo?
Algo com Borboleta.
Em outro rangido a porta se abriu. Ele. O homem. Ele estava com as mesmas roupas. Sua aparência facial era angelical e amedrontante ao mesmo tempo.
Outra onda de perguntas se formou em sua cabeça, como ele a achou? Oque ele queria com ela? Porque ele a trouxe?
Pior. Para onde ele a trouxe?
Ele estendeu sua mão para ela - mais uma vez, pensou.
Ela se espremeu contra a cabine, estava com medo, não sabia quem era ele. Não iria aceitar sua mão.
- Não tenha medo. - Ele disse num farfalha - Pegue minha mão.
Ele se mostrava tenso, e Tess pensou ter visto uma flecha de medo passando em seus olhos.
- Quem é você? - Ela perguntou com lágrimas nos olhos.
-Sou johnny - Ele disse quase que esperando que ela o reconhecece.
Ela o olhou nos olhos. Se perguntando o que estava acontecendo.
- Oque quer de mim? Porque me trouxe pra cá?
Johnny se pareceu curioso quanto à Tess.
Talvez porque ele não esperasse nenhuma reação igual a dela, não vindo de uma criança de 7 anos. A maioria das crianças estaria gritando e chamando pela mãe.
Mas Tess era a garota prodígio, sua mentalidade era pelo menos de uma menina de 12 anos.
Ela olhou além dele. Procurando por uma saída, mas tudo parecia muito escuro e vasto.
- Quero te levar pro lugar seguro. - Ele disse em outro sussurro.
- Oque? Oque é um lugar seguro? Porque está dizendo isso?
- Não posso te falar, pois borboletas não gostam de ficar presas. Vocês sempre querem fugir.
Tess achou ele insano por um momento. E no outro teve sua certeza. Ela a chamara mesmo de borboleta?
Ele a pegou pela mão puxando ela para fora da cabine, ela hesitara mas ele era doce de alguma forma.
Fechou a porta da cabine atrás deles.
Tess tinha razão. O quarto era escuro. Exceto por uma luminária velha do outro lado da parede.
Tess tinha perguntas, mas certamente ele não à responderia, não dá forma que ela queria.
Ela se surpreendeu com sigo mesmo quando a pergunta saiu.
- Oque era aquele som de asas batendo?
Johnny, a olhou, intrigado e lhe disse:
-Minha coleção.
Ela não entendeu. Mas nada naquela noite fazia sentido. Ou ela achava que ainda estava a noite.
Saindo do quarto escuro havia uma sala, essa com luz no teto. Tess ousou olhar para o lado. Havia instrumentos para caça. De todos os tipos : machado, anzol, armadilhas para animais grandes, e redes de mão, muitas redes de mão.
Na parede a frente de Tess, havia uma porta, essa também de ferro.
Johnny a abriu com um molho de chaves que ele retirou de seu bolso.
Era outro quarto esse bem iluminado. Havia um colchão velho e sujo jogado em um canto. E mais nada.
Tess realmente queria se afastar do pensamento que teve : esse quarto é pra mim, ele vai me manter refém aqui. Isso obviamente é um sequestro. Mas papai é só um comerciante. Mamãe teria dinheiro suficiente para pagar o meu preço? O salário de uma psicóloga era bom o suficiente?
Sem mais delongas Johnny a deu um empurrãozinho para dentro do quarto.
- Porque isso? Porque vai me prender?
Ele fechou a porta de ferro, separado-os
- Esse é o lugar seguro. - Ele disse.
Tess dentro do quarto se pegou chorando em voz alta.
Reparou ela que bem em baixo da porta havia uma passagem, Talvez fosse para comida.
A pequena passagem se abriu.
Rapidamente Tess se abaixou.
Johnny estava do outro lado, sentado e contava quantas chaves havia em seu molho. Mas ele contava em uma ordem diferente.
Tess sabia. Era números primos.
Para a mãe de Tess, Gracy, bastaria apenas uma olhada, para o diagnostico final.
Ele era louco.
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O Colecionador de Borboletas
Mystery / ThrillerCom poucos flash backs de sua própria família, uma menina cresce com medo de seu futuro, mas também com muito amor. Tess, era apenas uma criança comum, passando o verão com sua mãe, mas uma vida comum não era o suficiente para ela se achar no mundo...