♑︎𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 IV - 𝐀𝐥𝐞𝐤𝐱𝐲⃤

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——— ♑︎「 POV Alexandre 」𖤛———

Eu conheci Collins aos 10 anos, quando meu pai foi negociar com o pai dele e lá vi um garoto de cabelo loiro escuro aprendendo a atirar, ele tinha uma cara de metido e bravo que nem cheguei no mesmo de primeira.

—Pai quero testar uma AK! – Avisou ao homem de cabelos loiros claros, ele apenas empurrou a mão dando um sinal para outro homem de arma na cintura sem camisa.

— Bora pivete, eu te ensino! –O homem com a arma, bagunçou os cabelos do outro menino que se virou para mim com um olhar curioso.

—Eu quero 10%! –O Loiro riu nervoso, se levantando bruscamente da cadeira e encarou de perto, quase rosnando.

—Seu 10% de merda, Marcos! Tá tirando porra? Você fudeu a minha operação e quer "seu" 10% –Discutiu, batendo uma pasta na mesa. —15% dos meus homens morreram no seu golpe ridículo! – Meu pai segurou a pasta e assim que a abre, umas fotos caíram no chão me dando a visão de corpos multilados e queimados.

— Grego! Vai com o Collins! Agora! – Ordenhou com uma raiva na voz mas eu sabia que não tinha a ver comigo, porém ele queria me proteger.

Fingi que saí da sala para escutar o restante da conversa, os espiando pela porta.

—Eu tô nessa merda de operação Sua! – Jogou com raiva as fotos na mesa de qualquer jeito e apontou o dedo na cara do loiro. — Porque você me meteu nessa porra! O DH – Sua voz falhou ao pronunciar o nome de um homem. —Ele levou a Viviane embora, junto com a Fabiane. Mandou umas fotos do que vive fazendo com elas e eu não posso contar para MINHA ESPOSA QUE AS FILHAS DELA ESTÁ SENDO TORTURADAS POR UM DOENTE QUE TU COLOCOU NA NOSSA OPERAÇÃO! -
– Gritou passando as mãos nos cabelos. O loiro esmurrou com fúria a mesa.

— Vou chamar nosso mercenário! – Avisou pegando o celular e logo discando algo na tela.

— Vai chamar o Barrada? O que esse sádico doente vai fazer? – Perguntou apoiando as mãos na mesa. O loiro colocou o celular na orelha e o observou ficar mais bravo.

— Matar a família do desgraçado! Mas lembre-se: as meninas vão junto! Grego ou sua esposa não pode saber nunca! – Explicou com os verdes escuros brilhando de tanta raiva. —Alô Freddie? Não....eu preciso de uma ajuda especial sua.... DH e toda a família, mate as meninas também. – Meu pai ajoelhou no chão chorando, com as mãos na cabeça.

— Não deveria espionar a conversa dos outros! –A voz grossa apareceu atrás de mim, do mesmo homem que havia saído com o menino loiro emburrado. — Vem, vamos ficar com o Collins antes que o seu pai e o Gomes te batam por se meter. – Alertou estendendo as mãos para mim, logo apertei e me levantei do chão que estava sentado, para o seguir entre os corredores da casa de três andares, mais conhecida por Boca.

Minha mente me questionava sobre as informações do que havia escutado, mas de fato parecia tudo uma loucura.

Mas as meninas são minhas primas ou não? Meu pai havia mentido a minha vida inteira, e minha mãe também teria feito o mesmo? Todas martelando de uma vez só em minha cabeça mas uma me enlouqueceu ainda mais. Quem era DH e porquê ele quer vingança dos nossos pais?

Resolvi descobrir depois através da minha própria investigação. Meu pai tinha o costume de dizer que eu era muito curioso e a minha obsessão por querer aprender, investigar e descobrir a verdade, me tornaria um ótimo polícia que nem o pai dele. E eu tinha certeza até no dia de sua morte que isso era o que mais desejava a minha pessoa desde o início.

Naquele dia me meti na informação sobre tal boca, enchendo o homem de várias tatuagens, enquanto caminhávamos pelo corredor.

— O quê é uma "Boca"? – Perguntei de primeira, ele me olhou de lado e continuou o caminho, me fazendo acreditar que não diria nada até sua voz chegar aos meus ouvidos.

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