--- ♋︎ 🌺「 POV Alice 」🌺𖤛---
- Nós estávamos fora, durante as tempestades, durante a noite
Nós estávamos correndo no escuro, estávamos seguindo nossos corações
E nós caíamos e nós lentamente desmoronamos
Nós lentamente desaparecemos na escuridão - Falling Apart_ Michael ShulteAs nuvens são algodões doces para crianças, esperanças para adolescentes, e uma desilusão para os adultos. Quando garota, ela sonha em perder a virgindade com um cara que amasse, um homem parecido com um príncipe encantado, um conto de fadas, mas depois de tudo que passou nas mãos de Collins, ela entendeu que ela tinha raiva, dor e medo dele, mas isso não iria melhorar, sentia em sua pele.
Agora que ele estava insano e nada lúcido, ele queria sangue, queria vingança, ela viu isso em seus olhos, quando entrou no banheiro, e pediu para ele gritando, implorando para que ele não a penetrasse, mas mesmo assim, ele só se importou com o próprio prazer, nos momentos seguintes, ele se agachou junto à ela, a abraçando, pediu mil desculpas, disse que não era para ser assim. Ele implorou seu perdão, mas ela não conseguia dizer nada, e durante as noites, ela esperou que ele estivesse ao seu lado, mas ele dormiu na sala depois do ocorrido, algo que aliviou.
- Você gosta de praia, Alice? - Perguntou Helena colocando a mão em sua coxa, mas assim que percebeu o ato, ela sorriu forçada e retirou a mão. Ali afirmou com a cabeça e voltou para a janela do passageiro.
Luiza olhou para Ayra que suspirou profundamente, notando o quanto Alice estava quebrada, mas ela não podia curá-la. Luiza beijou as bochechas de sua sobrinha, lembrando de Collins, seu irmão não parecia ser o mesmo homem que ela cresceu junto.
Helena pediu para que seus seguranças levassem suas malas, e as das meninas para dentro da casa.
- Uma mansão na praia! - Ayra ficou chocada, com Luiza entrando e gritando em seu doce lar, Alice sentou no sofá da varanda, começou a mexer no celular, checando as redes sociais. Encontrou várias publicações de vagabundas falando que sentia saudades de Caveira, quando viu um vídeo de reportagem falando que estava tendo guerra entre a favela do complexo do alemão e o complexo da Penha, ainda no Rio de Janeiro.
- Não deveria ver isso, querida. - Disse Helena, bloqueando o celular de Alice com o dedo. - Nós mulheres ficamos em paz, enquanto muitos dos homens vão à guerra por motivos banais. - Disse com decepção. - Podem escolher o quarto, você e sua irmã. Apartir de agora, sua irmã e você vão morar em Ipanema comigo e Luiza. Se quiserem. - Diz com um tom de alegria e simplicidade pura.
- Eu quero esse! - Disse com um brilho no olhar, ela estava aliviada, descansada de homens cruéis, em sua vida. Ela havia gostado de Helena, assim como Alice.
- Oh...então você terá que ficar no outro, Alice. - Disse entrando a porta do quarto em frente ao de Ayra.
- De quem é o quarto ao lado? - Questionou Ayra curiosa.
- Era do Collins, quando ele era um adolescente normal. - Sussurrou baixo, suspirando profundamente. - Bom, se acomode, vou pedir para Laura preparar o jantar. - Comentou descendo as escadas, com as mãos na saia, para não tropeçar sobre o tecido.
- Sua mãe é hippie? - Perguntou encarando o rosto de Luiza que não aguentou e caiu na gargalhada. Alice já havia entrado e trancado a porta para ficar sozinha. Ayra durante as últimas horas do dia, tentou chamar a própria irmã, mas Alice sempre dizia que queria ficar sozinha.
Garota ruiva não estava mais aguentando mais de tanto vomitar, qualquer coisa lhe dava enjoos, ânsia, e dor de barriga. Ela estava com raiva, e ainda magoada, mas não sabia o que fazer, então quando desceu as escadas e olhou para as três mulheres conversando na mesa, enquanto tomavam café, e Luiza em específico precisava dar pedaços de banana na boca de Larrisa.
- Acho que estou grávida. - Disse olhando para todas que ficaram plenas, menos Ayra que encarava sua xícara em total choque.
- Laura! Pede para GM buscar um teste de gravidez na farmácia da cidade. - Disse Helena sem se levantar. Era 23:40 da noite, e mesmo assim, o homem conseguiu. Assim que fez, cinco minutos para se esperar e dar o resultado.
Então nervosa, ela começou a andar sem parar de um lado para outro, Ayra encarava os movimentos de sua irmã e Luiza comia chocolate, esperando.
- Eu vou ter outro sobrinho ou sobrinha! - Disse com felicidade. Alice a olhou com desespero. - Collins pode ser bem cruel, mas a Larissa é uma belezinha. - Disse com tom mais sério, defendendo seus sobrinhos.
- Se ela estiver grávida, ele vai a querer de volta? - Perguntou Ayra encarando fixamente o teste.
- Não. Alexandre a comprou, Collins não pode tocar nela. - Disse plena. Alice ainda assim, se sentia nervosa, um bebê, um filho sem pai, sem amor do pai, com uma mãe doente e mentalmente quebrada, o que poderia acontecer?
- EU VOU VER! - Gritou Luiza, tomando em suas mãos o teste. - Ah Deus...sinto muito Allie...- Disse entregando em suas mãos, havia um positivo e uma dor em seu peito. Grávida? Tinha apenas 20 anos, fazia 5 meses que estavam com os traficantes, tinha pouco tempo que havia acontecido tanta coisa que transformou aquela informação em ataque de pânico, quando pensou. Era fruto de um estupro ou não...? Ela não aguentou e desmaiou rapidamente no chão, próxima ao sofá.
- Allie! - Gritou Ayra, se levantando e checando se ela estava bem, mas a ruiva acordou pouco depois em seu quarto, deitada com sua irmã Ayra que dormia igual uma pedra.
Durante duas semanas, Alice se divertiu poucas vezes com Luiza e Ayra na praia, no mar e tomando sol. Ela sempre olhava para sua barriga, para ver se estava grande ou algo do tipo, mas não tinha certeza.
Quando Collins ligou para sua mãe, ela disse que todas estavam bem, não comentou sobre a gravidez e nem nada, à pedido de Alice. Ayra sentiu que aquele sentimento de liberdade, tranquilamente solta, onde as vezes com sua melhor amiga, ela flertava com homens na praia, não procurava mais nada além de brincadeiras.
Alice fez um cronograma de atividades para seu bebê, e preferiu fugir de atividades que envolvia esforços físicos, havia começado a comer bem e não pensar em Collins.
Helena chamou todas para um bar na praia, onde Alice vestiu um vestido fino por cima do biquíni, igual às outras e foi junto. Mas quando viu elas bebendo e se divertindo, se lembrou de que estava grávida e isso abalou sua autoestima, fazendo que ela ficasse mal e fugisse para onde ninguém a incomodaria.
Um canto distante, próximo das pedras, sentada na areia, ela mexeu em seu celular e pensou em ligar para ele, para contar, mas assim que ia clicar. Ayra apareceu;
- Porque está se isolando? - Questionou curiosamente, ela estava com um sorriso, estava bêbada e alterada.
- Porque estou grávida de um criminoso procurado e altamente cruel, e perigoso? - Questionou com uma raiva, que não era direcionada à Ayra. A morena balançou balançou cabeça, se rendendo e saindo de perto.
- Collins ganhou a aposta. - Sussurrou uma voz bem grossa e focada, no escuro, ele estava fumando e olhando para ela.
- Quem é você? - Questionou brava.
- Eu te conheço, mas você não me conhece. - Quando seu rosto se revelou, Pesadelo sorriu levemente e pisou em seu baseado. Alice lembrou dele, pensou em fugir. - Não vai fugir. Não tem ninguém aqui para me impedir. - Disse com tom frio.
Isso não tinha fim?
🌺🅒🅞🅝🅣🅘🅝🅤🅐 🌺 - 🅚🅘🅢🅢
Notas da autora:
Tenham críticas construtivas sobre a história. Votem e comentem por favor, interação dentre os leitores e os autores são ótimas. Dicas de escrita Construtivas aceitaremos com carinho e amor.🤯😍
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Em Busca De Esperança
RomanceAyra Santos, uma jovem mulher de 22 anos que mora com seu tio e sua irmã mais nova Alice. Ayra ganha a vida trabalhando em um café no centro de sua cidade e como a maioria das pessoas tem um sonho e não pensa em desistir fácil. É uma garota intelige...