Em Busca De Esperança

♑︎ 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 - 𝐀𝐥𝐞𝐤𝐱𝐲⃤ Final.

--- ♑︎「 POV Alexandre 」𖤛---

Agora é guerra!
Encarei a mensagem que havia chegado em meu telefone horas atrás, depois de eu sair da boca. Agradeci por Ayra e Rosa estarem à salvo em outro lugar.

Estava sentado na sala do veterinário, com meu cachorro morto em minhas pernas. Virei o restante do líquido da garrafa em minha boca e acariciei seu corpo com lágrimas nos olhos. Faz muito tempo que Daiki estava triste e não queria comer. A culpa era toda minha, sempre o deixei sozinho, meu cachorro morreu por solidão e falta de carinho. O veterinário chegou dizendo que precisava levá-lo para cremar o corpo como eu pedi.

Percebi que a cada dia que passava, minha vida estava afundando. Eu me sentia sozinho em um maldito buraco fundo, em um poço, como se não tivesse ninguém que me ajudasse a sair dali. Nesse momento, só queria fazer a mesma coisa que minha mãe vinha tentando desde que morreu, mas pensei em Rosa, não quero que ela seja obrigada a enterrar meu corpo.

Quando saí do centro da cidade e cheguei no morro, fui direto para a boca. Avisamos aos vapores para não ficar de bobeira, pois estávamos em conflito com morro vizinho. A maioria dos garotos que treinamos, já estavam andando armados, mesmo que não sejam específicos para isso.

Entrei na sala de Collins, que se encontrava fumando enquanto fazia ligações. Resolvi não atrapalhar, peguei um dos cadernos de contas e saí da sala.

Eram quase meia noite, faz dois dias que não durmo e sinto uma dor enorme. Estava analisando o caderno, quando escuto barulhos de tiro, meu peito se acelera ao ver PH correndo cheio de sangue em minha direção.
- Mas que merda você e Coringa estão fazendo?! Os homens de Pesadelo estão invadindo, CARALHO! - Gritou furioso.
- Você está ferido?
Ele negou com a cabeça antes de se sentar ofegante no chão. Collins saiu de sua sala assim que escutou o barulho e veio em nossa direção.
- Mas que porra é essa?
Perguntou com ódio nos olhos. Ele encarou o sangue no corpo de PH e me encarou.
- Os homens de Pesadelo estão invadindo - falei deixando PH se apoiar em meu ombro. - O desgraçado deixou para invadir de noite de surpresa.
- Mas Pesadelo não está no morro, caralho!
Collins saiu da boca e desceu o morro correndo.
Que filho da puta, ele está desarmado, esse merda está indo para onde querem que ele esteja.

Deixei PH na sala de Collins, peguei uma das armas na caixa de emergência e saí atrás de Collins. As lojas estavam todas fechadas, vi pessoas correrem assustadas para suas casas.

Faz anos que eu não presenciava cenas desse tipo, tudo estava em um grande sossego desde a morte do pai de Collins. Sentia um nó se formar em minha garganta, quando vi vários dos meus companheiros estirados no chão, senti que fosse morrer naquele momento e era o que eu queria, mas não podia deixar meu amigo, eu ainda tinha consideração por ele, crescemos juntos e era muito difícil esquecer o passado.

Encontrei Collins em cima de um cara. Ele socava o homem com raiva, como se sua vida dependesse disso. Atiro no homem que estava mirando em Collins, que continuava socando o homem.
Fui até ele e o tirei de cima do homem, que tinha o rosto deformado. Collins estava cheio de sangue, seu corpo tremia e sua respiração estava muito pesada, como se ele estivesse com dificuldades para respirar.

- Que merda! Vamos sair daqui. Manda todos saírem, se não vão todos morrer.
Falei puxando Collins, mas ele se soltou e me olhou nos olhos. Sua feição estava assustadora, o sangue em seu rosto não dava para distinguir se era dele ou de outra pessoa.

- Eu não vou abandonar o que conquistei.
Collins cuspiu no cara caído no chão e pegou a metralhadora que estava ao seu lado. Ele desceu correndo. O encarei até sumir nos becos.
Merda!

Tinha se passado mais ou menos uma semana desde a invasão dos homens de Pesadelo. Tínhamos ganhado a batalha. Aparentemente Pesadelo disse que não tinha sido ele quem mandou invadir.