♊︎ 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 X - ⃟⃝𝐂𝐨𝐥𝐥𝐢𝐧𝐬

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--- ♊︎ ♤「 POV Collins 」♤𖤛---

Os fios loiros de Sofia fizeram o nariz de Collins coçar, ele só sentia o perfume de flores que vinha dos seus cabelos lisos, abraçou o corpo fino e macio de sua esposa, que riu em seus braços.

Ele tinha se casado há poucos dias, ela estava carregando seu filho no ventre, ele não podia estar mais feliz do que isso, um futuro do qual ele nunca achou que teria. Não com a vida de criminoso que levava, ele sabia que tinha riscos mas tudo se perdia, quando os lábios dela tocaram os dele, o sentimento de estar completo e satisfeito com o que o destino te deu, era o bastante para ele.

—É menina! –Sentou no colo do marido com toda a alegria que corria em seu corpo, mas os olhos dele eram fundos e vazios, algo estava errado. —Amor, você me escutou? Está tudo bem? – Ele retirou sua mão do rosto dele e empurrou levemente seu corpo para fora do colo dele.

Se levantou passando as mãos entre os cabelos nervosamente e encarou com fúria, o olhar de confusão da sua esposa. Agarrou com força seus braços e a obrigou a se sentar na cadeira, ligando o computador e apertando o botão de enter.

As cenas de segurança da casa dele mostravam ela com outro cara no sofá da sala, transando quando outro homem apareceu logo depois e os três fizeram sexo.

Quando ela tentou se explicar mas o tapa forte e grosso de Collins acertou seu rosto, a fazendo quase cair da cadeira.

—Eu dei TUDO PORRA! –Os olhos dele choravam o sentimento mais profundo e obscuro que havia em seu peito, sentia raiva e tristeza em um só momento. — COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO COMIGO? O QUE EU FIZ PARA VOCÊ HEIN? –Gritou segurando os ombros da mulher que chorava silenciosamente.

— Como eu posso ter certeza que essa criança é minha? –Perguntou encarando os olhos dela, nenhuma das suas perguntas foram respondidas. Sofia com medo das atitudes do homem raivoso em sua frente, segurou sua barriga em proteção.

— Me desculpa! Eu juro que ela é sua! – Ele agarrou seus cabelos e a puxou para se levantar.

—Eu tenho um presente de chá de bebê para você! – Gritou enquanto a puxava pelos cabelos até uma outra sala, onde tinha várias partes dos corpos multilados dos dois homens, ele a jogou no chão e agachou aproximadamente a mão da barriga da mulher, estava levemente grande nos seus sete meses de gestação.

— Se come com eles agora, sua puta nojenta! – A deixou trancada com os corpos multilados e foi em direção à sua sala, tentando se acalmar para não feri-la. Ele tinha tudo sob controle até a mulher dentro da sala, pegar uma das facas e tentar abrir a própria barriga para tirar a criança de si mesma.

Os passos dele foram rápidos quando um dos vapores contou, ele abriu o quarto em pressas e retirou a faca sem precisar de muita força, jogou objeto para longe e tirou a camisa para pressionar a barriga da mulher.

—Não, você vai matar também! Você vai matá-la também! Eu não posso deixar você tocar nela, seu monstro! – Gritou batendo suas mãos ensanguentadas no rosto do homem, ele sentiu todas as dores de perder a mulher da sua vida e talvez sua filha mas o doeu mais profundo foi a certeza no olhar da mulher que ele mataria a criança.

Algo que ele não faria mas doía sim pensar em ser de outro e não dele, porém não teria a coragem de tirar a vida de um ser inocente por atos irresponsáveis de outros, não mataria ela, não era esse monstro mas doeu ao ponto dele acreditar que era.

— Me ajudem a levá-la ao hospital! – A barriga da mulher sangrava sem parar e seus gritos de contrações também, ela gritava sentindo seu bebê morrer em meio a tanta luta.

— Eu preciso dos fichas limpas comigo, PARA AGORA PORRA! – Pediu como ordem e os homens assustados começaram a ajudar, a colocar ela no carro e levá-la para o hospital. Sentando no banco de trás com ela em seu colo, Collins sentiu todo ódio sair de seu corpo, e só a preocupação de perdê-las ficou em seu coração.

— Pare! Me deixem morrer com a minha filha! –Pediu com a voz falhando aos poucos, as mãos tocaram o rosto de Collins em um último pedido.

— Ei fica comigo, eu perdoo tudo! Só fica comigo! – pediu com lágrimas em seus olhos, mas ela recusou, aos poucos começou a sair sangue por sua boca e suas pernas.

—Você vai me matar como seu pai faria com ela se descobrisse que sua irmã não era dele. Você é idêntico ao seu pai! –Ele negou com confusão e segurava o rosto angelical de sua mulher, e sua outra mão segurava o corte em sua barriga. —Você é um monstro como ele, ninguém nunca vai te amar como eu te amei...–Sussurrou suas últimas palavras antes de desmaiar nos braços dele, em ato desesperado ele checou seus poucos batimentos e percebeu a bebê se mexer chutando a mãe.

Chegando no hospital, ele gritou pela ajuda dos médicos que correram salvá-la enquanto ele esperava na sala, quando um dos doutores se aproximou e abaixou a cabeça para se preparar.

—Não tivemos muita escolha, a mãe perdeu muito sangue pelo corte e no parto, mas conseguimos salvar a bebê. – Collins caiu ao chão com lágrimas em seus olhos, o médico se agachou passando as mãos em suas costas.

Ele havia perdido a mulher que amava para três traições e um parto após tentativa de suicídio. Como ele criaria a criança sem ela? Como viveria sem ela? Ele não tinha nenhuma resposta para as perguntas em sua mente, mas continuou.

—Ela está ali – Apontou a enfermeira, através do vidro da maternidade, tinha um bebê no meio de todos que estava dormindo tranquilamente, com seus fios loiros e o dedo na boca. Ele sentiu seu coração palpitar e parar por um motivo indescritível e um sentimento inexplicável. Queria pegá-la no colo mas tinha medo de machucá-la ou deixá-la cair, era isso que é o medo de um pai? Sua voz na mente riu com o pensamento, ele era pai e tinha medo de perder sua menininha.

— Qual o nome, senhor? –Perguntou a enfermeira trazendo em seus braços, a bebê que assistia tranquilamente os adultos falarem entre si.

— Larissa Helena Gomes, minha menininha. –Disse pegando sua filha e recebendo a bolsa com as vitaminas da bebê, e um papel com a autorização de alta.

Naquela noite ele cuidou bem de sua bebê, tentando provar para si mesmo de que ele não era um monstro mas de madrugada, seus medos o assombra por inteiro, deixando a insônia como presente e o choro como consolo.

....continua...
🌺🅒🅞🅝🅣🅘🅝🅤🅐 🌺 - 🅚🅘🅢🅢

Notas da autora:
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