♊︎ 𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 - ⃟⃝𝐂𝐨𝐥𝐥𝐢𝐧𝐬

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--- ♊︎ ♤「 POV Collins 」♤𖤛---

Onde a vontade do ódio te deixa submetido a se tornar um monstro, cruzando seus caminhos puros e simplistas em uma direção bem clara e calculada, para a morte. Isso não faz menção na Bíblia ou nas palavras de Deus, eles não te avisam sobre como dói ceder aos sentimentos impuros e mais insanos da mente humana. Não avisam que os demônios são nós mesmos em busca de ganância, luxúria e ambição. E o ódio só pode se tornar mais forte e profundo, quando o amor te deixa despedaçado e corrompido.

Ele não dormiu, passou a madrugada, perdido em seus pensamentos e seus sentimentos através de muita maconha, cocaína e sete garrafas de whisky, trancado em um quarto que ele chamava de "Quarto do pânico" onde suas armas, sacos de boxes e uma coleção de facas, ficavam. Collins toda vez que terminava uma garrafa, ele arremessava na parede, gritando com si mesmo e o fantasma mais recente e perturbador, Sofia. Havia deixado um vácuo em sua mente, ligeiramente abrindo espaço para algo que muitos diziam ser psicose.

Ela dizia várias vezes em seu ouvido: "Ela irá traí-lo" "Você vai matá-la como matou a mim" "Tire a própria vida" e ele tinha ficado quieto em vários momentos, até antes de ir ao banheiro de seu quarto, onde se viu em um sorriso estranho e sombrio, ele observava através do espelho, a garota ruiva com os olhos fundos e cansados, ela se levantou, arrancando os cabelos, em um coque frouxo e ela passou por ele, na saída do mesmo, e na entrada dela, mas antes que ela fechasse a porta, ele arrancou a chave e enfiou no bolso de sua calça escura. Já arrumado e mesmo que estivesse com raiva, ele pediu uma garrafa térmica de café, para sua empregada doméstica, Fabiana que sorriu gentilmente, entregando.

- Gostaria de algo especial hoje, Senhor Gomes? - Perguntou. Ele apenas se virou de costas, pegando as chaves de sua moto, ele saiu arrastando com a mesma para seu posto de trabalho. Vários dos seus servidores, estavam em uma posição de prioridade maior do que prestar atenção no chefe, mas Alekxy antes de sair, ele correu para Collins, e começou a falar sobre Ayra.

- Eu estou pouco me fudendo para sua vagabunda, Alexandre. - Disse frio. O melhor amigo dele ficou chocado em ver tal atitude do homem que cresceu junto à ele. Quando ele foi perguntar sobre os olhos vermelhos de Collins, o loiro fechou a porta na cara do moreno, deixando claro que não queria assunto.

Assim que ele respirou fundo, Pippoco entrou na sala, com Pesadelo e Alekxy, e outros dois homens que estavam no posto de subgerente como Alekxy. Mas Collins não estava bem para papo de zoação, puta e brincadeiras desnecessárias.

- Lindo da minha vi...- Começou mas não terminou.

- SAIAM DA MINHA SALA PORRA! - Gritou com uma voz bem alta e grossa com todos que arregalou os olhos surpresos, Alekxy ficou de canto, e assentiu, olhando para outros.

Assim que eles saíram, Collins se sentou na cadeira e falou em seu rádio. - Caveira, na minha sala agora! - Gritou em seu pedido.

Logo que o moreno entrou de cabeça baixa, Collins acendeu um baseado e ficou observando os olhos deles, juntamente com o sentimento de matá-lo ou quebrá-lo como aprendizagem. - O que sente pela ruiva? - Questionou curiosamente calmo.

- A conheceu desde da 8° série, Senhor! - Comentou simples.

- E isso te dá o direito de ir contra seu chefe? - Questionou agora com um tom mais bravo. Caveira engoliu seco e negou com a cabeça. - Solta a voz. - Disse olhando para suas mãos inquietas do garoto.

- Não, Senhor.

- Que ótimo! - Disse Collins com uma voz calma. - Você vai levar um carregamento para mim na Rocinha, para o pipocco. Um pedido de desculpas que eu aceito de você. - Disse olhando para o papel em sua mesa, ele puxou com os dedos, e entregou para o garoto de pele morena, olhos negros e sorriso gentil, magrinho como uma caveira, mas sustentável.

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