Treze.

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- Meu nome é Bianca - digo a ele quando andamos em direção ao pub. - Rafaella só me chama pelo sobrenome porque...

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- Porque ela está tentando te manter a distância - ele completa. - Clássico da Rah. Ninguém consegue ser amigo dela até que tenha atravessado mais ou menos cem obstáculos, a maioria deles em chamas.

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- Isso não é... nem remotamente perto do que eu ia dizer - digo a ele, olhando de relance para Rafaella.

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Ela está desfilando em direção ao pub. Não há outra palavra para descrever o balanço que ela coloca no quadril ou o modo despreocupado com que ela avança pelo caminho liderando o grupo, sabendo que todos nós a seguiremos.

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Então percebo que estou praticamente encarando Rafaella e acordo do transe, focando a porta de madeira adornada na minha frente.

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O pub é basicamente tudo que imaginei que um pub escocês seria - e, acredite em mim, eu passei muito tempo imaginando pubs escoceses. Tenho uma pasta no Pinterest e tudo.

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O carpete é bem escuro, com uma estampa apagada demais para eu distinguir o que é depois de tanto tempo (e, imagino, depois de tantos pés e cervejas derrubadas), mesas aconchegantes e um monte de espelhos que também servem de propagandas de uísques e cervejas, as marcas pintadas ao redor das molduras em tinta já descascada. Eu também noto algumas pinturas das Terras Altas, algumas com veados e um ou outro homem de kilt.
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Mas mal tenho tempo para absorver tudo porque Marcela já está me empurrando em direção a uma mesa circular no canto enquanto aponta Manu para o bar.

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- Pede a primeira rodada - ela sussurra para ela e Manu faz uma cara emburrada.

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- Por que eu tenho que pedir? - ela sussurra de volta. - Eles que são os ricos. Bom, os mais ricos.

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- Manoela!

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Não sei o que é exatamente que faz com que dizer o nome dela dessa maneira tenha um efeito tão forte em Manu, mas ela solta um suspiro e vai ao bar, seguindo a ordem.

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- Eu quero um refrigerante! - grito para ela, mas não acho que não ouviu.

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Os garotos que estavam com Tato em Gregorstoun já estão na mesa. Bom, o cara loiro está. Os outros dois, de cabelo escuro estão jogando dardos. Marcela e eu nos sentamos. Rafaella e Tato se sentam cada um numa ponta, como se fossem suportes de livros humanos.
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Limpando a garganta, Marcela se inclina para a frente um pouco, abaixando a cabeça.
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- Então, Tato - ela diz -, você sente falta de Gregorstoun?

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Ele sorri para ela.

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- Não muito, mas o cenário não era tão bonito quando eu estudava lá.

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Marcela sorri de volta, brincando com o cabelo, e Manu escolhe esse momento para voltar à mesa, de alguma maneira conseguindo carregar os vários copos ao mesmo tempo. Deve ser uma habilidade que eles ensinam aos adolescentes daqui.

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- Bia - ela diz para mim, e pego o copo de refrigerante das mãos dela.
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Aparentemente ela me ouviu, porque todo mundo, menos eu, tem um copo de cerveja. Bom, todo mundo menos Marcela, que está tomando uma sidra de pera cujo doce aroma flutua em minha direção quando ela gira o copo nas mãos.

SUA ALTEZA REALOnde histórias criam vida. Descubra agora