CAPITULO DOZE: Harry Potter

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Amor, me deixe ser seu homem
Para que eu possa te amar.
E se você me deixar ser seu homem.
Então eu vou cuidar de você.
Pelo resto da minha vida.
Pelo resto da sua.
— Let Me: Zayn Malik.

Eu percebi que não foi uma boa ideia no momento que entrei no carro de Draco, o conversível vermelho pegou velocidade pela rua principal, cada momento que me distanciava mais da minha casa, era como se meu coração fosse explodir, eu iria dirigir, não sei se estou preparado para isso, posso bater em alguém, ou machucar Draco.

Eu não quero machucar Draco.

Sinto vontade de chorar quando olho para trás e vejo a rua principal sumindo, não sei para onde ele está me levando, Draco não disse nada depois que saímos do meu quarto, ele pediu para eu confiar nele, e eu confio.

Por mais surreal que pareça eu confio nele.

— Está ficando nervoso. — Draco diz. Ele está com as duas mãos no volante, não colocou o casaco, suas tatuagens chamam atenção na luz baixa do sol, o cabelo loiro parece brilhar consigo ver algumas partes escuras dele em sua raiz, não imaginava que Draco pintasse. — Se quando chegarmos la, você não quiser dirigir, não tem problema, podemos fazer outra coisa

— Como o que? —  Aperto o banco com minhas mãos, mesmo com o teto aberto do conversivel, e o vento em meu rosto, ainda me sinto soando. É o medo, estou transpirando de medo.

—  Deitar os bancos e ouvir musica? —   Reviro os olhos, bufando contra o banco. — Confie em mim. — Draco solta o volante, descendo uma das mãos para minha perna, seu dedão fazendo um carinho confortavel no local. — Coloque uma musica. — Ele me olha quando para no sinal vermelho. — Pode escolher, estou me sentindo generoso hoje.

— Você sabe que eu tenho um ótimo gosto para música. — Digo, conectando meu celular ao som do carro. — Não acho que você esteja muito preparada para o que eu possa colocar.

— Nao estou preparado para muitas coisas que você vem fazendo comigo, Harry Potter. — Ele me olha de canto, o sorriso demoníaco nos lábios. — Mas tenho gostado de todas elas.

Decido ignorar seu comentário, focando na playlist, sua mão ainda está na minha perna, continuando o carinho, queria poder afasta-lo, mas a sensação me acalma, è estranho, protetor.

Long live começa a tocar.

Sinto Draco batucar a introdução da música na minha perna, não consigo evitar, me mexo, desconfortável contra o banco, ele está muito próximo, e eu devia tirar a mão dele dai, evitar esse tipo de contato, mas não consigo.

Eu não quero.

— ...The night you danced like you knew our lives would never be the same — Draco começa a cantar, a voz dele me embala rápido, è como se eu fosse sugado para um mundo onde só ele fosse o foco, estou sorrindo, sei que pareço um idiota mas não consigo evitar de olhar para ele, a mão no volante, tatuagem amostra, cabelos ao vento. Lindo. — Long live all the magic we made and bring on all the pretenders one day we will be remembered.

Ele me olha pelo canto, e pisca quando canta a última parte, sorriu, negando com a cabeça.

We are the kings and the queens you traded your baseball cap for a crown– A mão de Draco sai da minha perna por um momento, sinto falta do contato quase instantaneamente, ele fecha ela como se fosse um microfone, aproximando da minha boca para que eu cante.

And we held them up for our town... — Faço como ele pediu. Vejo ele esticando o braço, diminuindo o volume do som. — Que foi?

— Preste atenção. — Sua voz parece seria. — È muito importante que gritemos essa parte agora, tudo bem? — Reviro os olhos em resposta, Draco aperta minha coxa. — Grita comigo. — Ele aumenta o volume do som, me seguro contra a porta pela altura, me deixa um pouco atordoado, seguro sua mão com a minha livre, ele sorri. — Cause for a moment a band of thieves in ripped up jeans got to rule the world...

LOVER • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora