CAPITULO OITO: Draco Malfoy

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Então abra os olhos e veja
O modo como nossos horizontes se encontram
E todas as luzes vão te guiar
Pela noite comigo
All of the stars: Ed Sheeran

Estou a quase trinta minutos estacionado na porta do campus de Harry e nenhum sinal dele, Blaise já está no seu segundo cigarro, Pansy murmura uma música sem sentido, sei que ela está começando a ficar estressada, ela sempre faz isso para tentar se acalmar, nunca adianta, ela tinha tido uma mudança de temperamento uns anos atrás, se afastou, de todos, mal falava com a gente, o que foi, no mínimo, estranho, não acho que já passamos mais de um dia sem falar um com o outro. Ela tem melhorado, voltou a abraçar e conversar com a gente no último ano, apesar de continuar a manter o cabelo curto, mesmo que eu e Blaise insistimos que sentimos falta de quando era longo, Pansy voltou a se cuidar, e isso é o que importa.

— Já tentou ligar para ele? – Blaise pergunta, esticando o cigarro em minha direção, oferecendo, recuso com um aceno. – Ou mandou mensagem?

– Ainda não.

– Pois deveria. – Pansy fala. – Você tem cumprido sua parte nesse acordo ridículo, e no primeiro dia ele já descumpri a dele?

– Sempre vai fazer questão de afirmar que é ridículo? – Pergunto e ela assente, desde que contei a eles, ela faz questão de deixar isso claro, sempre que cita o acordo.

– Péssima primeira impressão. – Zabini brinca. – Se ele quer te namorar precisa ser aprovado, e até agora a nota é -3.

– Acho que você está sendo muito justo com a nota.

– Sabe uma coisa que eu não entendo? – Blaise volta a falar, Pansy nega, fazendo um jesto com a mão para que ele continuasse. – A paixonite pelo Cedrico.

– Ele é bonito.

– Existem caras mais bonitos nesse campus, Pan, não acho que nenhum deles valha a humilhação de fazer um acordo desse.

– Não é tão humilhante. – A morena defende. – É infantil, ridículo, mas não humilhante.

– É um pouco humilhante. – Concordo com Blaise, me recosto no carro, substituindo o peso do meu corpo, Pansy se aproxima, puxo ela entre meus braços e a morena se acomoda. – Esperava que você fosse a primeira a concordar com isso, não pareceu muito feliz quando te contei. – Apoio meu queixo contra sua cabeça, Blaise se aproxima ficando em nossa frente. – Me surpreendi ver você o defendendo.

– Não é defesa. – Ela argumenta. – E eu so fico preocupada, você já leu os textos do cara, foi obcecado por eles durante o segundo ano inteiro.

– Não era obsessão, era um vício saudável.

– A tatuagem na sua costela descorda.

– Ok. – Repreendo os dois com o olhar. – Nada de contar isso a ele, entendido? Foi uma loucura de um bêbado.

- Sua loucura de bebado sempre ocasiona em tatuar uma frase escrita pelo seu namorado falso? - Pansy pergunta

Os dois começam a rir, acabo acompanhando eles depois de um tempo, um silencio cai entre nos minutos depois, Blaise senta no capô do meu carro, o cigarro agora sendo compartilhado por nós três, enquanto Pansy ler distraidamente um livro no kindle.

– Pelo amor, ligue logo, eu não aguento mais ficar aqui. – Zabini corta o silencio.

Procuro o telefone de Harry na minha agenda, o primeiro toque aparece contra minha orelha, ele chama, duas, três, quatro vezes, e a ligação é rejeitada, começo a ligar de novo mas meu celular treme anunciando uma nova mensagem, abro o aplicativo.

LOVER • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora