CAPITULO QUATORZE: Draco Malfoy

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Eu ouvi que tinha alguém, mas eu sei que ele não te merece
Se você fosse meu, eu nunca deixaria ninguém te machucar
Eu quero secar aquelas lágrimas, beijar aqueles lábios
Isso é tudo que eu tenho pensando
— Can I be him: James Arthur.

Muitas coisas sobre Harry Potter ainda são um mistério para mim, achei que ele ia me beijar ontem a noite, senti cada célula do meu corpo implorar por isso, então Cedrico apareceu, como sempre, essa ideia ridícula de ir em cima de quem ele acha que eu gosto, mas dessa vez doeu, doeu como um inferno, e eu sabia, pela primeira vez, que não devia doer.

Harry quer Cedrico, e não importa como eu tenha escolhido me iludir sobre o contrário, a verdade permanece a mesma.

Foi bom conversar com Denise hoje, desabafar sobre o qual angustiante foi essa semana, me ajudou a ver as coisas de uma forma mais clara.

Harry entrou em minha vida como um furacão, em uma semana ocupou um espaço que eu não imaginava que alguém fosse capaz de tomar, conversei com ele sobre coisas que não falo nem para dona Narcisa, me abri com ele por que estou apaixonado pelos seus textos, aquele cara foda que eu lia toda dia, a pequena obsessão com sua escrita que tive por meses.

Passo o dedo sobre a tatuagem na lateral do meu corpo, as letras já estão apagadas, mas ela, ainda, se destaca na pele branca, lembro o quanto fez sentindo aquela frase para mim na época, o quanto fiquei surpreso por ter alguém, dizendo tudo o que eu estava sentindo, que o que as pessoas acusavam ser uma forma de escapar da realidade, era minha maneira de ser expressar ela.

No amor e na dor, eu respiro a arte.

Consigo ver ela a distância que eu estou do espelho, não é grande, diria que tem o tamanho ideias.

Abaixo a camisa quando ouço a batida na porta, e sei quem è, só quatro pessoas tem permissão para entrar aqui, dona Narcisa está viajando, Blaise acabou de me ligar chamando para ir comer uma pizza com ele, Pansy está junto, ou seja, só sobre um, o mais novo autorizado, o único que eu estava tentando evitar.

Talvez tenha sido precipitado autorizar que ele subisse assim, sempre que quisesse, mas achei que ia ajudar com os treinos.

— Você agora aparece sem avisar e com um cachorro nas mãos? – Digo assim que abro a porta. Harry Potter está em pé na minha frente segurando um cachorrinho pequeno, ele tem as orelhas para cima, não consigo evitar de levar minha mão até sua cabeça e fazer carinho. — Aconteceu alguma coisa?

— Não. — Sua voz sai cortada, está nervoso, ele sempre parece nervoso. — Não aconteceu nada, eu só... — Só? Quero perguntar mas sei que ele vai se afastar mais se eu for direto, então espero o tempo dele para que fale. — Só queria te ver.

— Queria? — O sorriso idiota começa a se forma em meus lábios, não consigo evitar, e não quero, sei da conversa que tive com Denise hoje, sobre me proteger, não colocar expectativas em cima dele, mas como posso fazer isso quando ele está na minha porta, assim? — E o cachorro?

— Pansy disse que você estava muito sozinho, pensei que ia querer companhia.

Não consigo evitar o meu choque, de todas as coisas que eu esperava hoje, essa, definitivamente, não é uma delas, quem faz isso? Harry está em uma brincadeira de puxa e larga comigo, que eu não sei se consigo evitar de jogar, ele parece sempre me puxar para mais perto, gostar da minha companhia, e quando estou arranhando a barreira, ele larga, ou Cedrico aparece.

Denise falou que eu devia me precaver, resguardar, entender a diferença entre meus sentimentos, não entrar de cabeça em toda essa situação com Harry, mas como eu posso fazer isso quando ele aparece na minha porta, dessa forma? Ela diria para eu arranjar uma desculpa, não tornar minha presença tão fácil para ele, mas não consigo evitar.

LOVER • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora