CAPITULO VINTE E SEIS: Harry Potter

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Você é o sol que ressurgiu na minha vida
Uma reencarnação dos meus sonhos de infância
Eu não sei o que são essas emoções
Eu ainda estou sonhando?
...
Pegue minhas mãos agora
Você é a causa da minha euforia
— BTS: Euphoria

Sempre fui melhor em escrever os desenvolvimentos de minhas historias, do que suas conclusões, acredito que seja por que é mais fácil se vincular com a dor, com a perda, ela facilita a escrita, ajuda a despejar nossas magoas, liberar o aperto no peito, colocar um pouco do que vemos, vivemos, mas o final, escrever o final sempre é mais complicado.

Quando resolvemos o que os prende, precisamos soltar nossos personagens e permitir que eles sejam felizes, permitir que suas marcas sejam deixadas nos rascunhos passados, e a nova aventura seja repleta de tudo o que o amor pode trazer de mais bonito.

Essa, sempre foi a parte mais difícil de escrever, como posso falar sobre algo que eu nunca vivi? Como passa por cima das marcas que nem mesmo eu pude? Transforma-lo no herói da própria historia sempre me pareceu impossível, até agora.

Deitado no peito de Draco, enquanto acompanho o subir e descer da sua respiração, percebo o quanto de controle eu tenho sobre a minha vida, ser o meu protagonista é algo, quase, palpável, e se me sinto assim, acho que conseguiria, facilmente, fazer meus personagens sentirem o mesmo.

Like a river flows surely to the sea — Aperto mais a cintura de Draco quando ele começa a cantar a musica, baixinho, seus lábios contra minha testa, enquanto sua mão passeia pelo meu cabelo. — Darling, so it goes some things are meant to be — Arfo sentindo os beijos delicados que ele deixa em meu rosto, o lençol cobrindo nossos corpos, enquanto a luz do nascer do dia ilumina o quarto. —Take my hand take my whole life too.

Ergo meu corpo, apoiando meu queixo em meus braços em cima do seu peito, sua mão passa delicadamente pela minha testa, tirando um cabelo teimoso do caminho, deixo um beijo em seu dedo, quando ele desce até perto da minha bochecha, me aproximando, inconscientemente.

— Você é lindo — Digo, esperando por sua resposta convencida, mas os olhos azuis, agora iluminados pelo nascer do sol, apenas se fecham por um momento, como se absorvesse minhas palavras, antes de abrir, trazendo um sorriso junto. — Amo seus olhos, sabia?

— Não — Pela primeira vez, ele me responde sem a confiança de sempre. — Mas é bom saber, que você ama meus olhos.

— Eu amo você.

— É, ainda me parece surreal — Draco joga a cabeça para trás, com um sorriso entre os lábios. — Você me ama, e ainda é surreal.

— Algum dia vai parar de ser? — Pergunto, e seus olhos encontram os meus com mais intensidade do que planejava.

Por um minuto Draco fica em silencio, me olhando, antes de negar com a cabeça.

— Nunca, nunca vai deixar de ser inacreditável a sorte que eu tenho em ser amado por você.

— Essa frase deveria ser minha.

— Harry James Potter — Reviro os olhos com o uso do meu nome completo, e Draco deixa um selinho em meus lábios. — Você algum dia vai ter noção da pessoa incrível que é?

— Você sempre fala de mim, toda vez que eu começo a falar de você, o senhor vai lá, e muda o assunto para falar de mim.

— O que você quer falar de mim? Sou incrível, todo mundo já sabe.

Me ajeito, aproximando mais nossos rostos, minha testa colada com a sua, os olhos azuis ainda fazem minha pernas tremerem, meu coração palpitar, e engulo a seco, sendo invadido por esse sentimento, que eu não sei, se um dia vou me acostumar a manter preso dentro de meu peito.

LOVER • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora