Por Todas As Estrelas No Céu, Amarei Você

Capítulo 16 - A chegada dos Allen's

A quinta feira chega e eu acordo bem cedinho como sempre para acompanhar Eli na caminhada, que agora virou corrida, matinal, a perna dele melhorou bastante mesmo desde que conseguir convencê-lo a fazer os exercícios, então deixamos de fazer uma caminhada lenta limitada por uma bengala, para um trote suave, mas sei que logo ele vai conseguir correr como em sua época de colégio.

Só que durante essa manhã, mesmo ele insistindo que está bem e cumprindo o que prometeu em relação aos beijos, ele está mais calado que o normal, arrisco dizer que ele está até um pouco tenso e me pergunto se o jantar dessa noite é a causa de tudo isso. Eu não entendo, pelo o que Dimitri falou, esse é um evento ocasional, então por que raios Eli está nervoso com isso? Será mesmo que ele está desconfortável com aquele papo de eu perguntar sobre o passado dele, ou é outra coisa?

Suspiro longa e pesadamente, os olhos dele se voltam para mim por um breve momento, então ele volta a olhar para frente e nega com a cabeça enquanto sorri.

— Qual é a graça, Allen? — Ele da de ombros.

— Nada, é só que você está pensando tão alto que eu praticamente consigo te ouvir.

— Não tenho nada a declarar.

— Quem me dera você fosse mais transparente, Chicago, assim eu conseguiria pensar em outra coisa que não fosse você. — Eu tropeço no meu próprio pé por culpa do choque e ele segura meu braço e me ajuda a me estabilizar novamente. — Cuidado aí.

— Então não fale coisas como essa assim do nada! Se eu estivesse comendo alguma coisa teria engasgado!

Eli abre um sorriso fino que chega aos seus olhos com uma pontinha de malícia, o arrepio percorre minha coluna quando ele se aproxima me olhando como se eu fosse uma presa, e por Deus, isso mexe comigo bem mais do que eu gostaria de admitir.

— Gosto do efeito que tenho sobre você.

— Mas eu não gosto, não consigo me concentrar! — Ele ri e da mais um passo na minha direção, eu recuo.

— Não tá fácil para mim também, Chicago. Se dependesse de mim estaríamos no meu quarto agora, mas isso depende totalmente de você. — Engulo em seco.

Minhas costas batem contra uma superfície áspera, olho para trás e noto uma árvore grande, mas quando Elijah coloca suas mãos em casa lado do meu corpo, estou totalmente encurralada.

— Não jogue isso para mim! — Dou um leve tapinha no ombro dele. — É responsabilidade demais, você tem que me ajudar com isso ou ficarei louca.

— Eu só falei a verdade, Chicago. — Sua mão esquerda desce para o meu quadril enquanto a direita continua apoiada na árvore ao lado do meu rosto. — É muito difícil não ceder a você. Eu tento parecer o mais profissional na frente da Bri e do Dav, mas você não faz ideia do quanto eu quero te beijar sempre que você sorri, ou quando coloca o cabelo atrás da orelha… só estou esperando pelo momento em que você vai aceitar que me quer tanto quanto eu te quero. — Seus lábios a um milésimo dos meus me deixa com os joelhos fracos de ansiedade, a sensação me consome ruidosa e lentamente.

— Eu quero você. Muito. Chega a doer. Mas você sabe que esse é o tipo de coisa que vai ter que parar de acontecer. — Aponto para nós dois enquanto minha voz soa como um sussurro.

— Por que? Preciso de um bom motivo, Hayden.

— O motivo é que eu preciso desse emprego, Eli. Pelo amor de Deus, vou conhecer seu pai essa noite e vamos falar sobre como as coisas estão indo por aqui, vamos falar sobre você e seu progresso. Como você espera que eu consiga encarar ele se isso entre nós for ainda mais longe?