Capítulo 17 - Há esperança

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De repente o som da porta da frente se abrindo chama nossa atenção e logo vários sons de vozes ecoam do hall até nós. Eu me levanto do banco e aliso minhas roupas, Briana me lança uma piscadela e faz um gesto para que eu respire fundo e mantenha a calma, eu faço, mas isso não impede que meu coração bata forte contra meu peito.

- Onde estão as pessoas dessa casa? - Uma voz grave masculina e animada ressoa, chegando cada vez mais perto.

- Aqui na cozinha, Sr. Allen! - Bri fala e logo cinco pessoas adentram o cômodo em que estamos com sorrisos largos.

- Ah, aí estão vocês. Srta. Delyon, que prazer conhecer você! - Fala o homem de cabelos grisalhos e presença imponente, com certeza ele é Dimitri Allen.

- Pode me chamar de Hayden, senhor. E o prazer é meu. - Lhe dou o meu melhor sorriso e me seguro para não fazer uma reverência estranha.

- Então me chame de Dimitri, eu insisto. Faz anos que eu tento convencer Briana de me chamar assim, mas ela insiste em manter a formalidade, espero que você seja mais fácil de convencer. - Ele abre um sorriso e arqueia levemente Uma sobrancelha, um sorriso galanteador, agora sei de onde Eli puxou tanto charme!

- Com certeza me sinto menos pressionada se jogarmos a formalidade fora. - Ele ri e vira de lado apontando para as outras pessoas.

- Esses dois são Joseph e Tobias, meus filhos, e essas lindas mulheres são Evie, namorada do Tobias, e Lucy, esposa do Joe.

Aperto a mão de todos ainda mantendo um sorriso simpático, eles parecem bem legais, talvez eu realmente tenha exagerado um pouco em relação a isso, provavelmente por influência de Elijah, que estava tão nervoso.

- É um prazer conhecer vocês, eu ouvi um pouco sobre vocês, mas é muito bom conhecê-los pessoalmente. - Digo.

- Acredite, estávamos ansiosos para conhecer a mulher que conseguiu ficar aqui mais de duas semanas. - Tobias fala e recebe uma cotovelada da sua namorada, me fazendo rir.

- Olha, eu acredito. - Falo e eles riem também.

- Eu não estava muito crente que isso ia dar certo, mas depois que o pai falou que Elijah havia jogado toda a bebida fora, não tive outra opção a não ser aceitar que você é, definitivamente, alguma coisa. - Joseph fala tentando não soar arrogante, mas não obteve sucesso. Eu ignoro seu tom e concordo com a cabeça.

- Eu sou uma mulher insistente. - Lhe lanço um olhar afiado e ele retribui, esses Allan são todos iguais!

- Teimosa, é uma palavra que te descreve melhor, srta. Delyon.

A voz de Eli chega aos meus ouvidos como se fosse de veludo, ao mesmo tempo que é um alívio, aguça minha preocupação quando identifico o som familiar de sua bengala batendo contra o chão em um ritmo constante.

- Aí está você! - Dimitri vai até Eli e o abraça com força, então dá dois tapinhas nas costas, se afasta e segue o rosto do filho entre as mãos. - Como está se sentindo?

- Você pode, por favor, não agir como se eu tivesse dez anos? Assim quem sabe mais tarde eu recupere minha masculinidade.

Todos riem da piadinha, mas o que é estranho é a forma como os olhos de todos brilham e o sorriso de alegria é largo. Eli abraça os irmãos, no mais velho é um abraço demorado seguido de um cochicho inaudível aos meus ouvidos. No mais novo é um abraço rápido seguido de um cafuné exagerado, que faz com que os dois riam abertamente. Ele dá um breve abraço tanto em Evie quanto em Lucy, mas Lucy coloca uma mão em seu ombro e depois em seu rosto com um olhar preocupado que me lembra um pouco a minha mãe, o que me faz acreditar que eles se conhecem a mais tempo do que a Evie.

Por Todas As Estrelas No Céu, Amarei VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora