Capítulo 24 - O fim para recomeçar

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- Ouça a voz da razão! Eu apenas sai com meus amigos e minha irmã para almoçar uma única vez! Pelo amor de Deus, Jackson, Charlie é seu amigo também! - E com isso eu recebo um tapa no rosto tão forte que me faz prender a respiração, o estralo foi alto e a dor é uma queimação latejante.

- Que porra de amigo?! Eu vejo como ele olha para você. - Eu viro minha cabeça para ele, segurando minha bochecha com uma mão trêmula e o coração acelerado.

- Ele nos apresentou! Por que diabos alguém apresentaria outra pessoa para a mulher que ele gosta?! - Grito e o que eu recebo dessa vez não é um tapa, mas um soco furioso que me faz cair para trás.

- Você é uma vagabunda inútil! Não consegue segurar a própria calcinha, agora está grávida, quem realmente é o pai dessa criança, Hayden?! Está me traindo só com o Charlie ou tem mais? Homens, mulheres? Para quem mais você está dando, porra?! - Ele grita e eu me arrasto para longe dele.

- Eu não fiz nada! - Grito de volta enquanto seguro o choro e um nó enorme na garganta. - Me deixa em paz!

- Te deixar em paz? Ah, eu vou te deixar em paz, Hayden. Logo depois que você pagar pelo o que fez.

Ele segura meus tornozelos e me arrasta de volta para o meio da sala enquanto eu me debato e tento me soltar, mas ele é um cara grande, infelizmente ele é mais forte que eu.

- Admita, Hayden. Admita de uma vez e nos poupe de tudo isso. - Ele segura meu braço com força e me puxa para perto dele. - Admita que você não passa de uma filha da puta nojenta, traidora e sem um pingo de respeito pelo seu namorado. Admita!

Em uma atitude impensada, eu cuspo na cara dele, mas ele apenas comprime os lábios, pega um lenço no bolso do paletó e limpa o rosto em um silêncio assustador. Quando sua atenção se volta para mim, vejo em seu rosto a pior expressão que eu já tive a infelicidade de presenciar. Tão primitivo e assustador, ele nem parece um ser humano racional agora. É só um louco psicótico e alucinado.

Jackson enfia a mão no meu cabelo e me puxa de um lado para o outro dentro da casa, só para quando chega na cozinha e me empurra para longe, me fazendo bater contra os armários da pia.

- Viu? É isso o que você ganha quando age assim!

Ele bebe um copo d'água tranquilamente antes de tirar o paletó e depois a gravata, os pendura no gancho de aporta e volta para mim.

- E então? Afinal, eu sou, ou não sou, o pai dessa criança? - Ele se atreve a passar a mão pela minha barriga, eu o empurro.

- Não toque em mim! - Falo firme e entredentes, minha voz rouca e tremida como um rosnado selvagem, alimentando minha fúria.

- Responda. A. Pergunta. - Franzo o cenho e fixo meu olhar no dele.

- Acredite em mim, eu amaria que fosse de outra pessoa, seu desgraçado, filho da puta!

Pego a frigideira que estava ao alcance do meu braço em cima da pia e bato com força contra o rosto dele. Me levanto com dificuldade e corro pela casa a procura de uma porta com chave, algum lugar para me esconder, mas ele é mais rápido e logo me alcança.

- Sua vadia!

Ele pega meu cabelo com firmeza e me joga com força contra a parede, minha cabeça sofre o maior impacto e eu fico tonta quando caio no chão. Mas Jackson não para, ele dá um soco atrás do outro no meu rosto, mas agora nem estou sentindo mais nada, está tudo dormente, turbo e os sons que escuros não passam de sussurros reverberados vindos de todos os lados. Posso ouvir que ele grita xingamentos um atrás do outro, mas eu não consigo me importar.

Por Todas As Estrelas No Céu, Amarei VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora