#41

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Any Gabrielly

- O que você fez Alex? -meu pai perguntou assim que viu meu irmão entrar pela porta da casa no domingo de manhã

- Oi pai, tudo bem sim e com o senhor? -perguntou em tom debochado, mas dava para perceber como estava nervoso

- Lex -falei em repreensão e ele sorriu de lado vindo me abraçar

- Estava com saudade -falou apertando os braços em volta do meu corpo

- Eu também maninho -sorri

- Pai, Mary -ele falou rapidamente com eles sobre aquelas coisas padrões como os assuntos da faculdade e tals- Temos que ter uma conversa séria

- Eu vou deixar vocês sozinhos -Mary falou levantando, meu pai fez careta segurando a mão dela

- Você também faz parte da família -rebateu

- Eu prefiro deixar vocês sozinhos meu amor -sorriu carinhosa para ele- Nós conversamos mais tarde, beijos crianças -ela deu um beijo na testa de nós dois, um selinho no meu pai e saiu

- Então... O que você fez? -perguntei para o Alex

- Eu não fiz nada, na verdade -coçou a nuca e suspirou- Foi outra pessoa que fez

- Não entendi -meu pai falou e eu balancei a cabeça concordando

- Como que eu vou falar isso -ele levantou andando de um lado para o outro passando as mãos pelo rosto- Lembra daquele número que ligou para mim quando fomos naquela lanchonete depois do jogo do Josh e do Lamar? -perguntou me olhando

Fiquei alguns segundos olhando para a janela tentando me lambrar, a memória veio na minha mente me fazendo franzir o cenho.

~Eu e Alex estávamos indo para a lanchonete que o nosso grupo sempre vai, Josh e Bailey também estavam no carro com a gente.

O celular do Lex começou a vibrar no painel.

- Seu celular está tocando -falei e ele olhou rapidamente para o aparelho

- Olha para mim, por favor -pediu, eu peguei o aparelho olhando para a tela

- É um número desconhecido, mas... -peguei meu celular achando já ter visto aquele número, rolei a lista de chamadas perdidas do meu aparelho- É o mesmo que me ligou semana passada

- Não atende vai que é golpe -Lex falou rindo

- Ou cobrança -dei de ombros~

- Lembro sim, era o mesmo número que já tinha me ligado alguns dias antes -falei e ele assentiu

- A pessoa continuou me ligando e um dia eu atendi -suspirou- E o grande problema é que quem estava fazendo as ligações era...

- Era quem? -nosso pai perguntou após alguns minutos de silêncio do meu irmão, ele estava com um olhar perdido e confuso

- A Priscila -falou e eu arregalei os olhos, olhei para o meu pai, ele estava pálido e com a boca entre aberta

- C-Como? -perguntei engolindo em seco

- Isso que vocês ouviram -suspirou sentando na poltrona na nossa frente, entrelaçou as mãos e deu um sorriso torto- Eu não acreditei no primeiro momento, mas depois eu... Nossa eu não sei de mais nada

Eu comecei a respirar lentamente, estava sentido uma dor muito forte na cabeça, minha visão começou a ficar embasada e a dor aumentava.

Essa era uma notícia que eu não estava preparada para receber.

- Any? Any? -as vozes do Alex e do meu pai me chamando foram a última coisa que eu escutei antes de desmaiar

————————————

Abri os olhos lentamente, a claridade incomodou me fazendo piscar diversas e lentas vezes,
olhei para os lados e reconheci o cômodo, eu estava no meu quarto.

- Hey -Alex falou baixo, ele estava sentado na minha poltrona, mas levantou e se ajoelhou do lado da cama acariciando meu cabelo- Você me assustou baixinha -falou em um tom baixo e cansado, claramente preocupado

- Desculpa eu acho -respondi ainda sentindo minha cabeça rodar- É que a notícia me pegou de surpresa -sorri sem humor

- Eu sei que é difícil entender, eu ainda nem entendi direito, por isso estou aqui. Precisava falar com vocês antes de qualquer coisa -nesse momento meu pai entrou no quarto e sorriu ao me ver

- Você acordou bebê -sorriu se aproximando com um copo de suco- Trouxe para você

- Obrigada pai -sentei na cama pegando o copo e tomando um pouco- Afinal o que ela queria? -perguntei para Alex

- Ela falou que quer conversar, passar um tempo com a gente, essas coisas -deu de ombro

- Vocês querem minha opinião? -meu pai perguntou e ambos assentimos freneticamente, o que o fez rir- Independente do que aconteceu ou não aconteceu entre eu e ela, nós somos adultos e já superamos, mas Priscila ainda é a mãe de vocês e devem se lembrar como ela fazia bem esse papel. Seria ignorante se falasse que vocês deveriam fingir que não sofreram e correr para os braços dela, mas acho que não mataria ninguém se vocês
conversarem com ela

- É... Eu sei que senti falta da minha mãe por muito tempo, mas isso acabou passando, eu cresci e aprendi a viver sem a presença dela, só que não deve ser tão difícil ouvir o que ela tem para falar né? -perguntei tentando me convencer que eu era capaz de lidar com aquela situação toda

- Eu acho que posso fazer esse sacrifício -Lex falou debochado- Mas é sério, mesmo tendo sofrido muito com a fuga dela, acho que nesse momento da vida e depois dessa conversa eu estou preparado para reencontrar ela

- Em que momento vocês deixaram de brigar por cookies e cresceram tanto? -meu pai perguntou com a voz embargada

- Ai pai -eu ri abraçando ele, Alex logo se juntos ao nosso abraço

- Eu amo vocês -nós três falamos juntos e acabamos rindo alto, nos desequilibramos e caímos no chão, rimos mais um pouco quando nos olhamos

Eles começaram a fazer cócegas na minha cintura e pés, eu me contorcia enquanto ria e tentava desviar deles.

- O que que...? -Mary perguntou confusa encostada no batente da porta do quarto

Eu olhei para o meu irmão e depois para o meu pai, eles se olharam também e ambos sorrimos travessos, Mary arregalou os olhos negando com a cabeça.

- Nem pensem em pensar o que vocês estão pensando em pensar -falou se afastando

- O que? -perguntamos confusos e ela riu

- Vocês entenderam -ela falou em tom de ameaça, nós levantamos correndo e ainda no corredor alcançamos ela e fizemos cócegas nela
__________________________________
Continua...

Foi esse o capítulo de hoje gente

O que vocês acham que a Priscila quer com a Any e o Alex?

Eu estou amando tanto a relação dos meninos com a Mary, ela é um anjo🥺🤧

Enfim, amanhã tem mais, byeee

𝑵𝒂 𝑺𝒆𝒈𝒖𝒏𝒅𝒂 𝑪𝒂𝒓𝒕𝒆𝒊𝒓𝒂 »𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚«Onde histórias criam vida. Descubra agora