─ Laura, Adriano! Eu não vi vocês chegando. ─ Carmen cumprimentou os amigos com entusiasmo, um pouco mais tranquila após ter passado a cerimônia em homenagem à diretora Olívia.
Agora sentia-se quase em paz com a memória de sua antiga patroa e diretora.
─ Nós chegamos quando a cerimônia já tinha começado. Eu encontrei a Laura no metrô, mas já tinha visto a Bibi, ela conseguiu entrar no trem antes que o meu. Deve ter chegado um bocado antes.
─ Não muito, quando ela chegou a cerimônia já ia começar. ─ Carmen observou a amiga ruiva trocando confidências com Maria Joaquina ─ Só fiquei triste que não vi a Helena e o René.
─ Ela enviou uma mensagem no grupo do Whatsapp, disse que o filho mais novo não acordou passando bem, e eles acharam melhor ficar com ele. Febre, algo assim. ─ explicou Laura, olhando o celular.
─ Ai, que pena. ─ suspirou a professora, vendo que os demais amigos se aproximavam ─ Vocês acreditam que estamos todos reunidos de novo?
─ Quase todos, o Jaime e o Kokimoto não estão aqui.
─ É mesmo. O Koki ainda está preso no avião, mas e o Jaime? ─ perguntou Mário, completando a esposa.
─ Nosso caro amigo ex-gorducho está preso no trânsito da entrada da cidade, porque foi buscar os pais na casa de alguns parentes. Sabe como é quando os pais começam a ter problema de vista. ─ Paulo zoou, recebendo um beliscão de esposa e outro da irmã ─ Tiraram o dia para me bater?
─ Você tirou o dia para agir como uma criança de nove anos, nada mais justo do que ser tratado como uma. ─ respondeu Alicia, com um sorriso angelical no rosto.
─ Papai criança. ─ caçoou Lucas, sendo abraçado pela mãe quando o pai lhe encarou de forma emburrada.
─ Bom, para nosso encontro dessa noite eles chegarão, certo? ─ perguntou Daniel, carregando um Leonardo adormecido.
─ Com certeza. Nós já vamos com vocês, para ir ajudando a arrumar as coisas. ─ lembrou Laura, e Adriano, Bibi e Davi concordaram.
─ Bom, nós temos que passar dar um banho nos dois e trocar essas roupas de missa. ─ avisou Alicia, indicando a filha mais nova que também ressonava em seu ombro ─ Mas chegamos lá antes das 19h.
─ O mesmo para a gente. ─ Marcelina levantou a mão.
─ Eu e a Margarida precisamos passar deixar as coisas em casa e tomar uma ducha, porque estamos direto do aeroporto.
─ Hum, vão morar juntos, é Jorginho? ─ caçoou Mário, recebendo algumas risadas.
─ Já morávamos lá em NY, por que não moraríamos aqui?
─ E vocês, vão direto com a gente? ─ Carmen virou para Valéria, Maria e Cirilo, que pareciam preocupados.
─ A Sara está com um pouco de dor de estômago, meio enjoadinha. Eu vou levar ela para casa, dar um chá e ver se melhora. ─ avisou a mãe preocupada, enquanto a menina era ninada pelo padrinho.
─ E nós vamos junto, obviamente. Se precisar eu movo um hospital pela minha princesa. ─ Maria Joaquina acariciou o rostinho choroso.
Paulo, Daniel e Mário se viraram para Davi, vendo o seu rosto transfigurado em dor e sofrimento. Como os únicos outros pais ali, imaginavam o que o amigo estava sentindo em ver a filha naquele estado e, principalmente, não podendo sequer consolá-la.
─ Qualquer coisa você liga para a gente, Val. O Lucas vive com o estômago ruim, eu tenho um remédio ótimo que o médico passou. ─ avisou Alicia, se despedindo dos amigos ─ Amor, vamos? A Isis está pesada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
20 Anos Depois - A salvação da Escola Mundial
Romance─ Uma coisa que eu tenho certeza é que nenhum de vocês esquecerá essa cápsula; e então, quando chegar a hora, todos estarão contando os minutos para abri-la! ─ a professora os contagiou com o seu entusiasmo, vendo os rostinhos se iluminarem. Seria u...