Capítulo 4

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─ Laura, Adriano! Eu não vi vocês chegando. ─ Carmen cumprimentou os amigos com entusiasmo, um pouco mais tranquila após ter passado a cerimônia em homenagem à diretora Olívia.

Agora sentia-se quase em paz com a memória de sua antiga patroa e diretora.

─ Nós chegamos quando a cerimônia já tinha começado. Eu encontrei a Laura no metrô, mas já tinha visto a Bibi, ela conseguiu entrar no trem antes que o meu. Deve ter chegado um bocado antes.

─ Não muito, quando ela chegou a cerimônia já ia começar. ─ Carmen observou a amiga ruiva trocando confidências com Maria Joaquina ─ Só fiquei triste que não vi a Helena e o René.

─ Ela enviou uma mensagem no grupo do Whatsapp, disse que o filho mais novo não acordou passando bem, e eles acharam melhor ficar com ele. Febre, algo assim. ─ explicou Laura, olhando o celular.

─ Ai, que pena. ─ suspirou a professora, vendo que os demais amigos se aproximavam ─ Vocês acreditam que estamos todos reunidos de novo?

─ Quase todos, o Jaime e o Kokimoto não estão aqui.

─ É mesmo. O Koki ainda está preso no avião, mas e o Jaime? ─ perguntou Mário, completando a esposa.

─ Nosso caro amigo ex-gorducho está preso no trânsito da entrada da cidade, porque foi buscar os pais na casa de alguns parentes. Sabe como é quando os pais começam a ter problema de vista. ─ Paulo zoou, recebendo um beliscão de esposa e outro da irmã ─ Tiraram o dia para me bater?

─ Você tirou o dia para agir como uma criança de nove anos, nada mais justo do que ser tratado como uma. ─ respondeu Alicia, com um sorriso angelical no rosto.

─ Papai criança. ─ caçoou Lucas, sendo abraçado pela mãe quando o pai lhe encarou de forma emburrada.

─ Bom, para nosso encontro dessa noite eles chegarão, certo? ─ perguntou Daniel, carregando um Leonardo adormecido.

─ Com certeza. Nós já vamos com vocês, para ir ajudando a arrumar as coisas. ─ lembrou Laura, e Adriano, Bibi e Davi concordaram.

─ Bom, nós temos que passar dar um banho nos dois e trocar essas roupas de missa. ─ avisou Alicia, indicando a filha mais nova que também ressonava em seu ombro ─ Mas chegamos lá antes das 19h.

─ O mesmo para a gente. ─ Marcelina levantou a mão.

─ Eu e a Margarida precisamos passar deixar as coisas em casa e tomar uma ducha, porque estamos direto do aeroporto.

─ Hum, vão morar juntos, é Jorginho? ─ caçoou Mário, recebendo algumas risadas.

─ Já morávamos lá em NY, por que não moraríamos aqui?

─ E vocês, vão direto com a gente? ─ Carmen virou para Valéria, Maria e Cirilo, que pareciam preocupados.

─ A Sara está com um pouco de dor de estômago, meio enjoadinha. Eu vou levar ela para casa, dar um chá e ver se melhora. ─ avisou a mãe preocupada, enquanto a menina era ninada pelo padrinho.

─ E nós vamos junto, obviamente. Se precisar eu movo um hospital pela minha princesa. ─ Maria Joaquina acariciou o rostinho choroso.

Paulo, Daniel e Mário se viraram para Davi, vendo o seu rosto transfigurado em dor e sofrimento. Como os únicos outros pais ali, imaginavam o que o amigo estava sentindo em ver a filha naquele estado e, principalmente, não podendo sequer consolá-la.

─ Qualquer coisa você liga para a gente, Val. O Lucas vive com o estômago ruim, eu tenho um remédio ótimo que o médico passou. ─ avisou Alicia, se despedindo dos amigos ─ Amor, vamos? A Isis está pesada.

20 Anos Depois - A salvação da Escola MundialOnde histórias criam vida. Descubra agora