Capítulo 11

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O que aconteceu a seguir, ninguém sabia dizer de forma precisa. Carmen desmontou nos braços do marido, enquanto Mário gritava que o seu carro estava perto. Os dois homens correram para o veículo, o Zapata segurando a esposa, enquanto Alicia e Marcelina colocavam as quatro crianças no carro da Guerra.

─ Ajuda o seu irmão a encontrar o Jorge, e depois vão para o hospital. ─ pediu Alicia, vendo a cunhada assentir ─ Lucas, segura bem a Olivia e a Isis, por favor.

Ela saiu cantando pneus, enquanto Marcelina e Paulo tentavam à custo encontrar o amigo advogado, ligando para ele e para a namorada. Jaime foi chamado pelos bombeiros, agora que a polícia havia chegado, e o local estava um caos.

─ Diabos, nós precisamos encontrar os nossos pais e falar com eles. ─ praguejou Cirilo, encarando a namorada. Maria Joaquina tinha os olhos ainda arregalados, cheios de lágrimas ─ Amor...

─ Cirilo, procura os pais de vocês e espera o Jorge. Eu vou com ela para o hospital, ajudar a Alicia a cuidar das crianças. Ela está sozinha com os dela, a Olívia e o Leo, e ele vai estar assustado. ─ lembrou Valéria, de repente parando ─ Ai Deus, nós precisamos pegar a Sara.

─ Deixa que eu cuido dela, Val. Acho que o hospital já vai estar bem tenso com o Lucas e o Leo, eu fico com a Sara. ─ prometeu Davi, animado em ficar um pouco com a filha.

─ Tudo bem, eu pego ela mais tarde. ─ só uma situação como aquela faria Valéria concordar com tal proposta sem reclamar ─ Qualquer coisa me liga, está bem?

~*~

No apartamento dos Rabinovich, Sara estava desenhando na mesa de centro. Hannah estava sentada ao seu lado, as duas conversando animadas. Rebecca se escorava na porta da cozinha, pensativa.

─ No que está pensando, querida? ─ perguntou Isaac, parando ao seu lado.

─ A Sara se parece muito com o Davi. E com a minha mãe. É uma criança tão doce. ─ suspirou a mulher, admirada.

─ Rebecca, nós fizemos uma escolha.

─ Ela tem o nosso sangue, Isaac, o sangue judeu. E o Davi a ama, não é? Ele gostaria de ter ela por perto, conosco.

─ Ele nunca a tiraria da Valéria, sabe disso. ─ e só o que ela pôde fazer foi concordar ─ Você pensa nela com frequência, não?

─ Ela é nossa neta, Isaac, não sou tão insensível assim. ─ rosnou a esposa, fazendo-o suspirar ─ Se deixarmos que o Davi a assuma, ele vai voltar para a Valéria.

─ Nosso filho não romperia o compromisso dele, Rebecca, mas eu não tenho certeza de que Hannah aceitaria começar a vida com um homem já tão impuro. ─ lembrou Isaac, e ouviram a porta ─ Davi?

─ Oi, pai, voltei. ─ o rapaz entrou, e todos se espantaram.

─ Tio Davi, oce tá todo sujo. ─ Sara comentou, vendo a fuligem pelo rosto do homem.

─ Conseguiram controlar o incêndio? ─ perguntou Rebecca, indo até o filho e começando a analisá-lo.

─ Sara, que tal você ir até o meu quarto? Eu tenho vários lápis coloridos. ─ propôs o judeu, indicando uma das portas do corredor. A pequena concordou e saiu correndo, deixando os adultos para trás ─ O incêndio foi controlado, mas a Carmen... Bom, ela parece estar abortando.

─ Como assim? ─ Hannah perguntou, ainda sentada no chão.

─ Ela entrou correndo na escola, desesperada para que o incêndio não chegasse às salas de aula. Nós a ajudamos, conseguimos controlar as chamas, mas aparentemente isso não fez bem a ela. Ela começou a sangrar muito e o pessoal foi com ela para o hospital. A Maria está em choque, e a Valéria está com ela. E eu me dispus a ficar com a Sara enquanto isso. ─ explicou Davi, encarando os pais de forma séria.

20 Anos Depois - A salvação da Escola MundialOnde histórias criam vida. Descubra agora