Capítulo 20 - Noite de amor

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─ Enfim, sós. ─ Paulo entrou no apartamento com Alicia no colo, os dois gargalhando.

─ Mais ou menos, né lindo? Tem uma pessoinha aqui com a gente. ─ ela indicou a barriga, enquanto ele continuava caminhando com ela nos braços.

─ Mas ele vai ser um bebê bem bonzinho e ir dormir, quietinho, para a mamãe e o papai poderem aproveitar essa noite de núpcias, já que há seis anos, o irmão dele ficava querendo nascer e deixando a mamãe de repouso. ─ relembrou o homem com uma careta, e a esposa riu.

─ Só fomos consumar o nosso casamento quando o Lucas já estava com quase três meses. ─ ela recordou, apoiando a cabeça no ombro de Paulo ─ Apesar de tudo, eu sinto falta.

─ Eu também. Acho que nós estamos ficando velhos, Ali.

─ Você acha, Paulo? E o que denunciou isso? Termos três filhos, casarmos pela segunda vez ou estarmos entrando nos trinta? ─ ela perguntou aos risos, enquanto entravam no quarto ─ Uau, que capricho.

─ Você merece, minha linda. ─ ele a deitou sobre a cama, sentando ao seu lado.

─ Quando você arranjou tempo para arrumar tudo? ─ questionou ela, observando as velas acesas e as diversas pétalas de rosas espalhadas pelo quarto.

─ Paguei para a menina do apartamento de baixo arrumar para mim.

─ Que menina, Paulo Guerra? ─ Alicia cerrou os olhos, irritada, e ele riu.

─ A Julinha, que tem 12 anos, Alicia Guerra. ─ ele respondeu, lhe dando um selinho ─ Você fica muito fofa com ciúmes, sabia?

─ Está querendo passar a noite de núpcias no sofá? ─ a mulher ameaçou e ele ergueu as mãos em sinal de rendição ─ Bom, eu também tenho uma surpresa para você.

─ Diz que é um strip-tease.

─ Paulo, seu tarado. ─ os dois gargalharam, enquanto ela se esticava sobre a cama ─ Eu fiz o exame de sangue alguns dias atrás, para saber o sexo do bebê.

─ Oi? Você já sabe e não me contou ainda?

─ Claro que não, seu tapado. Eu não abri ainda. Como eu não sabia como te contar, estava tentando ter alguma ideia usando isso, mas você descobriu ontem. E aí eu resolvi te entregar agora a noite, para abrirmos juntos. ─ ela estendeu o envelope para ele, mordendo o lábio inferior.

─ Vem aqui. ─ ele deitou na cama e a puxou, os dois se aninhando ─ Assim os dois veem ao mesmo tempo, ok?

─ Ok. ─ ela concordou, rasgando o lacre e puxando o papel dobrado ─ Pronto? Um, dois, três.

Alicia desdobrou o papel de uma vez, fazendo o resultado saltar no meio dele. Dois sorrisos idênticos brotaram em seus rostos, admirando o que estava ali.

─ Não sei porque, mas eu já desconfiava. ─ sorriu Alicia, encarando o marido ─ Você gostou?

─ Eu vou precisar comprar uma espingarda de chumbo, mas eu adorei. Outra garotinha para deixar essa casa um pouco mais delicada. ─ eles riram da declaração, acariciando a barriga da morena ─ Eu acho que o Lucas vai ser a única chance do nome Guerra continuar.

─ Se depender da gente, com certeza vai. Porque a Anne vai ser nossa última produção, está me ouvindo? ─ avisou Alicia, se tocando depois do que havia dito ─ Eu chamei ela de Anne?

─ Chamou. ─ Paulo concordou, pensativo ─ Anne. Anne. Eu gosto. É curto, simples, combina com Lucas e Isis. Anne Gusman Guerra.

─ Aonde foi parar aquela mágica de esperar o ultrassom e ficar discutindo nomes, hein? ─ Alicia riu, se apoiando no peito de Paulo.

20 Anos Depois - A salvação da Escola MundialOnde histórias criam vida. Descubra agora