─ Meu Deus, ele é tão fofo. ─ suspirou Bibi, ajoelhada em frente à Jack ─ Como vocês fazem filhos tão bonitos?
─ É que o momento em que eles são feitos é maravilhoso. Aí sai essa coisinha caprichada, né? ─ Paulo zombou, tomando um tapa de Alicia ─ Vai dizer que não foi sensacional quando fizemos os dois?
─ Paulo, você conhece um conceito chamado intimidade, hein meu amor? ─ a esposa o repreendeu, enquanto os amigos riam.
─ Papai, eu preciso ir ao banheiro. ─ Jack se manifestou, um pouco envergonhado diante dos olhares de todos.
─ Você quer que a mamãe te leve? ─ Margarida tentou intervir, vendo o pânico do namorado.
─ Não, pode ser o papai mesmo. ─ o pequeno sorriu inocentemente, segurando a mão de Jorge e indo com ele para o banheiro masculino da escola.
─ Nossa, Marga, ele é mais novo que o Leo e tá falando bem melhor do que ele. ─ observou Daniel, admirado.
─ Nos Estados Unidos, eles trabalham isso com as crianças de forma diferente. Eu ouvi isso de uma au pair logo antes de ele nascer. Lá, as crianças só começam a ir para a escola aos 5 anos, o pre-kindergarten, que seria o nosso maternal, é só particular. Mas eu quis colocar ele, para ele ir aprendendo inglês, já que em casa, eu e a Diana só falávamos em português com ele. E foi muito bom, porque lá eles trabalham muito a verbalização com a criança, desde cedo, sem esse costume de falar errado que nós temos. Mas o Jack é acima da média, a psicóloga da escola conversou comigo uma vez. Ele tem o desenvolvimento bem à frente das outras crianças. ─ explicou a mãe coruja, sem esconder o quão babona era.
─ Alicia, vamos mandar a Isis para os Estados Unidos. Não aguento mais ficar deduzindo o que ela quer dizer.
─ Paulo Guerra, você está perigosamente perto de ganhar umas férias na casa dos seus pais, é melhor sossegar.
─ Gente, eu to me sentindo de volta no colégio graças a eles dois. Continuem com as provocações, estão ótimas. ─ elogiou Valéria, rindo.
─ Meninos? Vamos começar a reunião? ─ pediu Miguel, chegando com José e Alberto.
─ O Jorge está com o Jack no banheiro. ─ lembrou Margarida.
─ Ah, sim... Paula, você fica de olho nas crianças, por favor? ─ Valéria pediu para a mãe de Cirilo ─ Acho melhor eles não ficarem acompanhando essas reuniões.
─ Concordo. O Lucas já atazanou a tarde toda para eu convencer os pais dele a deixarem ele ajudar com os planos. ─ contou Marcelina aos risos.
─ Ah, esse tal sangue Guerra. É forte, bem forte. ─ brincou Koki, e os irmãos Guerra deram um "toca-aqui".
─ Algumas vezes é forte até demais. ─ lembrou Mário, vendo Jorge se aproximar com Jack. O veterinário riu ao ver a camisa do amigo encharcada ─ Problemas no reservado, amigo?
─ Espera a Olívia começar a ir no banheiro. ─ resmungou o loiro, enquanto Margarida pegava uma toalhinha da bolsa e ia tentar dar um jeito no estrago.
─ Crianças, vocês vão ficar aqui fora com a Paula, mãe do Cirilo. Comportem-se, por favor. Ouviu, seu Leonardo? ─ Dan se ajoelhou em frente ao filho, que concordou.
─ Lucas, Isis, estamos entendidos? ─ Alicia fez coro ao amigo, enquanto Valéria e Margarida faziam o mesmo.
─ Já deixei a Oli com a minha sogra por isso mesmo. ─ riu Mário, caminhando de mãos dadas com a esposa.
─ Se nós deixássemos os dois com a Lilian também, ela ia ficar maluca. ─ lembrou Alicia.
─ Entrem, meninos. ─ José indicou a sala da diretoria e os mais jovens pararam ─ O que foi?
VOCÊ ESTÁ LENDO
20 Anos Depois - A salvação da Escola Mundial
Romance─ Uma coisa que eu tenho certeza é que nenhum de vocês esquecerá essa cápsula; e então, quando chegar a hora, todos estarão contando os minutos para abri-la! ─ a professora os contagiou com o seu entusiasmo, vendo os rostinhos se iluminarem. Seria u...