─ Obrigado por ter aceitado dançar comigo hoje. ─ agradeceu Jorge, valsando com Margarida. A moça riu, se deixando rodopiar.
─ Não precisa me agradecer, Jorge. Eu também não tinha par, você também me poupou de dançar com o meu pai enquanto todo mundo dançava com os namorados. ─ eles observaram os apaixonados à sua volta ─ E eu que era desesperada para não entrar no 4º ano solteira, termino o Ensino Médio assim.
─ Mas você teve vários namoradinhos.
─ E você também não ficou solteiro, Jorge. Muitas garotas na sua cola, hã? ─ os dois riram, rodopiando novamente ─ E que tal nós aproveitarmos essa noite?
─ Eu vou para os Estados Unidos em uma semana, Marga.
─ Não estou te pedindo para namorar ou casar, Jorge. Só para nós aproveitarmos essa noite. ─ a morena sorriu, brincando com os cabelos da nuca dele ─ O que acha?
─ Eu gosto, muito. ─ ele sorriu, selando os seus lábios em um beijo que surpreendeu a todos na pista de dança.
~*~
─ Nova York, filha? É tão longe.
Margarida estava na cozinha do sítio de sua família. Após a morte do pai, a mãe havia voltado para o interior, tocar os negócios por lá, enquanto ela dividia um apartamento com outras quatro modelos em São Paulo.
─ Eu sei que é outro país, mãe, mas a proposta de emprego é muito boa. ─ explicou Margarida, bebendo o seu café ─ Eu tenho um contrato de cinco anos, com visto e tudo.
─ Marga, as coisas estão indo bem aqui no sítio, mas eu não vou poder te socorrer se tudo desandar. ─ explicou a mulher, sentando em frente à filha e segurando a sua mão.
─ Eu sei, mamãe, e você não vai precisar. Eu estou com um ótimo pressentimento em relação a isso. ─ a jovem sorriu para a mãe, confiante.
~*~
─ Quem diria, segundo da turma. ─ Alberto elogiou o filho, que sorria orgulhoso em sua beca ─ E na Columbia University.
─ Seria melhor se tivesse sido o primeiro. ─ resmungou Rosana, recebendo olhares feios do marido e do filho ─ Você vai voltar para casa, filho?
─ Claro que não, mãe. Tenho um emprego ótimo em Wall Street, com pessoas de alto nível, como eu. Para que eu voltaria ao Brasil? ─ o jovem loiro revirou os olhos.
─ Certeza que tem alguma namoradinha, não é? ─ riu Alberto, e o filho riu junto.
─ Acho que a última garota com quem fiquei foi a Margarida, na nossa formatura. Nenhuma dessas garotas me interessa. ─ o jovem Cavalieri observou as belas colegas de sala, suspirando ─ Convivi demais com vira-latas e desaprendi a apreciar as belas damas de raça.
─ Mas não aprendeu a ser mais humilde, meu filho. ─ Alberto apertou o seu ombro, dando um sorriso triste ─ Que tal irmos comer? Estou com fome.
~*~
─ Quando você vai, amiga? ─ perguntou Valéria, comendo suas batatas fritas.
─ Outubro. Eu vou logo depois de fazer 21, volto com 26. ─ contou Margarida, animada ─ Isso se voltar.
─ Hum, pretende ficar por lá, é? ─ perguntou Maria Joaquina.
─ Seria ótimo, sabem? Arranjar um namorado, casar, conseguir aquele Green Card. A vida em Nova York deve ser muito boa, né? ─ explicou a jovem modelo.
─ Trancou a faculdade e tudo? ─ perguntou Alicia.
─ Logo que recebi a proposta. Eu estava fazendo a faculdade de psicologia como um plano reserva, vocês sabem... Acho uma área interessante, mas muito pesada. Ser modelo é mais cheio de glamour. ─ sonhou Margarida, enquanto as amigas riam.
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20 Anos Depois - A salvação da Escola Mundial
Romance─ Uma coisa que eu tenho certeza é que nenhum de vocês esquecerá essa cápsula; e então, quando chegar a hora, todos estarão contando os minutos para abri-la! ─ a professora os contagiou com o seu entusiasmo, vendo os rostinhos se iluminarem. Seria u...