Capítulo 10

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F/a: perdão pelo capítulo curtinho

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F/a: perdão pelo capítulo curtinho.

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— Um... clone?

Não sabia exatamente como funcionava os sentimentos das pessoas, mas tinha certeza que estava sentindo aquilo que chamam de "coração partido".

O homem ao lado de Tsunade apenas fez um sinal de mão e o clone desapareceu.

— Não era como um clone das sombras, por isso ele absorveu o raciocínio, os pensamentos, talvez até os sentimentos de Kakashi – ela disse.

Olhei para o homem, aquele que era real, eu sabia a vida inteira dele, mas sentia como se ele fosse um estranho.

— Kakashi saiu em uma missão fora, deixou o clone porque eu mandei, não imaginávamos que isso iria acontecer... não mesmo – ela completou.

— Então o tempo todo... tudo aquilo... todas as vezes que saímos, que... nos beijamos, que dançamos... foi tudo uma mentira? – perguntei olhando para Kakashi.

Ele engoliu um seco.

— Não... a primeira vez que dançamos na sua casa, não foi mentira – ele disse.

Então olhou pra mim.

— Mas nunca nos beijamos e nem saímos juntos – ele completou.

Aquilo me fazia querer ter vontade de chorar ainda mais em saber que ninguém nunca se apaixonou por mim de verdade.

Recuei dando alguns passos pra trás.

— Depois de tudo o que eu te contei... de todo o meu sofrimento – falei mostrando as cicatrizes das correntes no pulso.

Ela parecia decepcionada consigo mesma.

— Sabe, "godaime hokage" desde criança meu destino era vir pra Konoha pra matar você.

Ela me encarou, como quem não acreditava.

— Não foi por isso que vim pra cá, eu nunca quis cumprir o meu destino, muito menos quando te conheci, quando vi tudo que você "fez por mim", você tinha se tornado alguém importante pra mim, mas sinto que... está doendo agora – admiti.

Olhei para Kakashi.

Os olhos se encheram novamente, a voz falhou.

— Eu nunca tinha me apaixonado por alguém, nem sabia o que era isso, e eu me apaixonei justamente por um clone seu...

Ele desviou o olhar, engolindo as palavras.

Me afastei, apenas tranquei a porta e saí, não estava afim de ficar em casa, dormiria na rua se pudesse.

Foram poucos passos, até sentir ele se aproximar.

— Nayumi... eu...

— Você é um babaca – falei sem parar de andar, aquilo o calou.

Pouco me importei de pensar que ele era o futuro hokage.

— Eu sinto muito...

— Não, você não sente! – indaguei, parando no meio da rua, o encarando.

— Não sente nada! nunca sentiu! quem sente sou eu! quem sentiu amor fui eu, quem está sentindo dor sou eu, não use essa palavra em vão.

Ele apenas me observou, enquanto eu chorava.

— Alguma coisa na minha vida estava dando certo... eu bem que devia ter desconfiado...

Dei alguns passos, até sentir ele segurar meu braço.

— Nayumi... não era pra isso ter acontecido...

— Mas aconteceu! – indaguei – aconteceu e está... está doendo!

Olhei em seus olhos.

— Eu confiei em vocês... e depois de tudo o que eu contei... depois de ouvirem todo o meu sofrimento... vocês fizeram isso comigo...

Puxei o braço e segui o caminho.

— Eu não tinha escolha...

— Deixa ela em paz, Kakashi.

Parei, sentindo um calafrio ao ouvir a voz de Itachi, me virei, vendo os dois se encarando mortalmente.

Itachi se colocou a minha frente.

— Já fez demais em magoar ela, acho que você deveria ir atrás das suas coisas de hokage, afinal, o Rokudaime tem bastante trabalho, não acha? – o Uchiha perguntou.

— Não é algo do qual você precisa saber – Kakashi rosnou.

— Parem vocês dois! – chorei entrando no meio, empurrando um pra cada lado.

— Você, Kakashi, eu não entendo como... me apaixonei por alguém como você – falei e ele desviou o olhar.

Olhei para Itachi.

— E Itachi... não precisa fazer nada por causa de mim... eu... eu estou bem – falei.

— Esse babaca te fez chorar – Itachi disse apontando para Kakashi.

— Eu só quero... ir pra casa... – resmunguei.

Tremi de frio por alguns instantes, Itachi e Kakashi continuaram a se encarar.

Até que o Uchiha bufou, com desgosto.

— Vamos Nayumi, esse cara nunca te mereceu – Itachi disse segurando a minha mão.

Olhei para Kakashi, pro homem do qual eu havia passado os últimos dias, pro homem do qual eu havia beijado inúmeras vezes, do qual dormi junto.

Particularmente, o homem que partiu meu coração.

— Eu te perdoo... mesmo que... você não tenha pedido perdão... – falei.

E assim demos as costas, Itachi não tirou os olhos do caminho e não proferiu nenhuma palavra, ainda estava nervoso, eu apenas o segui, por mais que o destino fosse a casa dele e não a minha.

Então eu entrei, ele fechou a porta e continuou parado, de costas pra mim.

Suspirou.

Se virou para mim.

— O que ele fez com você?

Aquela pergunta me fez voltar a chorar.

Então a expressão de raiva dele se desfez.

Ergueu meu queixo e eu fechei os olhos.

— Eu sou tão idiota... – chorei.

Apenas senti o toque de seus dedos enxugando minhas lágrimas.

— Pare... – ele soprou – você não tem nada de idiota.

O abracei, era a minha única reação, não queria contar o que estava doendo, mas sabia que aquilo fazia com que eu melhorasse.

— Me perdoe – pedi – por ter me afastado de você.

— Está tudo bem Nayumi... – ele suspirou.

Permaneci ali, sentindo o calor dele ao meu e aquele toque que de alguma maneira trazia calmaria pra minha mente que estava um caos.

Eu fui enganada, outra vez.

— Itachi...

— Hm?

— Avise Jiraya que já podemos partir amanhã.

— Tem certeza?

Nunca tive tanta certeza.

PAUSADA - Assistente do Hokage » Kakashi HatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora