PAUSADA - Assistente do Hokage » Kakashi Hatake

Capítulo 28

— O que? – a voz falhou, meu corpo estremeceu e um calafrio imenso me atingiu.

Ele se aproximou do meu ouvido e em um sussurro repetiu:

— Eu te amo.

Pela primeira vez, meus sentimentos estavam sendo correspondidos na mesma intensidade.

O abracei, sentindo sua pele, seu calor, sua respiração, abracei forte, chorei.

Chorei muito embora não quisesse.

— M-me ama?

— Amo você, apenas você – ele disse.

Eu já havia ouvido um "eu te amo" de Itachi.

Mas sabia que ele ainda pensava em Izumi.

Mas com Kakashi não.

Com Kakashi tudo parecia tão... real.

Ergui os olhos para ele.

— Kakashi...

Não sabia o que dizer exatamente.

— Eu não sei se eu... mereço – soluçei.

Ele beijou minha testa, enxugou as lágrimas que rolavam pelo meu rosto, inutilmente, pois as mesmas não paravam de cair.

— Merece muito mais...

Fechei os olhos, não sabia o que dizer, como reagir, não sabia ser amada por ninguém.

— Eu também... – tentei dizer entre os soluços – eu também te amo.

Seu olhar paralisou em mim e por estar grudada nele pude sentir seus batimentos acelerados, ele soltou um suspiro e fechou os olhos, me abraçou mais forte.

Eu sabia que aquelas palavras também tinham um grande impacto para ele, o conheci bem demais para perceber que ele odiava a si mesmo.

Kakashi odiava a si mesmo, estava preso ao passado, sempre teve em mente que não merecia ser amado, nunca se permitiu criar laços assim porque sempre perdia a todos, eu não queria que ele pensasse muito, porque sei que pouco tempo ja era o suficiente pra faze-lo se arrepender por ter confessado seu amor por mim.

Agora não tinha como voltar atrás.

Ele segurou minha mão, beijou a mesma.

— Nayumi...

Aos poucos eu ia me acalmando, ansiando o que ele diria, mas sentindo algo novo.

Me sentindo amada.

Sentindo que eu tinha alguém, alguém que me aceitava, me respeitava, me amava, alguém que eu poderia dizer que "é meu".

Meu amor.

Ele não sabia exatamente o que dizer, como reagir, talvez nenhuma mulher tivesse dito que o amava.

— Não precisa dizer nada... – sussurrei.

Deslizei meus dedos, ainda trêmulos, sobre seu rosto perfeito.

— Você é a primeira que me diz isso – ele disse baixo.

Meu palpite estava certo.

— E quero que seja a única...

Ergui os olhos para ele.

— O que?

Ele engoliu seco.

— Como os homens e as mulheres vivem no seu país? – ele perguntou.

— Em que sentido?

— No sentido de relacionamento.

Desviei o olhar.