17. Só nós e ninguém mais

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Quando chegamos, ele me pediu pra sentar. Estava apreensivo, mas o aspecto feliz dele me animou. 

- Tenho ótimas notícias, Luan. 

- Fala, doutor. 

- Vou dar alta pra ela daqui a pouco. E quanto aos exames, estão ótimos. A hipótese do câncer foi descartada. Era uma pequena complicação da gravidez, mas já resolvemos isso. 

Respirei aliviado. 

- Como é bom escutar isso. - Ri. 

- Eu sei. Me desculpe pelo alarme falso. Eu imagino como sofreu. 

- Nossa, demais. Mas, doutor, eu quero saber de uma coisa que ela tem me perguntado. Ela vai poder ter filhos? 

- Fiz um exame pra isso. Pelo resultado, sim. Mas é uma questão complicada. Pode ser que ao tentar, ela não consiga. Mas tecnicamente, pode. 

- Entendi. 

Aos poucos, ele me explicou alguns cuidados que tinha que tomar com ela, enquanto íamos pro quarto. Ele deu alta pra ela e depois de resolver alguns papéis, levei ela pra casa dela. Meus pais foram pro hotel, depois de agradecimentos da Jor. Ajudei ela a descer do carro, tudo na maior calma. Ela ainda estava com um pouco de dor. Tentei fazer uma comida pra gente, e até que deu pra comer. Rimos bastante e ficamos juntinhos, depois, dormimos abraçados. 

Narrado por Jordana. 

Dormir na minha casa depois de tanto tempo foi muito bom. Acordei era quase 12h00 e Luan ainda dormia. Ele devia estar cansado. Levantei com cuidado para não acordá-lo. Depois de tomar um banho, fui até a sala e achei meu celular vibrando. 

- Filha? 

- Mãe! 

- Como você está, querida? 

- Estou bem, agora está tudo bem. 

- Filha, cheguei ao Rio. Onde você está? 

- Em casa. 

- Eu e seu pai vamos aí te ver. 

- Estou esperando. 

Ao desligar, escutei passos vindos do quarto. 

- Bom dia. 

- Bom dia, meu amor. - Luan me abraçou por trás com cuidado. 

- Quem era? 

- Minha mãe, eles estão vindo pra cá. 

- Entendi. Como está se sentindo?

- Bem, agora. 

Ele foi tomar banho e eu fiz algumas ligações. Jeni, Nana, Giovanni, o pessoal da novela. Meu interfone logo tocou, eram meus pais subindo. Quando bateram na porta, fui devagar atender. Não podia me esforçar. Quando abri a porta, minha mãe me abraçou de leve, dizendo que se preocupou comigo. Meu pai fez o mesmo e ao sentarem, começaram a me fazer inúmeras perguntas. Respondia tudo com paciência, até Luan aparecer do nada. 

- Amor, você tem alguma roupa minh... - Ele se assustou vendo meus pais. 

Luan estava com uma toalha enrolada na cintura e os cabelos todos molhados. 

- Me desculpa, me desculpa! - Ele saiu correndo pro quarto enquanto seu Jorge e dona Lucia olhavam assustados. 

Fui atrás dele e peguei uma roupa na gaveta. 

- Ai meu Deus, que vergonha. 

- Meu pai vai te matar. 

- Obrigado pela ajuda. - Ele ficou desesperado enquanto se vestia. 

As lembranças vão na mala (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora