35. Ele sempre buscaria por mim

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Rober me levou até uma ambulância que estava no local e eles me atenderam rapidamente. O ar me faltava e acho que perceberam porque usaram uma bombinha de oxigênio em mim. Aos poucos eu conseguia respirar quase normalmente. Well apareceu, dizendo pro Rober que Luan trocaria de roupa em 3 minutos e tinha visto que eu estava passando mal, então era melhor ele ir falar com o Luan. Well ficou alí comigo e eu estava tentando pensar o motivo daquilo. Não conseguia pensar em nada, mas precisava de uma desculpa, Luan questionaria, e eu tinha que convencer que era normal, mesmo sabendo que não era e eu devia marcar um médico. Logo Rober voltou e quando os médicos me liberaram, ele me levou até o camarim e ficou lá comigo. 

- Luan ficou preocupado. 

- Mas ele nem devia ter visto, é besteira. 

- Jor, não me pareceu besteira. 

- Mas é. 

- Como se sente? 

- Cansada, muito cansada. 

Ele precisou sair e eu sentei no sofá do camarim, acabei pegando no sono. 


Acordei com Luan me chamando. Passava a mão pelo meu rosto, com uma aparência preocupada. Estava sonolenta.

- O que você tem, Jor? - Ele perguntou com delicadeza.

- Estou bem melhor. 

- Vai procurar um médico? 

- Vou.

- Quer dormir, né? 

- Demais, demais. - Disse fechando os olhos. 

-  A gente vai demorar até chegar ao hotel, vem, pode dormir na van, estão nos esperando. 

Ele saiu me puxando e o segurança nos colocou dentro da van. Pedro estava lá, veio no meu colo, perguntou como eu estava, mas logo se destraiu. Sentei atrás da van, com Luan. Ele me mandou deitar em seu colo, dizendo que tínhamos pelo menos uma hora e meia até o hotel, era em outra cidade. Deitei e coloquei minha cabeça sobre o colo dele. Tinha me esquecido de como aquele colo era bom, e dormi novamente.


Acordei num quarto que não era o meu com Pedro. Luan estava do lado da cama, escrevendo. 

- Lu? 

- Oi. - Ele se levantou. - Como você tá? 

- Bem. Cadê o Pedro? 

- Ele foi dormir no quarto com o Rober.

- Mas por que? 

- Porque eu fiquei com medo de deixar você dormir sozinha. 

- Quem me trouxe? 

- Eu. Podemos conversar?

- Sim. 

Ele se levantou da cadeira e se sentou ao meu lado. 

- Quero que seja sincera. Não importa o que aconteceu.

As lembranças vão na mala (Luan Santana)Onde histórias criam vida. Descubra agora