16 de outubro de 1998
Draco esperava nervoso no altar. Seu pé batia em um ritmo acelerado de excitação. Estava diante de uma massa de convidados, tão ansiosos quanto ele. Olhavam de minuto em minuto para a porta quando Harry apareceu ali acompanhado de Sirius. Todos levantaram e uma música tocada por um piano começou a ressoar pelo jardim em que a cerimônia ocorria. Draco olhava para Harry do jeito mais abobado possível, que só conseguia ficar com o rosto paralisado na mesma expressão de extrema felicidade: o sorriso largo que seu noivo tanto amava. Quando o moreno chegou ao altar e sua mão passou da de Sirius para a do loiro, o padrinho teve tempo de sussurrar ao ouvido dele:
-Cuide bem dele, Draco.
A resposta foi uma piscadela enquanto Harry subia para ficar de frente para Draco. Como sempre, o loiro vestia um terno preto; já o moreno, vestia um terno azul marinho. Viraram-se para Dumbledore, que estava a centímetros dos dois.
-Queridos amigos e familiares, estamos aqui hoje para celebrar a união de duas partes de uma só alma que nasceram em corpos diferentes. Ah, o amor. Vindo daquele que menos esperamos, e quando verdadeiro, apresentado de um jeito avassalador. Borboletas na barriga só de pensar em estar perto da pessoa cuja o sentimento se deseja ser recíproco. Vocês, rapazes, tiveram a sorte de o sentimento ser genuíno de ambas as partes. É visível como querem crescer juntos, como se apoiam e como fazem um ao outro felizes. Nada mais apropriado que um casamento para selar esta união que já foi feita há muito tempo; desde que os olhares de vocês se cruzaram, penetrando um ao outro de um jeito diferente, observando o outro de um novo ângulo. Estamos aqui, na cerimônia de dois adultos que se declararam inimigos aos onze anos, e que, atualmente, chamam-se por apelidos carinhosos e se veem um no futuro do outro. Por isso sempre direi que o amor transforma. E quando acrescenta, ele transborda. Alianças, por favor.
Luna dirigiu-se até o altar com uma almofadinha que continha anéis reluzentes no topo. A menina usava um vestido amarelo com uma sapatilha branca. Entregou o objeto a Dumbledore, que desamarrou o laço que prendia as alianças. Entregou-as para Draco e Harry, que não conseguiam parar de sorrir um para o outro.
-Você, Harry Potter, aceita Draco Black como seu legítimo marido na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, até que a morte os separe?
-Aceito.
-E você, Draco Black, aceita Harry Potter como seu legítimo marido na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, até que a morte os separe?
-Pobreza? -Ele falou, brincando, o que despertou risadas entre a plateia.- Brincadeira, óbvio que aceito.
-Então eu vos declaro casados. Pode beijar o noivo.
A mão de Draco pousou sobre a bochecha de Harry, que levou sua mão ao ombro do loiro. Selaram os lábios por alguns segundos, e depois, receberam uma onda de aplausos. Ao se separarem, Draco enlaçou sua mão à de Harry e encostou as pontas de seus narizes.
-Agora eu quero mudar meu nome pra Potter Black, Hazzy.
-Amanhã cuidamos disso, está bem?
-Certo. Obrigado por não desistir de mim. Eu te amo.
-Eu te amo, por isso nunca desistiria de você.
Sorriram um para o outro, finalmente sentindo-se mais inseparáveis que nunca. Não tinham medo do que viria pela frente, porque sabiam que, estando juntos, poderiam enfrentar o mundo sozinhos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
PS: Não Odeio Você - Drarry
FanfictionHogwarts continuava a mesma no sexto ano de Harry. Seus melhores amigos namoravam, Snape irritava cada vez mais o garoto e Malfoy ia na mesma linha do professor. Porém, tudo muda quando a Torre da Grifinória sofre uma explosão e os alunos grifinório...