Capítulo 10

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31 de outubro

Era Halloween. Todos os alunos estavam na expectativa do que seria mais tarde. Felizmente era domingo, então todos poderiam passar o dia fazendo o que quisessem para mais tarde comemorar o dia das bruxas. As olheiras de Draco haviam diminuído muito, tinha voltado ao seu porte físico normal, assim como Harry. O loiro estava esperançoso, e o moreno mal imaginava o que o aguardava mais tarde. Os alunos estavam tomando café da manhã quando viram Dumbledore dirigir-se ao seu local de discurso e puxar um papel do bolso. 

-Harry Potter e Draco Malfoy, na minha sala, agora. -Disse o diretor.-

Estouraram murmúrios pelo salão, e Harry levantou-se com raiva e saiu pelas enormes portas de carvalho, seguido por um Draco hesitante. Ao chegarem na sala de espera ao lado do escritório de Dumbledore, sentaram-se em sofás opostos em um silêncio devastador. O diretor saiu sorridente de sua sala e voltou-se para o loiro.

-Pode entrar, Draco. Espere um pouco aí fora, Harry. 

Dumbledore fechou a porta pesada e sentou-se em sua cadeira, fazendo sinal para Draco imitá-lo e se aconchegar. O loiro sentou e apoiou a perna direita acima da esquerda. Encostou-se no estofado e apoiou os dois braços na cadeira, as mãos com seus anéis levemente encostando no móvel.

-Vejo que apesar de tudo que aconteceu você não perde sua postura, Draco.

-Certamente. Ainda não entendi porquê estou aqui, diretor.

-Fiquei sabendo do que planeja para hoje a noite.

-Ah, dançar e...

-Estou falando com relação a Harry, Draco, não se faça de bobo.

-Tudo bem. Mas por que estou aqui?

-Gostaria de... aconselhá-lo, se você me permite.

O diretor conjurou uma garrafa de whiskey e ofereceu a bebida para Draco, que aceitou sem pensar duas vezes. Girava o copo suavemente de vez em quando, antes de virar a bebida em sua boca.

-Por favor, senhor.

-Obrigado. Vejo que você gosta muito de Harry. E já sei o motivo pelo qual terminaram o que tentavam esconder de mim.

-Senhor, não tínhamos nada sério antes...

-Por favor, Draco. -Disse Dumbledore, interrompendo o garoto.- Eu não nasci ontem. Continuando. Se você realmente estiver disposto a fazer isso, posso lhe oferecer proteção, tanto contra Tom Riddle como contra seu pai. Se bem que acho, que explicando bem a situação para ele, juntamente com o bom coração de Narcissa, ele talvez ceda. Agora eu lhe peço com toda a sinceridade que resta em mim: não machuque Harry e muito menos se machuque, meu menino. Vocês dois merecem o amor que estão dispostos a oferecer um para o outro. O amor é a arma mais poderosa que recebemos durante a vida.

-Se eu tiver outra chance, jamais vou machucá-lo de novo, senhor, tenha certeza disso.

-Que bom, Draco. Pode ir.

O loiro se levantou e engoliu o resto de whiskey que sobrou no copo. Quando estava perto da porta, escutou uma respiração profunda do diretor.

-Draco. -Dumbledore o chamou.- Não esqueça que você não é o único herdeiro dos dois.

O diretor piscou para ele, e com um sorriso, Draco saiu do escritório do diretor. Aceitaria sem pensar a proteção de Dumbledore. Mudaria de lado na guerra e enfrentaria seu pai. Nada poderia ser pior que ficar sem Harry pelo resto da vida.

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PS: Não Odeio Você - DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora