Telefone sem fio

816 63 15
                                    

A tarde já começara animada na ong, uma empresa de entrega despachava várias caixas com equipamentos de filmagem,  Thais não fora avisada de nada e entrou na sala que Juliette dividia com Lucas para indagá-los.

Sendo outra que não fazia ideia do que estava acontecendo Juliette foi até a rua para checar quando foi abordada.

_Juliette! _O homem chamou animado.

_Bill, o que significa isso? _Ela perguntou apontando para caixas onde haviam câmeras, luzes, microfones.

_Isso, um presente para os alunos já que eu não posso presentear você ainda. _Bill sorria de orelha a orelha.

Juliette estava genuinamente surpresa.

_Bill, é muito gentil da sua parte mas você não pode fazer isso. _Ela contabilizava os equipamentos na cabeça e calculava que deveria haver o valor de um carro ali.

_Eu não posso fazer uma doação? Relaxa eu não comprei nada disso no meu nome.

_É um exagero Bill. _Nada parecia diminuir o sorriso do homem.

_Juliette nem sempre eu quis essa vida, eu queria ser um ator. Os filmes me deixaram emocionado o trabalho que vocês fazem aqui é muito legal.

_Bill_ Juliette se sentiu tocada pela confissão, ela se aproximou do homem colocando uma mão no rosto dele.

Da janela da recepção a fim de mostrar o que estava acontecendo para sua amiga Vitória, Thais filmava tudo.

_Você é jovem, você não precisa viver assim, você pode estudar.

_Eu mal posso pisar fora daqui, eu devo ser o homem mais procurado dessa cidade.

_Bill, isso não é vida, eu posso ser sua advogada, você pode recomeçar, eu acredito em você.

O homem se aproveitou da proximidade para beijar Juliette, que foi muito rápida em afastá-lo.

Thais capturava a cena boquiaberta.

_Qual é a porra do seu problema?

_Você disse que acreditava em mim, eu pensei...

_Pensou o que?_ A mulher estava ofendidíssima, aos berros.

_Que você gostava de mim de volta. Qual é a sua namorada PM vai vir me matar?

A menção a Sarah fez a morena lembrar que na verdade ela estava lidando com um homem perigoso.

_Bill pelo amor de deus! Sai daqui agora e leva todas essas coisas com você, e não põe a Sarah nessa história.

_Juliette, os presentes são de coração poxa.  _Juliette estava conseguindo deixar o homem triste.

_Bill, escuta, eu e você, nunca vai rolar. E que bom que você sabe da Sarah, olha não é nada pessoal, eu nem gosto de homem.

Ela não estava achando aquilo nada bom.

_Eu não sei com que tipo de homem você andou, mas tenho certeza que nenhum deles era o cara. _Bill não parecia ter escutado nada que ela dissera.

Aquela situação era inacreditável para a morena.

Bill estava convencido de que a única coisa entre ele e Juliette, era Sarah.

Thaís já havia parado de filmar agora que Lucas, Carla e até alguns curiosos prestavam atenção na cena.

_Não queria interromper seja lá o que esteja acontecendo aqui mas alguém precisa assinar a entrega. _Era o motorista da van de onde poucos minutos atrás as caixas estavam.

IlegalOnde histórias criam vida. Descubra agora