Lucas

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-Não... Eu não posso deixar isso acontecer!! – Lucas, que antes estivera em pé, agora estava sentado no sofá da casa de Sara. Depois de ela ter dito que Jorge iria mata-la da pior forma possível, ele desabou. Tinha que impedir isso! Tinha que haver alguma maneira de detê-lo...
A cabeça de Lucas não parava. Até que ele finalmente parou em um pensamento: “Se eu souber onde a Iris está, eu poderia salva-la e nada aconteceria...”
-Onde a Iris está? – disse Lucas, externando os seus pensamentos.
- Eu não sei. Jorge não deu detalhes do plano.
-Você não tente mentir para mim...
-E você vai fazer o que? Eu domino tantos elementos que você se surpreenderia. Estaria morto antes de dizer qualquer coisa. – Lucas sabia que ela estava certa, mas tinha que tentar.
-Por favor, me ajuda... Eu estou desesperado! Pense como se fosse o Robert. – uma lágrima havia escapado dos olhos de Lucas. Ele teve que apostar na empatia de Sara. Ele só conseguia pensar o quão arriscado foi.
Sara suspirou “derrotada". -Tudo bem... A única coisa que eu sei é que, daqui a dois dias, Jorge vai levar a Iris para a mesma ponte onde matou os pais dela. É a minha única informação.
“Agora, vá embora da minha casa. Já perguntaram coisas demais. E, Lucas, lembre-se de não tocar no meu nome.”. Concluindo a conversa, Sara lançou um último olhar mortífero para Lucas antes de expulsar a todos. Seu papel estava comprido, agora ela só tinha que esperar.
Depois de ser expulso da casa de Sara, Lucas nem sequer olhou para trás. Ele estava determinado a chegar em casa e tomar alguma medida para salvar Iris, e Lucas não queria esperar os dois dias de Sara.
Agora Lucas estava mais calmo, mas também estava mais pensativo. Ele estava tão distraído, pensando em algum plano, que quando Lucas caiu em si ele viu que estava sentado na mesa, com as mãos unidas em baixo de seu queixo, rodeado por Daniel, Bruno e Miguel. Todos o olhando com expectativa.
-O que vocês estão fazendo aqui?
“Sem querer ofender”, concluiu Lucas, após notar que poderia magoar eles.
-Onde você achava que estaríamos? – perguntou Bruno.
-Sempre estaremos aqui, tio. – Miguel afirmou.
- Eu só discordo de você estar aqui, Miguel. Deixa que nós ajudamos o Lucas... – pediu Daniel, colocando a sua mão em cima da mão de Miguel. Ele sabia que se o Miguel fosse, talvez não retornasse. Daniel não podia suportar a ideia de perder Miguel. Só de cogitar pensar nisso, seu coração doía de forma inimaginável e lágrimas ameaçavam sair desordenadamente de seus olhos. Miguel simplesmente não poderia ir; de forma alguma.
-Pelo amor de Julius, eu tenho quatorze anos! Eu já sei me defender, sabe... Por favor, me deixem ir! – ao ver que Daniel não cedeu, Miguel decidiu apelar a Bruno:
“Pai, por favor...”.
- Eu deveria dizer que temos que deixar você ir e toda aquela coisa de “criamos você para o mundo” e essas coisas... Mas eu não consigo completar essas falas. – Bruno deu uma pausa para respirar fundo e manter a sua postura.
“Eu deveria deixar você ir, mas eu não consigo... Desculpa-me, filho.”
-Ok... Vocês vão, correm perigo de vida, e eu fico aqui sentado vendo TV esperando vocês voltarem. Legal. Sem problemas.
-Miguel, não pense assim... – Bruno parou no meio da frase, pois ele havia percebido um movimento repentino de Lucas.
Lucas não havia ouvido a discussão que Bruno e Daniel tiveram com Miguel. Além de não ser da conta dele, Lucas tinha que pensar o que fazer com as informações que tinha. Enfim, ele havia chegado a um resultado.

***

Os três lados [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora