Olá, lar doce lar!

23 6 0
                                    

Então Iris desceu as escadas. Ela estava com uma rouba simples na vista, mas com muito valor sentimental. Ela não usa aquelas roupas em qualquer ocasião, mas aquela ocasião merecia.
Iris estava com um penteado simples; simples, mas lindo. Pegou a primeira mexa do seu cabelo, fez uma trança e o prendeu na parte de trás do cabelo. Com o seu cabelo ondulado, esse simples penteado se transforma maravilhosamente.
Sua roupa era uma calça jeans preta, com um bordado no bolso de trás que ela e sua mãe fizeram. Uma blusa com um moletom verde musgo por cima- o moletom era de seu pai. Ela pegará algumas coisas do armário deles antes de ir para lá. Sim, o moletom ficava um pouco grande nela, mas Iris ama roupas grandes.
O tio, vendo a combinação das roupas, disse:
-Reconheço as roupas. Ótimo gosto! Eu também estou indo com roupas importantes... -logo após, se olhou de cima a baixo, parecendo ter um flashback de tempos longínquos. - Pronta?
-Nunca estive mais pronta do que hoje!
-Então vamos indo. Faça o que eu fizer.
"Não se preocupe, não dói. Na verdade, você não sente nada"
E Iris foi.
Desceram as escadas do porão. Por mais incrível que pareça, o porão estava lindo. Eu diria que está mais limpo do que a cozinha. Claro que ela anotou isso mentalmente, para adicionar a lista de coisas suspeitas em torno da vida do tio (ou será que é melhor chamá-lo de Jorge?).
E lá estava ele, "O portal". "Esse nome é totalmente inapropriado para uma coisa tão bela quanto essa", pensou Iris. Ela estava pasma com tamanha beleza.
"O portal" é muito parecido com uma porta, só que ele tinha uns três metros de altura e era mais arredondado. É feito de rochas (pareciam ser rochas muito antigas, tipo no tempo dos reis e rainhas), e ele parecia estar coberto de um tipo de musgo verde.
Foi só Jorge ficar a uns dois passos do portal que ele, do nada, se "ativou". Antes ele parecia adormecido, mas, depois que o tio chegou perto, ele pareceu mais vivo... Mais iluminado.
Iris não tinha reparado, mas havia uma pequena mesa de mármore na frente do portal, onde o tio digitou algo (provavelmente o endereço, quem sabe?!). Logo após Jorge ter digitado o portal se abril - como se uma pessoa tivesse aberto a porta para eles entrarem. Era impossível ver o que estava do outro lado. Iris estava com medo.
-Vamos, sobrinha! Está na hora - o tio disse isso, quase que num tom maligno
-Eu... Eu estou com medo.
Jorge, parecendo que compreendeu o medo de Iris, mudou o tom de vez e a sua cara. Com isso, ele disse:
-Calma, Iris. Não há o que temer... Lembra o que eu te falei? Não dói atravessar o portal. Afinal, é isso que você quer, não é mesmo!? Conhecer onde seus pais nasceram e cresceram ver a All... - e o tio deixou a frase no ar, como se ele tivesse percebido que ele não deveria saber disso.
-Como?...
-Depois te explico, agora nós precisamos ir- disse ele, interrompendo Iris.
Dito isso, o tio entrou no portal - ela estava agarrada no braço do tio. Eles entraram.
Realmente, foi igual o que o tio disse, ela não sentiu nada ao transpassar pelo portal, mas quando ela chegou ao outro lado... Iris ficou paralisada.
Iris não sabia o que falar; o que fazer. Era tudo tão novo e tão... Vazio?
"Como assim, ta vazio? Não era esse o plano!"- disse Iris para o tio, mas eu também pensei isso.
- Bem, como eu disse, esse é o menor mundo. Lembra-se?
-Mas, e o general? O que sabia da missão dos meus pais?- ela estava realmente desapontada. Eu também fiquei.
-As coisas aqui são um pouco diferentes, portanto eu resolvi não avisar a ele sobre a nossa chegada.
Iris estava confusa, mas aceitou bem o fato. "Logo, logo eu irei saber o que aconteceu"- ela falava isso para si mesma.

Os três lados [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora