Prólogo (Parte II)

5 1 0
                                    

Sinopse da parte II:
Quanto às pessoas podem mudar? E em quanto tempo?
Ou será que a pergunta deveria ser: “Até quando Jorge se esconderia nas sombras?”. Quando ele se revelaria? Até onde Iris e seus amigos estavam seguros?
Iris não teve que se preocupar com essas perguntas por muito tempo, mas chegou o momento...

---
Para darmos valor à felicidade, precisamos passar pela tristeza.”
 


Não foi fácil, três jovens entre 15 e 16 anos, se criarem sozinhos. Iris teve que arrumar um emprego (que não era tão bom). Lucas já trabalhava e Bruno também. Daniel teve que se virar como Iris, mas ele se deu melhor.
A vida deles não era a ideal (considerando a idade deles), mas era boa.
Lucas parecia ser o mais experiente de todos. Quando Iris tentou encontrar respostas sobre o assunto, ele o afastou o máximo que pode. Estava óbvio que Lucas não gostava de falar sobre o seu passado.
 
Iris havia se acostumado com o fato de o tio estar sumido em algum lugar por ai e que, a qualquer momento, ele pode voltar a fim de matar ela e qualquer outra pessoa no mundo. Às vezes isso a incomodava, mas ela não podia fazer nada, então apenas ignorava. O momento chegaria, e quando chegasse, Iris teria que se “incomodar" bem mais do que isso. Era melhor poupar incômodos.

---
Os anos se passaram, e Iris já estava com 20 anos quando Bruno e Daniel anunciaram que queriam se casar. Foi um dos dias mais felizes de Iris. Todos estavam contentes e festejaram o noivado como se já fosse o casamento.
B

runo não parecia ser mais aquele cara tímido que Iris havia conhecido, no dia do noivado. Mas ela mais achava que era a bebida que havia criado aquele novo Bruno.
 
Ela adora olhar as estrelas e admira-las. Tão belas e distantes de todo o mau e o bem que há na Terra; Tão livres. Algo que não podemos guardar em um pote só para nós.
Ela estava lá: absorta em seus pensamentos e reflexões quando Lucas se junta a ela.
Iris da uma olhadela para Lucas, mas ele parece não notar. Então o silencio domina o ambiente por algum tempo, até que finalmente Lucas fala o porquê de ele estar ali:
-Eu quero me casar com você. –Iris se vira bruscamente para olhar nos olhos de Lucas. Ela não conseguia falar absolutamente nada.
“Você quer se casar comigo, Iris?”
-A... Ah... Vo-você me pergunta isso assim? Do nada?
-Desculpa. Foi só uma coisa que eu estive pensando em fazer nos últimos dois anos, mas só agora me veio a coragem para realmente fazê-lo.
“Mas se você não quiser, tudo bem.”
-Eu quero! Sim, sim, eu quero! –respondeu Iris chorando.
-Sério? Por Julius, eu não estava esperando por isso. – respondeu Lucas, rindo.
Eles se abraçaram e choraram. Esse sim foi o melhor dia da vida de Iris.
Ao contrário de Bruno e Daniel, o casamento de Luris (Daniel quem inventou o nome do casal) foi discreto e sem muita festa. Não porque eles estavam com medo, e eles estavam, era mais porque eles só não queriam chamar atenção.
 
O casamento não foi a parte mais difícil. O que mais doeu nos dois foi decidir entre ter ou não ter filhos.
Iris não queria engravidar e correr o risco de o bebê sair... Sair como ela. Era quase uma maldição saber que ela não era apenas a Iris e sim a Iris e seu meio irmão?! Essa história ainda a deixa confusa.
Lucas quase que se negava a adotar. Não que ele tivesse algum preconceito, porque ele não tinha. Sinceramente, Lucas não sabia direito o porquê disso tudo, ele só sabia... A única certeza na vida dele era essa.
Iris não o julgava, e ele também não a julgava, mas esse era o grande dilema do relacionamento deles. A grande incógnita sem resposta.
Quem abriria mão? Alguém cederia? Isso seria capaz de destruir o racionamento deles?

***

Os três lados [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora