Recomeço

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Em uma briga com Duque eu levei um soco de realidade

" O Que eles iria falar se te visse assim, sei que dói perder alguém mas sabe o que mais dói!? é que eles deram a vida por você, te protegeram até o último segundo e você está desperdíçando olha quão miserável se tornou"

As palavras foram duras porém ele tinha razão eu tive a oportunidade de sobreviver a tudo isso e mesmo sem ter ânimo para continuar eu não deveria ficar no fundo do poço onde me fechei.

Duque como bom amigo que é nunca desistiu da minha pessoa marcou terapia com psicóloga, confesso que não gostei da idéia de ter que falar como uma estranha porém era necessário, já  Roger falou que o amigo dele precisava de ajuda na loja de conveniência pois havia quebrado o braço, dava para perceber que eles queria me ajudar, aceitei trabalhar na loja assim poderia ocupar minha mente.

Duque me levou de carro era poucos quarteirões de casa, depois de meses preso em meu quarto as ruas me deixava nervosos tudo parecia diferente não saberia dizer o que era pois as folhas da árvore caia como todo outono e as casas tinha as mesmas cores, só que agora sem graça.

— Você está bem? Duque perguntou ao parar em frente a loja.
— Como me pergunta isso você me chutou da cama para eu acordar e ainda são 7 da manhã.
— Era isso ou um balde de água fria. Disse Duque com sorriso no rosto. Ah não se esqueça que mais tarde terá sua primeira consulta com a psicóloga.
— Tenho mesmo que ir. Fiz beicinho
— Não faça essa cara, vou estar com você e depois eu te compro um sorvete que tal. Falou ele dando leves batidinha na minha cabeça.
— Obrigado Duque.
—Pelo o quê? perguntou meio confuso.
—Por não desisti de mim. Dei um beijo em seu rosto e sai.

Respirei fundo e tomei coragem ao  entrar na loja...

Semanas se passaram e eu já me sentia familiarizado com o lugar, Duque voltou pra escola e me buscava no fim do expediente ele ainda se preocupava demais comigo e sempre tentava me fazer rir e era ridículo pq  sempre sedia com as palhaçada.

Um dia o loja fechou mais cedo do que de costume e eu encontrei um felino preto no caminho para casa.

— Oi amiguinho está perdido.
Seus olhos me fazia lembrar o Tom balancei a cabeça afugentando meus pensamentos pq sabia que era meu ponto fraco e não queria voltar a ficar de luto.

— Vou levar de volta pro seu dono. peguei ele e olhei a indentificação na sua coleira era perto dali num prédio antigo,procurei o apartamento 206, bati na porta e uma senhorinha muito gentil atendeu, automática mente  ficou muito feliz ao reconhecer o gato deveria ser muito importante pra ela  já que o felinos o arranhava seu braço e de forma de agradecimento me convidou pro jantar e insistiu tanto que não pude recusar.

Horas depois...

— Já está ficando tarde, obrigado pela comida estava deliciosa dona Rosa.
— Não me chame de Dona só de Rosa. Disse ela sorrindo.
— Pode deixar.
Ela me fez prometer que voltaria a visitar já que lembrava do neto que ela tinha fora do país.

Após se despedir da minha nova amiga eu caminhei passando em frente alguns apartamentos e subitamente meus pés pararam ao ouvi garrafa tintiliando.

Os segredos de TomOnde histórias criam vida. Descubra agora