Quando cheguei no 9° ano, eu e a Rummer fomos separadas de turma, e a Brenda também. Dai me tornei mais próxima da Nat, que também era nossa amiga porém não era próxima. A Nat e eu falávamos sobre tudo, parecia que já éramos próximas há anos. Mas nossos principais temas eram sobre essas desilusões amorosas, que mesmo super novinhas ainda já tínhamos experiência pra contar. E logo no primeiro dia de aula, entrando na sala eu disse:
-Esse ano vamos sentar na frente, Nat, na primeira fileira. Vamos estudar de verdade e nada vai nos distrair.Exatos 5 minutos depois, entraram duas beldades na sala. Eles eram alunos novos, sentaram na última fileira e conseguiam atrair atenção de todo mundo que já estava ali. Eu encarei a Nat e parece que nós pensamos a mesma coisa. Balançamos a cabeça positivamente, pegamos nossas bolsas e sentamos uma na frente de cada um. Também fomos fazendo amizade com eles mas o foco da Nat era um terceiro menino novo, então ela nem estava dando bola para aqueles dois, me dando chance até de escolher um dos dois.
Então eu conversava com os dois, exatamente tudo que eu conversava com um, eu copiava e colava pro outro e assim foi durante 15 dias. Até que comecei a me identificar mais com um. Eu sentia que ele tinha uma energia boa, que ele era um menino bom mas que por algum motivo estava sofrendo, e eu me identificava com isso. O outro era mais bonito mas, além de já estar ficando com outra menina, tinha acabado de perder a avó, então o foco dele naquele momento não era ficar com alguém, ele ia me dar muito trabalho então acabei desistindo. Mas não descartei ele, ainda assim eu gostava da amizade dele, e muito!
Finalmente tomei coragem e pedi para ficar com ele. Ele respondeu que só ficaria se eu "desse" pra ele e eu não achei uma má ideia. era a proposta perfeita para perder a minha virgindade e conseguir o que eu queria. Então fui atrás disso! Eu topei e marcamos assim o nosso date. Mas eu não imaginava o abismo que isso ia me jogar.
Nós não achávamos lugar então, pensamos em ir no shopping. E assim fomos. Chegando lá fomos ao banheiro e tentamos, mas realmente não entrava de jeito nenhum. Pode se dizer que eticamente e moralmente eu perdi minha virgindade mas, fisiologicamente tenho quase certeza que não. Eu queria tentar de novo, mas não queria que fosse com ele, não queria passar aquela vergonha de novo. Então decidi pedir um help da Cindy e desenrolar mais um contatinho. A Cindy sempre me falava sobre um menino chamado Portello. Ninguém conseguia chegar até ele, ele já era do terceiro ano. Ele também era um dos famosinhos então se não fosse amigo de algum amigo próximo, ou já tivesse amizade antes, era impossível se aproximar dele. E a Cindy era a pessoa perfeita pra fazer a ponte, já que ela já tinha ficado com ele, eu tinha boas referências e ela já tinha me dito que ele me achava bonita. Ela arrumou pra mim e conseguimos finalmente entrar em contato um com o outro.
Depois de longos 2 dias de conversa, finalmente ele veio falar comigo na escola. A Brenda e a Rummer ficaram espantadas e falando o tempo todo sobre aquilo, sobre ele ser lindo e etc. Eu precisava ficar com ele. E se rolasse algo mais, eu ficaria mais feliz ainda. Então no dia seguinte teve uma gincana na escola, onde podíamos ir para a quadra. A quadra ficava do lado de fora da escola, o que possibilitava que os alunos que precisavam matar aula (como eu) pudessem sair sem serem pegos e depois voltar para a escola como se nada tivesse acontecido. E foi exatamente o que fizemos, na hora estratégica saímos, fomos até uma viela próxima a escola e ficamos. Ele queria que eu fizesse um oral pra ele ali mesmo e eu fiquei com medo de ele não querer ficar comigo depois. Por isso aceitei.
Quando voltei, a Rummer perguntou se tinha sido bom, e no mesmo segundo ele me mandou mensagem falando que o beijo tinha sido ótimo e que ele queria um replay. Aquilo por si só já respondeu tudo. Todas as minhas amigas comentavam orgulhosas de mim, e eu mais ainda.
Naquele mesmo dia, eu decidi que ia até o final, que queria perder minha virgindade com ele e que seria naquele mesmo dia. E assim comecei a fazer por onde e dar os passos para aquilo se tornar real. Começamos a conversar novamente quando cheguei em casa e, para a minha sorte (ou não) minha mãe ia trabalhar a tarde toda. Meu irmão almoçou e dormiu então tudo estava ao meu favor! Só faltava ele aceitar.
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Distorção Borderline
Non-FictionConflitante, você consegue fazer uma distinção entre o real e o imaginário? Essa leitura vai te fazer duvidar de suas próprias capacidades cognitivas e assim entender com perfeição como funciona a mente de uma pessoa com o distúrbio, desde o início...