Flores e reconciliação

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Pov Levi Ackerman

   — Então apenas diga logo e saia. — suspirei.


   — Eu só quero deixar claro que não tenho interesse em Erwin e vice versa, não temos nada além de amizade já faz muitos anos-

   — Não me pareceu apenas amizade quando estávamos naquela lanchonete. — a interrompi, já sem paciência.

   — Você entendeu errado, eu devo ter soado rude mas não foi por querer. Eu conheço Erwin a muitos anos e nossa amizade é muito importante para mim, não gostaria que ele saísse magoado de um relacionamento depois do que passamos na época em que éramos casados...

   — E o que aconteceu naquela época? — perguntei interessado.

   — Acho que seria melhor que Erwin contasse. Enfim, por favor voltem, nem eu estou aguentando mais ele bebendo e chorando o tempo todo.

   — E o que você estava fazendo na casa dele aquele dia? — perguntei.

   — Fui tentar fazer ele ver a luz do sol, ele está dentro daquele apartamento sujo a dias, está lamentável. — disse com cara de nojo. — Se você visse a zona que está lá você infartaria, mal dá pra andar lá dentro! E ele se recusa a abrir as cortinas, é sufocante ficar lá!

   — Ele está tão mal assim? — perguntei preocupado.

   — Sim, então por favor volte a falar com ele e deixe o orgulho de lado, ou ele vai morrer no meio do lixo e das bebidas. E faça ele pedir desculpas também, por não ter falado que já foi casado e afins.

   Se levantou pegando sua bolsa acenando para o Gato que estava em meu colo, um pouco mais calmo que antes.

   — Rosemary! — chamei antes que ela saísse, se virou me olhando. — Obrigado.

   — Por nada, e adeus. — saiu fechando a porta.

   Suas palavras se repetiram na minha cabeça várias e várias vezes ainda processando tudo o que acabou de acontecer, sem perceber estava abrindo um grande sorriso e o sentimento de felicidade tomou meu peito.

   — Ouviu isso Gato? Erwin não gosta da mocre... — me interrompi. — da Rosemary!

   Me joguei no sofá rindo sem parar com a mão no rosto, o Gato subiu em meu peito fazendo uma "massagem" no mesmo com suas patinhas.

   Me levantei subitamente quase derrubando o Gato ouvindo ele miar alto em protesto, me desculpei.

   — O que eu faço agora Gato?

   Perguntei olhando em seus olhos como se esperasse uma resposta, ele apenas miou e saiu indo terminar sua refeição, revirei os olhos.

   — Ajudou muito.

   Me levantei indo até o banheiro e tomei um banho, me arrumei o mais rápido possível, vou agora mesmo a casa do meu Erwin pedir desculpas pelo meu ciúme idiota.

𝑆𝑜́ 𝑢𝑚𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora