Gêmeos

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Pov Levi Ackerman

   — O quê?! — exclamou — Você adotou duas crianças sabendo que está morrendo?!

   Erwin estava de pé em frente a mesa, totalmente perplexo e estressado, Cecil entregou um copo de água para ele enquanto o Sr. Smith continuava com uma expressão entediada, eu simplesmente não sabia o que falar.

   — Não seja idiota Erwin — revirou os olhos — Eu as adotei antes mesmo de saber do câncer.

   — E o que você vai fazer? Com quem essas crianças vão ficar?! disse antes de beber um longo gole de água.

   — Com você — Erwin se engasgou.

   — Espera aí — falei, me levantando também — Isso não é responsabilidade dele!

   — Exatamente! — concordou depois de se recuperar da crise de tosse.

   — Você não irá ter gastos com essas crianças, eu já cuidei disso, apenas quero que cuide e eduque elas depois da minha morte — disse, ignorando nossos protestos.

   — Você não entende?! Não posso simplesmente adotar crianças que nunca nem vi só por que você quer!

   — Eu vou me deitar, Cecil mostrará o quarto de vocês — nos ignorou novamente, saindo.

   Erwin voltou a se sentar, suspirando cansado, Cecil balançou a cabeça em negação enquanto escondia seu rosto com as mãos. Que espécie de situação é essa? Por que isso só acontece com a gente? Que droga.

   — Senhor, escute por favor — pediu.

   — Sim, Cecil — falou depois de um longo e profundo suspiro.

   — Ele se sentia solitário, sei que pode não parecer mas ele se sente assim. Eu sugeri que ele adotasse essas crianças, nós fomos ao orfanato juntos e aquelas crianças... — fez uma pausa — Ele adora aquelas crianças, ele se afeiçoou muito a elas.

   — Mas isso não é problema meu Cecil, me desculpe.

   — Sim, claro. Mas se quiser culpar alguém por toda essa confusão, culpe a mim, eu comecei com tudo.

   — Você não é culpado de nada, Cecil — disse pondo a mão em seu ombro, o confortando, ele apenas acenou com a cabeça.

   Cecil nos guiou pela mansão até o quarto em que ficaríamos, era um quarto chique como o resto da casa. Erwin apenas se jogou sobre os lençóis macios afundando seu rosto nos travesseiros, subi em suas costas começando uma massagem.

   — O que eu faço, bem?

   — Independente de qual for sua escolha... — me abaixei na altura de seu rosto lhe dando um selinho na bochecha — Eu sempre vou te apoiar.

   — Eu te amo.

   — Eu te amo mais.

   Erwin se levantou para me deitar em seu lugar, então se aconchegou entre minhas pernas me abraçando pela cintura, seu rosto na altura de minha barriga.

𝑆𝑜́ 𝑢𝑚𝑎 𝑛𝑜𝑖𝑡𝑒 [concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora