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     Parei o carro na frente da casa do Nate. Ele me olhou enclinado no banco.

Eu- O que foi?

Nate- Você tava certa. Sabe se defender sozinha. - suspirei. 

Eu- Nate..

Nate- Não precisa se explicar.- disse ele me cortando- Mas quando eu te vi, suja de sangue, agindo como se não fosse nada demais o fato de você ter acabado de matar 4 homens, eu me senti impotente. Você é muito melhor que eu.- ele riu, mas sem humor.- Não sei se algum dia eu vou me igualar, sabe?- revirei os olhos, ri e neguei.

Eu- Para de bobagem. Foi só uma madrugada difícil onde eu tive que tomar o lugar dos meus pais. Se me ver suja de sangue te fez recuar no sentido nós dois, então eu preciso te dizer que todos os nossos treinos estão sendo pra nada. Porque talvez eu tenha que tomar o lugar deles um dia, e se você estiver em dúvida em estar ao meu lado, não só pra beijar minha boca, mas em ser parte da equipe, eu preciso que me diga o quanto antes.- ele assentiu. 

Nate- Talvez eu só precise pensar, ta bom?- assenti e ele me puxou e me beijou. 

   Foi emotivo, mas não deixou de ser bom. Até que alguém o gritou da porta de casa. 

- Isso é hora de você chegar em casa, garoto?- o homem gritou e senti Nate estremecer ao olhar para o homem pela janela do carro. 

Eu- Quem é esse?

Nate- Meu padrasto. Provavelmente voltou mais cedo do trabalho no Brasil.- franzi a testa. 

  Dave não comentou nada sobre um padrasto quando me disse quem ele era de verdade. 

Nate- Bom, te vejo amanhã.- ele não esperou que eu respondesse e saiu do carro. 

    Não o esperei entrar em casa e segui meu caminho pra minha rua. São 8 da manhã, eu preciso de um banho!


                                                                               ****


    Acordei toda amassada, fiz xixi, lavei a cara e escovei os dentes. Fui direto pro closset e coloquei uma roupa: short jeans, a parte de cima de um biquini, a minha jaqueta preta e chinelos. Peguei minha carteira e as chaves do meu carro. Desci as escadas e parei bruscamente com a cena mais improvavel: meus pais dormindo no sofá. Segui a falação até a cozinha e encontrei Harry, Liam, Louis e Miguel rindo. 

Eu- O que eu perdi? Por que meus pais voltaram cedo e... por que vocês estão comendo cereal direto da caixa?- ergui as sobrancelhas. 

Louis- Bom dia, Liazinha.- beijou minha cabeça. 

Liam- Seus pais chegaram tem umas duas horas e só deitaram no sofá. - beijou meu rosto.

Harry- Ninguém sabe de nada. - beijou minha testa.

Eu- Ok...

Miguel- Onde vai vestida assim?- perguntou, depois de me olhar de cima a baixo, com a boca cheia de cereal.

Eu- Padaria.- levantei a carteira para enfatisar minha fala.

Harry- Ai, que ótimo! Eu vou com você.- assenti. 

Eu- Mais alguém?- Miguel largou a caixa na bancada e ele, Louis e Liam levantaram a mão.- Bebezões.-ri. 

    Troquei as chaves do Audi pelas do Ranger no chaveiro. 

Louis- Melhor acordar eles.- neguei.

Eu- Eles nos acham.

   Saímos da casa e fomos direto para a garagem. 

The RussianOnde histórias criam vida. Descubra agora