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Créditos da fanart para @/yappdoll no twitter.

Obrigado por lerem, desfrutem do capítulo :)
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Right down the line – Gerry Rafferty

Suga estava nervosamente nervoso, toda aquela pressão que foi colocada em seus ombros não lhe caiam bem. A cada movimento que fazia havia o medo de fazer algo errado, medo de estragar tudo que Anna e ele fizeram e planejaram com afinco durante muito tempo, era um passo em falso e tudo aquilo iria por água baixo. Adeus Anna, adeus dinheiro, olá cadeia.

Poucos minutos após as transferências do dinheiro a realidade parecia cade vez mais assustadora, Anna realmente havia desaparecido. O pior pesadelo de suas vidas havia começado e eles sequer estavam dormindo.

Suga havia feito duas ligações no telefone público do prédio de advogados, um foi para o porteiro, para saber se alguém havia ligado procurando por ela, a resposta foi não; o porteiro prometeu ficar atento.
A segunda foi para o escritório principal do FBI em Los Angeles, a partir daquele momento ele soube que não havia mais volta.
Disfarçou o sotaque brasileiro e se preparou.

— Alô. – A voz soou do outro lado da linha.

— Agente Andrew Jones?

— Sim.

Uma pausa e Suga continuou:

— Está encarregado do caso de Anna Alves? – Suga sabia que ele estava

Uma pausa, desta vez do outro lado.

— Sim, com quem eu estou falando?

Eles facilmente rastreariam aquela ligação em questão de minutos e ficariam perdidos em uma cidade de milhões de moradores, mas Suga continuou firme.

— Estou ligando do Brasil – ele falou nervosamente — Eles capturaram Anna.

— Quem? – perguntou Jones.

— Vou dizer um nome.

— Estou ouvindo – disse Jones, sua voz fria e atenta.

— Roger Oliveira. Você o conhece?

Uma pausa enquanto Jones tentava localizar o nome.

— Sim, o deputado que Anna Alves roubou.

— Ele mandou homens atrás de Anna, já faz dois anos.

— E você diz que eles a encontraram, certo?

— Sim. Eles a encontraram.

— Onde?

— Japão.

— Quando?

— Noite passada ela já havia sumido. Eu acho que eles podem matá-la.

Jones ponderou por um segundo e disse:

— O que mais pode me dizer?

Suga deu o número do deputado corrupto no Brasil, desligou e saiu do prédio.

~•~

Osamu voltou para o apartamento de Anna, dessa vez dizendo para Futakuchi que resolveria de vez os assuntos do tal divórcio.
Osamu examinou o apartamento com mais calma e agora revirando todo o lugar. Assim que entrou no apartamento o cheiro de bebida entrou pelas suas narinas e seu rosto fez uma breve careta.

Em cima do balcão havia um copo recém usado e com resquícios de alcóol, a pia havia um prato sujo e talheres, não havia nada de mais. Abriu todos os armários e gavetas que achou, não encontrou nada.
Foi para a sala, procurou no pequeno hack da televisão, estava vazio e com algumas teias se formando nas juntas. Foi para o banheiro, itens de higiene, produtos para o cabelo, pasta de dente e uma escova, não havia nada. Foi para o quarto – último "cômodo", revirou o guarda roupa, havia apenas roupas – quem guarda apenas roupas no guarda roupa?
Abriu as gavetas da mesa ao lado da cama, nada de relevante, olhou na cama, embaixo do travesseiro, embaixo do colchão, algo lhe chamou a atenção. Ele empurrou a cama e lá estava, uma tábua mal encaixada, Osamu sorriu fino e vitorioso e se apressou em vasculhar aquele compartimento.

START OVER | Kita ShinsukeOnde histórias criam vida. Descubra agora