Após Percy Jackson ser traído, esquecido e humilhado, uma proposta irrecusável aparece em sua frente. E, mesmo não sabendo sobre as verdadeiras intenções de seu suposto salvador, o antigo herói aceita o acordo.
Cinco mil anos depois ele retorna a c...
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Capítulo 57 – Verdadeira Família, aqueles que escolhemos.
P.O.V – Autora
Existem dois tipos de saudade. A saudade que torna-se mais forte com o tempo e a saudade que fica mais fraca e o esquecimento é tão certo quando o sol nascer. O tipo de saudade, depende de cada Ser. E naquele momento, Ômega escolheu esperar e, em sua infinita paciência, imaginou Alpha acordando dessa vez, ele jamais a deixando novamente.
Seu relacionamento não foi feito em dias ou séculos, mas em um tempo extremamente longo no qual ele nem sabia o tempo exato. Mas para ele estava tudo bem, o quanto não era realmente importante, não mais. Pois assim que sua esposa abrisse os olhos, ele a conquistaria como da primeira vez.
E enquanto divagava, esqueceu-se daquele que um dia foi seu pai. Poseidon estava parado a metros de distância esperando por alguma fala ou sinal, Ômega quase riu com a serenidade do Mar. – Seguindo com as recomendações de Caos, sentou-se mais à vontade na cama dando sinal para o deus se aproximar.
— Eu sei que você não é realmente… Percy. Mas também sei que não deixou de ser ele. — expôs sua opinião antes de, em sua mente, ser desprezado. — Naquela época, eu não queria rejeitá-lo, é meu amado em filho. Ainda continua sendo.
— Então, diga-me. — com paciência falou dando um pequeno suspiro.
— Anfitrite estava grávida. Dessa vez, havia prometido que faria certo, mesmo vê-la indo embora cansada das minhas falhas e egoísmo. Caos não foi do tipo que me deu escolha e, após muitos séculos, eu teria uma menina. — de fato, o filho de Caos não estava preocupado com isso. Mas ele sabia que ainda existia coisas para lidar e suportar de sua última vida. Coisas que, infelizmente, ele não podia destruir.
— Eu entendo. Na verdade, nunca senti ódio ou mágoa. Depois de todos, eu estava acostumado. E também, mesmo que não fosse por você, seria outro. — Ômega falou olhando profundamente nas íris azuis ciano. — Mas devo ser sincero, eu não queria ter responsabilidades com deuses como tenho hoje. Não deveria ter sido.
Poseidon ficou parado observando tudo, escutando as palavras dolorosas que tanto havia se preparado.
— Eu não tenho mais minha completa humanidade, não há como recuperá-la. O que sobrou não será suficiente para eu dividir com os deuses. Não existe volta… Mas posso oferecer um recomeço. — Ômega levantou-se da cama e ficou frente a frente com o deus. – Ele pensou ironicamente sobre seu coração não acelerar, pois era um dia histórico. — Não seremos exatamente amigos, mas teremos sim um grau de aproximação.
E o que veio a seguir surpreendeu aquele sem humanidade. Poseidon não somente guardou suas palavras no coração, mas aceitou dolorosamente a realidade. Seu filho não voltaria e aceitar aquele como se fosse ele não seria certo. Não, o deus dos Mares entendia. E, quando olhou para dentro das íris verdes, viu um novo amigo. Não um filho perdido ou um substituto, mas um novo laço formando. – Com emoção em seus olhos, abraçou repentinamente o jovem.
