Uma carta de emergência com o símbolo de uma das casas do Ducado Obeliano estava nas mãos da garota de cabelos esverdeados. Ela encarava o envelope fechado ainda em mãos, bem curiosa para ver o que continha dentro. Dificilmente tinha pedidos do Império do elemento Ar vindo para o seu, ainda mais quando era da família dos nobres da mais alta sociedade.
O pai dela havia lhe dado aquela carta, assim que esta chegou pelo sistema mágico de emergência, com um sorriso no rosto, dizendo: "Já está na hora de minha filha assumir um pouco dos meus serviços, não acha?"
E lá estava ela, com suas marcas abaixo dos belos olhos, brilhando em um tom esverdeado, demonstrando suas emoções para com aquele papel entre seus dedos.
Quando resolveu acabar logo com aquele mistério dramático, que ela mesma fazia, pegou o conteúdo e leu cuidadosamente.
"Cara realeza, Hualana...
Venho por meio desta carta encarecidamente lhes pedir a ajuda desesperada para meu filho legítimo, Ijekiel Alpheus.
Sei que pode ser um pouco tarde demais para implorar pela ajuda de vocês, mas eu sinto que meu filho não está bem.
Ele acordou junto da Princesa Obeliana, que agora anda com ajuda de sua ama. Mas meu filho nem mesmo se move. No máximo, movimenta seus olhos para me encarar, mas nada além disso...
Por favor. Eu imploro a ajuda de vocês. Faço o que for possível para que eu possa obter o suporte de Huale, pois eu sei que a família de minha irmã, que no caso é o Império Arlantino, não irão me ajudar, por motivos pessoais.
Pense com cuidado, por favor.
Agradeço seu tempo tomado.
Atenciosamente,
Roger Alpheus."
"Ele é um pouco interessante." A garota confessou para si mesma após ler a carta. "Acho que todo mundo vê isso, mas é impossível combatê-lo." Um sorrisinho sem motivos cresceu em seus lábios finos, pensando como a família do Império vizinho era realmente podre.
Ao escutar isso, sua amiga Flora entrou com um olhar curioso. Ela também tinha cabelos esverdeados, mas um pouco mais claros e ondulados nas pontas.
"Quem é~?" E indagou manhosa, jogando-se na cama ao lado da outra, para que pudesse ver o conteúdo que tinha na carta também, mas a arqueira não permitiu, empurrando-lhe o rosto para o lado. "Awnn~ isso é maldade!"
"Você é muito intrometida."
Um passarinho esverdeado então pousou sobre a cabeça dela, piando uma cantiga que ela sempre cantava quando estava entediada. Aquele ato da avezinha a fez sorrir gentil, estendendo seu dedo indicador para que o bichinho pudesse subir.
"Irei falar com papai para que eu possa receber a aprovação dele."
"Mas você vai me deixar aqui?!"
"Você terá a companhia do meu passarinho. Boa sorte em se divertir, Flora!"
Foi então quando ela agarrou seu arco e sua aljava, transformando-se em seu espírito animal para voar para fora de seus aposentos, indo em busca de seu pai.
Abandonada na cama, Flora olhou para a janela com as bochechas infladas, emburrada por ter sido mais uma vez deixada com aquele bichinho, que agora bicava seu couro cabeludo.
Alguns minutos depois...
"...Um pedido de ajuda." O homem mais afirmou do que indagou, surpreso em como sua filha entrou repentinamente em sua sala, falando aquilo como se fosse o melhor assunto do mundo à retratar. "E você quer ajudar."

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Find You
Romance"De olhos fechados, o que consegue ver, Athy? (...) Se for a escuridão, saiba que essa é a minha vida sem você. E a beleza que vê agora... (...) É como está começando a ser minha vida ao seu lado." "Está vendo as estrelas, Lucas? (...)Quando olhar o...