Game Over

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Hey Rabias,
Obrigada por todo carinho que vocês dão a história, por divulgarem, favoritarem e comentarem.
Boa leitura :)

POV NARRADOR
A noite escura e fria, o galpão abandonado e deserto era o cenário do desfecho final. As três mulheres, ligadas uma a outra por razões distintas teriam a linha da teia do destino rompidas para um lado ou para o outro. Flayslane, empunhando a pistola calibre 22 firmemente em sua mão, apontava para Bianca Andrade com um sorriso soberbo. Seu ego ferido, ainda tão dominante em seu ser como era em outrora, em sua turbulenta adolescência. Aquele jogo finalmente parecia estar ganho. A incontrolável Andrade estava amarrada em sua teia. Sem saída. Indefesa diante dela, vendo a mulher que ela dizia amar amarrada e ajoelhada no chão. Flay sorriu ainda mais largamente. Os anos em que se dedicou a esta vingança finalmente tinham valido a pena. Ela havia derrubado a rainha, finalmente. Encarou os olhos de Bianca, que a olhavam impassíveis e gélidos.

– Incrível como mesmo não tendo mais nada você ainda não perde essa pose superior Andrade.

– Está enganada Flay. Eu sempre tive muito e continuo tendo.

– Você tinha um pai lunático, que foi incapaz de amar você. Tinha uma mãe puta que fugiu e te abandonou. E uma irmã indefesa que não tinha escolha a não ser se apegar em você. Mas eu não. Eu sempre tive o mundo aos meus pés. Sempre fui adorada e te dei a chance de ser também. E o que você fez? Me humilhou!!
Bianca gargalhou em deboche e a mão de Flay tremeu segurando a pistola. A raiva subiu no peito dela, queimando feito brasa acesa. Rafaella atrás da mulher, balançou a cabeça para baixo e enquanto ria para propositalmente enraivecer a mulher, Bianca fitou com descrição sua namorada e acompanhou seu movimento de cabeça. Ela viu então a corda solta ao chão. Internamente Bia sorriu. Rafaella fora capaz de se soltar. Ela se apaixonou ainda mais por ela e sentiu coragem novamente. Sabia que se algo acontecesse a loira estava solta para correr para longe dali. Rafaella fez menção de abaixar para pegar a corda e Bia percebeu que precisava reter a atenção de Flay para dar a sua mulher o tempo que ela precisava.

Há alguns metros dali a Agente Vivian via tudo pela mira de seu rifle de alta precisão. Ela percebeu que Rafaella havia se soltado e que se Flay virasse para trás teria que ser rápida para acertá-la antes que ela atirasse em Rafaella . Flay estava em uma mira perfeita. A agente poderia matá-la com um tiro perfeito no peito a qualquer instante, mas devia a sua amiga aquele tempo. Bia precisava encerrar aquele capítulo de sua vida e ela a ajudaria.

– Você tinha tudo? Não me faça rir Flay. As pessoas apenas te suportavam porque você era popular. Nada mais. Você sempre humilhou as pessoas e só não fez isso comigo porque ficou obcecada.

– EU AMAVA VOCÊ! A mulher gritou com raiva.

– Não, você não amava. Nunca amou. Você sentiu uma atração por mim, que se tornou obsessão quando eu disse não. Você queria provar que era superior, irresistível. Mas você nunca foi irresistível para mim. E depois de tantos anos, você continua a mesma adolescente mimada com dificuldade para crescer. E onde estão todos que te amavam agora hein? Eu continuo sendo a menina indefesa que não tinha escolha em amar. Eu continuo tendo Ana. Continuo tendo minha melhor amiga. Você alguma vez já teve um melhor amigo Flay? Porque pelo que me lembro todos os seus amigos te abandonaram depois do baile.

– MALDITA! CALA ESSA BOCA!
Flay destravou a arma apontando para Bianca. A morena se aproximou, desafiando a mulher para tirar a atenção dela de Rafaella . Bianca sabia que estava pisando em um campo minado. Ela estava provocando-a ao extremo e colocando sua vida em risco. No entanto, a morena não se importava mais. Tudo que ela queria era dizer as verdades que estavam presas em sua garganta e salvar sua namorada. Se Rafaella saísse bem dali, não importava o que fosse acontecer com ela.

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