Thirty two

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Esperança é uma palavra dolorosa

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Esperança é uma palavra dolorosa. Talvez fosse um mau hábito adjetivar palavras e emoções com base apenas nas suas próprias vivências, entretanto, era inevitável se pegar fazendo novamente isso.

A esperança estava ali, observando-a esperar e colocar toda sua expectativa em algo, baseado em uma utopia. Em sua opinião, a esperança era o pior dos males, ela só prolonga o sofrimento inevitável.

"As vezes você ganha novas chances de reescrever a história. Não perca algo que pode mudar sua vida somente por que está com medo." Foram as palavras de Izumi para você. Durante o treino, ela lhe disse sobre a mudança inesperada ao Japão, e afirmou repetidamente que queria vê-la feliz.

Após o fim da prática, você se despediu apressadamente do time, e agradeceu a Izumi por oferecer uma carona até o apartamento de Osamu. Apesar de adorar a possibilidade de não precisar andar até lá, você precisava ficar sozinha.

As possibilidades emergiam-se e misturavam-se com rapidez, você se sentiu tonta por alguns segundos. A brisa gelada a levou de volta ao eixo, e seus pés funcionaram antes do resto do corpo.

Um passo de cada vez, um segundo após o outro. Tinha sido assim durante toda sua existência, porém, todas as vezes em que Atsumu estava envolvido, seus pés se atrapalhavam e o fluxo do tempo parecia errôneo. Ele tinha esse efeito sob você, trazendo o caos a cada palavra dita.

Você ainda sentia os resquícios de sua presença, aos poucos eles costumavam se dissipar. No momentos você não queria ver Osamu, visto que, olhar para ele era como olhar para uma cópia de Atsumu com algumas poucas mudanças.

Pensando em locais para onde poderia ir, você se lembrou vagamente de um parque que havia visitado no ensino médio, com um passeio escolar. Shinjuku Gyoen era a opção perfeita, além de ser próximo o suficiente da estação de trem.

Foi um pouco complicado encontrar o caminho correto até lá, mas o esforço valeu a pena, já que a paisagem era indubitavelmente incrível.

Você se sentou na grama, observando as crianças correndo e rindo. Era um bom local para desestressar e esquecer quaisquer problemas. Além das memórias que a invadiam, a cada local que você olhava, quase podia enxergar um flashback ocorrendo.

Atsumu havia pedido para ser seu namorado naquele parque, durante a excursão escolar. Vocês tinham quinze anos. A lembrança era vívida, quase palpável.

Quando você fechava os olhos, quase conseguia se recordar do odor floral e delicado das cerejeiras, e vizualizava Atsumu na sua frente.

Talvez você não estivesse totalmente sozinha naquele instante, mesmo sem querer, as memórias estavam com você.

Talvez você não estivesse totalmente sozinha naquele instante, mesmo sem querer, as memórias estavam com você

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Quando você chegou no apartamento do Miya, era tarde o suficiente para ele já ter fechado o restaurante.

- Onde você foi? - ele questionou acenando da cozinha.

- Desculpe, perdi o horário. Eu estava no Shinjuku Gyoen, fui passear um pouco. - você sorriu suavemente.

- Entendo, que bom que aproveitou seu dia. Vá tomar banho, fiz o jantar. - você agradeceu ao moreno, e se encaminhou para o quarto do mesmo.

Depois de tomar um banho curto, e se vestir com uma roupa confortável, você retornou a cozinha, e se sentou.

- Quase me esqueci, Atsumu deixou isso para você. - Osamu colocou uma pequena caixa preta em sua frente.

Você o encarou em busca de explicação, mas ele apenas se virou para montar os pratos. Assim que seus dedos puxaram a tampa, o choque cruzou seu rosto, com certeza você não esperava por aquilo.

Dentro da pequena embalagem havia um pequeno anel que havia enfeitado seu dedo anelar por muito tempo, além de um bilhete. Você estava dividida entre atirar a caixa pela janela, ou agir normalmente e ler o papel.

A primeira opção parecia muito plausível.

- Uh, é sua aliança antiga? - Osamu espiou por trás de seu ombro - Que legal, deveria guardar.

- Por que eu guardaria a aliança do meu ex namorado?

- Pelo valor? Não só sentimental, mas físico. Essa porcaria custou bem mais do que o normal, já que o Atsumu quis gravar umas iniciais nela. - sua testa se franziu, em todo tempo de uso você nunca havia notado nada gravado. Seus dedos giraram o anel até você encontrar pequenas letras na parte de dentro dele. "S.S.", duas iniciais que não remetiam significado algum a você.

- O que quer dizer? - você encarou Osamu.

- Como eu poderia saber? - ele riu - Por que não pergunta a ele? - você estava quase se levantando quando Osamu a fez sentar novamente - Depoisdo jantar, você não comeu nada o dia todo.

O moreno lembrava-a de um irmão mais velho, você não tinha um, mas imaginava que deveria se parecer com isso. Um apoio para as horas necessárias, e um amor pragmático e incomparável.

Seus dedos correram sobre o papel. 'Estou deixando você ir, agora de verdade. Seja feliz, [Nome]. Sempre amarei você.'

Osamu colocou o prato em sua frente, e depois de colocar tudo de volta na caixa, você deu uma garfada, e como sempre, estava saboroso e familiar. Você queria comer rápido, mas era impossível não querer apreciar cada pedaço.

- Espero que vocês se resolvam. - ele bagunçou seu cabelo afetuosamente.

- O que? Se resolver? Só quero saber o que as iniciais significam, não pense que vou me atirar nos braços do Atsumu! - você resmungou.

- Vá logo, [Nome]. - Osamu riu.

Apesar de sua afirmação, a curiosidade se infiltrava por seus poros. E movida a ansiedade, você correu para alcançar seus tênis e uma blusa.

- Até mais tarde, Samu! - seus pés pareciam voar e logo você apertava os botões do elevador com força.

Assim que você saiu do prédio, sentiu sua coragem estremecer. O que você diria?

Bem, talvez você pudesse pensar nisso depois.

 [NA] eu demorei pra escrever esse capítulo pq ele é o início do fim e eu queria ter certeza de que as coisas estavam tomando o rumo certo, e bem, acredito que sim

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[NA] eu demorei pra escrever esse capítulo pq ele é o início do fim e eu queria ter certeza de que as coisas estavam tomando o rumo certo, e bem, acredito que sim.

minha semana tem sido bem louca na escola, mas eu sempre tiro um tempinho para entrar aqui, e quando faço isso as notificações de novas leituras e votos são absurdas. isso me deixa muito feliz, e já tornou um hábito agradecer a todes, mas é inevitável, eu não seria nada sem vcs. ❤️

além disso, estou escrevendo uma fanfic do Semi, e quando não tem atualização aqui, tem lá, dêem uma olhadinha enquanto esperam pela próxima att. 🥳

até a próxima!

CALL HER ⋆ atsumu miya Onde histórias criam vida. Descubra agora