Twenty five

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Na maior parte das vezes, um amor do tipo que te leva as estrelas tem que ser tecido com muita paciência e, principalmente, estar repleto de coincidências felizes

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Na maior parte das vezes, um amor do tipo que te leva as estrelas tem que ser tecido com muita paciência e, principalmente, estar repleto de coincidências felizes. Um encontro amoroso não é apenas fruto do destino ou do acaso, trata-se de uma contrução longa, feita com muita tolerância e compreensão.

Muitas coincidências haviam ocorrido durante toda sua história com Atsumu, talvez o acaso tornava tudo ainda mais mágico. Se você pudesse nomear o amor que os unia, utilizaria Eros. O tipo de amor mais perigoso, mas também o que perseguesse com todo o coração.

Atsumu a consumiu completamente e desafiou qualquer tipo de lógica presente em você.

Entretanto, assim que você o viu seu coração acelerou. Você sentiu como se tivesse se apaixonando por ele novamente. Aconteceu como na primeira vez, em um batimento cardíaco, um único momento intermitente e brilhante.

— Quer uma bebida, [Nome]? - Suna questionou. Você e moreno haviam acabado de chegar, e ele não parava de flertar com as garçonetes, enquanto seus olhos estavam presos em Atsumu.

— Suna, se quer tanto assim o número daquela garçonete, peça a ela, em vez de me usar como desculpa para pedir uma bebida. - você fez uma pequena careta e ele apenas riu.

— Deveria beber um pouco para criar coragem de conversar com seu príncipe. - Suna piscou e retornou ao bar, procurando por bebidas e talvez um parceiro para o fim da noite.

Você pegou seu celular, olhando algumas mensagem antes de responder a Izumi. Ela questionava se você já havia conversado com Atsumu.

A ideia de confrontar Atsumu e expor seus sentimentos pareceu ótima, até você estar no mesmo ambiente que ele.

— Assim parece que você está se escondendo. - Suna deslizou um copo de champanhe em sua mão.

— Oh, mas essa era a idéia inicial! - você sorriu, bebendo o líquido de uma vez.

— Não beba tão rápido assim.

— Quando o champanhe foi inventado, seu criador disse que estava bebendo as estrelas. Talvez isso me dê coragem o suficiente, quem sabe. - você girou a taça em seus dedos.

— Se você não ver estrelas com o champanhe, talvez Atsumu faça isso no fim da noite. - Suna disse maliciosamente, fazendo seu rosto corar.

— Cala a boca, idiota! - você empurrou seu ombro.

— Meus companheiros de equipe chegaram, se não quiser continuar atrás dessa pilastra deveria vir conhecê-los. - você decidiu acompanha-lo, mas não sem revirar os olhos antes.

Você conheceu Komori, que coincidentemente era primo de Sakusa, e Washio que jogava no Shiratorizawa durante o ensino médio.

Enquanto os três mantinham uma conversa animada, você deixou seus olhos vagarem pelo ambiente, buscando algo interessante pela decoração. Os buquês de flores espalhados pelas mesas chamaram sua atenção em segundos.

Astromélias eram flores exóticas, mas você as reconhecia facilmente, elas eram bonitas e Izumi sempre deixava algumas nos vasos próximos a janela, além de algumas perpétuas que completavam os buquês com seu tom forte de rosa. Izumi sabia muito sobre flores e seus significados, durante seu tempo na Itália, você aprendeu muito sobre.

— [Nome]? - você foi retirada de seus devaneios.

— Atsumu? - seus olhos se arregalaram, dessa vez você não tinha opção de se esconder atrás de algo.

— Você não estava na Itália? - o loiro parecia confuso.

— Sim, mas eu voltei. Por causa da sua carta. - você sorriu, mas Atsumu não correspondeu, seu rosto demonstrava um certo pânico.

— Carta?

— Por que não conversam lá fora? - Suna se intrometeu, empurrando-os suavemente.

Era possível ver toda Tóquio da sacada, um vento fraco batia em sua pele descoberta pelo vestido.

— O que você quer dizer com carta, [Nome]? - Atsumu finalmente se pronunciou.

— Você escreveu, Izumi me disse que havia sido você.

— Eu não me encontrei com Izumi, não sei do que você está falando. - você quase conseguia sentir a pena presente na voz do loiro, e isso a enfureceu.

— Os bilhetes com todas as vezes que queria ter dito que me amava, como pode não ter sido você? - sua voz diminuiu gradualmente.

— Bilhetes? - compreensão passou por seu rosto - Droga, não acredito. Você não devia ter lido aquilo.

Seus lábios se abriram em descrença, você havia voado 9 mil km para ouvir que não devia ter lido aquilo.

— O que? Atsumu, você está brincando, não é? - você respirou fundo - Você acha que sou idiota?

— Olha, eu nunca ia te entregar aquilo, não era minha intenção deixar você ler. - ele passou a mão por seu penteado bem feito, desalinhando alguns fios - Talvez tenha sido o Hinata, ou o Bokuto. Não sei, mas não era pra ser assim.

Você não queria ouvir mais nenhuma palavra vinda dele, tudo no momento a incomodava. Os sapatos desconfortáveis, a maquiagem que Osamu insistira que havia ficado ótima e até mesmo as flores que eram usadas na decoração.

— Sinto muito se isso não passou de um engano para você, Miya-san. - seus pés funcionaram antes de ouvir uma resposta, e logo você estava atrás de Suna.

— O que houve? - ele questionou assim que viu sua expressão.

— Eu vou embora. - você fungou, se esforçando para as lágrimas de frustração e raiva não descerem por seu rosto.

— Ok, vamos.

— Não, Suna. Não precisa ir comigo, eu pego um Uber. - ele ia protestar, mas você continuou - Não se preocupe, estou bem. Vou para o restaurante do Samu, divirta-se.

Você acenou antes de caminhar até a saída, antes que pudesse notar as lágrimas oprimidas finalmente se libertaram. Você não chorava de tristeza, mas sim por decepção.

Um engano. Tudo não passava de um engano. Talvez você nunca devesse ter aberto aquela caixa, talvez nunca devesse ter cogitado voar para o Japão.

Muitos relacionamentos começam como Eros, assim como você e Atsumu, e mais tarde evoluem para Pragma, quando essa forma mais simples de amor não é suficientes para sustentá-lo, ele se torna algo pequeno, mantido apenas pela ideia de bem maior.

Muitos relacionamentos começam como Eros, assim como você e Atsumu, e mais tarde evoluem para Pragma, quando essa forma mais simples de amor não é suficientes para sustentá-lo, ele se torna algo pequeno, mantido apenas pela ideia de bem maior

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¹ Astromélias significam relações duradouras, e saudade.
² Perpétuas significam algo que dura para sempre, ou por muito tempo.

[NA] admito que enrolei muito para escrever esse capítulo, mas finalmente consegui coincluí-lo.
além disso, obrigada pelos 3k de leituras, eu fico imensamente feliz pelas proporções que a fanfic tem tomado.

CALL HER ⋆ atsumu miya Onde histórias criam vida. Descubra agora