Fourteen

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Onze anos

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Onze anos. Era a idade que Atsumu tinha quando te viu pela primeira vez.

Era o primeiro dia do fundamental numa escola nova, e Atsumu só conhecia Aran e Osamu, e você foi a primeira garota para quem ele olhou.

Osamu fez piadas durante anos sobre o quão idiota Atsumu parecia enquanto te encarava.

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Doze anos. Alguns garotos zombaram de você durante a educação física, já que você era péssima em futebol.

Naquele dia, Atsumu voltou para casa com uma advertência, e os nós dos dedos ensanguentados após bater nos meninos.

Ele não se arrependeu, mesmo após ter que ouvir uma série de broncas de seus pais, por você valia a pena.

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Treze anos. Foi quando vocês realmente se tornaram algo parecido com amigos.

O professor disse que todos deveriam formar duplas para o trabalho, Osamu disse que faria com Suna, e sua melhor amiga, Hana, havia faltado.

Atsumu se questionou continuamente se deveria te convidar para ser sua dupla, mas antes que pudesse fazer isso, o professor apontou para ambos, dizendo que deviam fazer uma dupla já que estavam sozinhos.

Foi a oportunidade perfeita.

———

Quatorze anos. O primeiro encontro de verdade.

Vocês já haviam saído juntos antes, mas apenas como amigos, e Osamu e Suna sempre estavam juntos com vocês.

Atsumu te levou para seu café favorito, ele te contou piadas e fez você escutar suas músicas favoritas.

Chá gelado não era a bebida favorita de Atsumu, mas depois de ver você bebendo-o, ele pensou que poderia vir a gostar.

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Quinze anos. Ele te beijou no dia do seu aniversário.

O corpo humano troca algumas de suas células a cada duas semanas. Em duas semanas, a maior parte das células que compõe seus lábios teriam sido substituídas, e não se lembrariam mais do beijo.

Mas seu cérebro se lembrou por bem mais que duas semanas.

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Dezesseis anos. Ele partiu seu coração.

Existem bilhões de músicas sobre coração partido, mas nenhuma delas explica como parar a agonia de perder quem você ama.

Atsumu estava com raiva de si mesmo, ele queria quebrar alguma coisa, ele queria que a dor física se sobrepusesse a mental.

Ele nunca se odiou tanto quanto naquele dia.

– Tsumu, você pode parar de socar seu travesseiro? Acho que ele vai acabar rasgando. - Osamu reclamou, entrando no quarto.

– Cala boca, Osamu. - Atsumu atirou seu travesseiro na parede do quarto.

– Que droga você fez hoje, hein? Para de tentar destruir a casa. - Atsumu agarrou Osamu pelo colarinho da camiseta, ele queria socar seu irmão, mesmo que ele não tivesse culpa.

Antes que Osamu pudesse afastá-lo, Atsumu afrouxou o aperto em sua camiseta, e começou a chorar.

Osamu esperava um soco, e talvez alguns chutes, mas realmente não esperava por essa reação.

Osamu abraçou o loiro, sem saber exatamente o que fazer, enquanto Atsumu se agarrou a ele como se sua vida dependesse disso.

– Eu fui um idiota - Osamu mal entendia o que ele falava, já que seu rosto estava enfiado na camiseta do acinzentado - ela terminou comigo.

– O que aconteceu? - Osamu o arrastou até sua cama.

Atsumu se sentou, secando as lágrimas com sua camiseta. Ele contou todos acontecimentos a Osamu, parando de vez em quando para soluçar.

Osamu não o chamou de otário, como ele imaginou.

– De um tempo a ela, você foi um grande idiota - antes que Atsumu começasse a chorar novamente, Osamu completou - mas, você pode tentar reverter a situação.

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18 anos. Atsumu achou que poderia resolver tudo, ele se agarrou a essa pequena esperança que o motivava diariamente.

– Eu queria que ela soubesse que ela foi a coisa mais próxima de amor verdadeiro que já conheci - Atsumu disse, e Osamu apenas murmurou algo para confirmar que estava ouvindo - queria não ter ferrado tudo.

Osamu segurava um pequeno espelho, tentando encontrar possíveis sinais de inchaço causado pelo soco de Atsumu.

– Almas gêmeas estão destinadas a se encontrarem, mas não necessariamente a permanecer juntas. - Osamu disse, e Atsumu percebeu o quanto odiava aquela frase. Ele havia encontrado o amor, havia encontrado tudo que precisava, mas tudo que ele fez foi uma sucessão de erros.

– Odeio o conceito de almas gêmeas, por que acho que perdi a minha. - Atsumu encarou o teto do dormitório.

– Você tem a Mako a sua disposição. - Osamu não precisou olhar para seu irmão para confirmar que ele revirou os olhos.

– Nunca vai ser a mesma coisa, por mais que eu tente, sempre que ela olha para mim, eu não consigo deixar de ver a [Nome] - Atsumu passou a mão por seu cabelo - não acho que posso consertar as coisas, por mais que eu queira.

Quando algo se quebra, se as peças forem grandes o suficiente, você pode conserta-las. Mas infelizmente, algumas coisas não se quebram, elas se estilhaçam.

[NA] espero que não tenha ficado confuso, mas só pra esclarecer; as partes em itálico são memórias, e o restante é no presente

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[NA] espero que não tenha ficado confuso, mas só pra esclarecer; as partes em itálico são memórias, e o restante é no presente.
espero que estejam gostando ;)

CALL HER ⋆ atsumu miya Onde histórias criam vida. Descubra agora