9

223 27 37
                                    

«Ethan»

Dó, sinto apenas dó de Alex. Vê-la nesse estado é de despedaçar o coração. Queria abraça-la e dizer que tudo vai ficar bem, que aquele imprestável não irá machuca-la de novo, que ao meu lado estaria segura e se sentiria amada. Mas esse não sou eu, Ethan Günther não age assim.

-- Não se preocupe, ele não está mais aqui. - Afirmo, tentando conforta-la.

Alex me olha de forma confusa e só então, percebo a burrada que fiz, ou melhor, falei.

Mais um deslize Ethan! O que Alex está fazendo com você?

-- Como você... - A corto.

-- Tem muitas coisas que eu sei, Alexandra Martin Eigenberg. - Digo seu nome com a intenção de faze-la entender o quão filha da puta eu posso ser.

-- Espera, porque sabe coisas sobre mim? O quanto você sabe? - Martin se afasta. -- Que merda! É só por eu ter descoberto seu verdadeiro nome? Para de ser psicopata!

Psicopata não, Alexandra.

-- Como descobriu?

-- Você é inteligente o bastante para saber, Ethan Günther. - Cada vez que fala meu nome, sinto meu sangue ferver.

-- Entra no carro. - Ordeno.

-- O que? Não! - Alex gagueja tentando continuar. -- Não vou entrar no seu carro.

-- Agora Alex. - Abro a porta e faço um sinal com a mão, abrindo passagem.

-- Ethan, não! Se continuar...

-- Vai fazer o que? Chamar a polícia? Você é uma detetive Alexandra, acorda! - Ironizo. -- Agora entre no carro, não dificulte as coisas.

Como um passe de mágica, ela entra, o que me surpreende. É como uma palavra gatilho, apenas escutar e se render.

Fecho a porta e dou a volta, ligo o carro e sigo em direção a minha casa. Afinal, não a nada que Alex não possa ver, não nessa altura do campeonato.

As coisas saíram como não planejei, fui descuidado, ou talvez super confiante. E agora ela sabe uma boa parte, mas terá certeza de tudo logo logo.

 E agora ela sabe uma boa parte, mas terá certeza de tudo logo logo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Chegamos e Alex não falou nada o caminho inteiro. Compreendo que ela deve estar bastante assustada, e com razão.

-- Aqui é a sua casa? - Ela pergunta olhando pelo vidro do carro, parece admirar as inúmeras janelas que ocupam sua visão.

Concordo com a cabeça.

-- Vamos?

-- O que?

-- Eu não te trouxe até aqui para te deixar do lado de fora. - Faço ela franzir uma sobrancelha.

Saio do carro e ela faz o mesmo.

Esperei muito por esse momento, Alex finalmente irá conhecer sua casa nova.

Jardim de CicatrizesOnde histórias criam vida. Descubra agora