Alex, uma garota doce e inocente, perdeu o amor de sua vida em um incêndio, mais tarde revelado ser criminoso. Após achar que sua vida não teria mais sentido sem ele, decide se autodestruir. Quando está a um passo do fim, uma pista cai em suas mãos...
A arma que Ethan aponta para mim poderia bem que servir para acabar com tudo agora mesmo. Talvez o tiro não doa mais que as palavras dele. Talvez eu queira...
-- Mas... - Tento raciocinar rapidamente todos os flashbacks que passam pela minha mente.
"Retiramos cerca de trinta corpos, e um deles era de Rick Webster"
-- O que?
Meu Deus. Ele não...
-- Puta merda, Ethan.
-- O que foi?
-- No caso... - Me levanto e começo a andar de um lado pro outro. -- Disseram que retiraram uns trinta corpos, e um deles era do Rick.
-- Impossível, só tinha a gente lá.
-- Exatamente. - Paro e encaro Ethan.
-- Você não tá dizendo que...
-- O Rick...
-- Puta que pariu. - Ethan leva as mãos para cabeça e as passa pelo cabelo furiosamente. -- Não pode ser, eu acabei com aquele filho da puta.
-- Não. Ainda não.
Uma ponta de desespero bate em mim. Não querer o Rick morto não quer dizer que eu desejava que ele estivesse vivo, se é que me entende. Se ele está a solta por aí, ele pode muito bem me achar e... Droga, não. Por favor, não.
-- Eu não acredito que ele ainda está vivo. - Günther se encosta na parede e começa a chorar.
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-- E... Tem mais uma coisa. - Abaixo a cabeça, fitando meus pés.
-- O que?
-- Você disse que aquele garoto falava do seu irmão, e que o Rick o matou. O Jay Harper.
-- Sim, meu irmão.
-- Ethan. - Ele deita a cabeça para um lado, perguntando internamente qual o motivo do meu levantamento. -- Ethan, você não teve um irmão.
-- Do que você está falando?
-- Nunca existiu um ser humano na Terra chamado Jay Harper. Nunca.
-- Você está louca? Meu irmão se chamava Jay Harper.
-- Ethan.
-- Talvez seja algum erro do seu sistema, de onde foi que você inventou isso?
-- Ethan.
-- Desculpa, mas você está erra...
-- Ethan. - Grito. Dou passos pequenos em sua direção e paro bem perto. Olho no fundo dos seus olhos. -- Você nunca teve um irmão, Günther.
Lágrimas começam a rolar mais facilmente pelo seu rosto.
-- O que? Como assim? Claro que tive.
-- Ethan.
-- Não. Ele existe...
-- Não, Ethan.
Günther começa a chorar como uma criança que acaba de perder seu brinquedo favorito.
-- Ele existe, ele é meu irmão...
Toco em seu rosto, secando as lágrimas que parecem duplicar.
-- Vem cá. - Abaixo sua cabeça e o abraço. Ethan está desabando em meus braços.
-- Não. Por favor, fala que ele existe.
-- Sinto muito. - Beijo sua cabeça e acaricio sua nuca.