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BOA LEITURA 💘🦋

Maratona:10/??

Noah Urrea

A primeira semana naquele lugar não foi fácil. Tudo era muito tedioso e nada era capaz de preencher a minha mente a ponto de me fazer parar de me preocupar em como Any estava. Isso resultou em noites mau dormidas e dores de cabeça constantes, que já não eram mais tratadas com o uso de remédios. Eu apenas decidi aceitar as minhas dores e carregar aquele fardo enquanto tentava parecer o mais normal possível dentro daquele colégio.

Tive que passar a primeira semana sem me comunicar com Philip, por mais que eu quisesse muito fazer isso. Derick, meu amigo e agente responsável pela operação, pediu que eu aguardasse aqueles dias e que não fizesse ligações diárias para não levantar suspeitas. Concordei com aquelas condições sem reclamar de nada, pois sabia o quanto era importante manter as aparências.

Já no primeiro dia, eu tomei uma decisão para não apagar Any dos meus pensamentos. Eu a amava, isso era um fato. Esse amor sem dúvidas era permanente e eu queria lembrar a mim mesmo todos os dias o porquê de amá-la tanto. Decidi que, diariamente, em um caderno separado apenas para aquilo, eu escreveria um motivo que me fazia amá-la. Isso fez com que eu a sentisse mais presente, mesmo estando tão longe.

Já no primeiro dia, eu tomei uma decisão para não apagar Any dos meus pensamentos. Eu a amava, isso era um fato. Esse amor sem dúvidas era permanente e eu queria lembrar a mim mesmo todos os dias o porquê de amá-la tanto. Decidi que, diariamente, em um caderno separado apenas para aquilo, eu escreveria um motivo que me fazia amá-la. Isso fez com que eu a sentisse mais presente, mesmo estando tão longe.

Mantive esse caderno muito bem escondido, longe dos olhos de qualquer um dos padres, demais sacerdotes e alunos daquela instituição. No meu quarto do dormitório dos professores, eu deixei o caderno debaixo do meu colchão e apenas o pegava uma vez ao dia, para acrescentar mais um motivo.

Tentava me aproximar aos poucos, primeiro dos padres mais velhos, os quais eu já conhecia e haviam sido meus professores na época em que estudei aqui. Eu não queria acreditar que qualquer uma daquelas pessoas fosse capaz de cometer tantas atrocidades, mas dizem que nós nunca conhecemos alguém totalmente, correto? Eu poderia estar lidando com gente perigosa sem nem mesmo me dar conta do tamanho da maldade deles.

Me enturmei bem com os alunos e não demorou até eu ser um dos professores preferidos deles. Eu ensinava filosofia básica, tudo o que eles precisavam saber antes de fazer o curso extensivamente na faculdade. Por mais que o meu propósito aqui fosse outro, dar uma de professor me fez ver que eu poderia muito bem viver disso quando essa operação acabasse e eu pudesse retomar à minha vida normal.

Após o fim do sétimo dia, quando finalmente me foi permitido ligar para o Philip, eu saí da minha última aula direto para o meu dormitório, onde fiz a ligação que tanto queria fazer.

— Sim? — a voz de Philip era cansada, como se ele tivesse acabado de acordar.

— Estava dormindo?

— Não, estou de ressaca.

— Ressaca? As coisas mudaram tão rápido assim depois que saí? — eu ri.

— É a Anahi, cara. O ritmo dessa mulher é difícil de acompanhar, mas apesar do estômago embrulhando, foi bem divertido beber com eles.

— "Eles"? Isso inclui a Any? — fiquei curioso.

— Cara, a Any! — ele pareceu lembrar de algo. — Jesus, Noah, nós destruímos o apartamento dela. — riu.

— Como assim? O que aconteceu? — franzi a testa.

Caindo em tentação 𖡻 noany {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora