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BOA LEITURA 💘🦋

Maratona:26/??

Any Gabrielly

Passamos as próximas duas semanas planejando a nossa viagem até Paris. Iríamos ficar num hotel cinco estrelas e Noah montou uma agenda com todas as coisas que faríamos nos nossos cinco dias na cidade do amor. Questionei o fato de irmos jantar num restaurante de luxo logo no primeiro dia, mas ele insistiu e disse que eu não me arrependeria.

Assim que pisamos na França, decidimos descansar da viagem depois de irmos até o museu do louvre, um lugar que eu sempre quis conhecer. Era uma pena que a realidade fosse bem mais lotada do que a minha expectativa pensava que fosse. As pessoas se espremiam umas nas outras para tirar fotos das obras de arte, então foi um pouco difícil poder aproveitar bem. Mas apesar disso, a experiência foi única.

À tarde, nós paramos em uma cafeteria e devo confessar que nunca provei um pãozinho de nata tão delicioso como aquele. Era como provar um pedaço do céu.

— Todo mundo aqui é tão cheiroso! — eu disse.

— Você sabe por que os perfumes franceses são os melhores?

— Algo sobre eles não tomarem banho? — ri.

— Acho que hoje em dia eles tomam sim. — brincou, fingindo pensar. — Na idade média, eles acreditavam que a sujeira protegia a pele de doenças, então eles não tomavam banhos e usavam perfumes muito fortes para abafar o fedor.

— Eles devem ter descoberto da pior maneira que na verdade a sujeira ajuda muito na proliferação de doenças. — deduzi.

— Peste negra que o diga. — deu de ombros.

— Não acredito que estamos num lugar romântico como esse falando sobre não tomar banho e contrair peste negra. — falei divertida.

— É isso o que nos torna especiais. Podemos falar sobre qualquer coisa em qualquer lugar do mundo e sempre será uma conversa boa e agradável.

— Ainda bem que esses franceses não entendem o que a gente fala.

— Se entendessem, talvez arremessariam um croissant na cabeça de um de nós dois.

— Com sorte, seria na sua. — ironizei.

— É, não acertariam em você porque é pequena demais pra ser vista de longe. — falou em tom de sarcasmo.

— Muito engraçado, padrezinho. — Noah me lançou um olhar desafiador.

— Não comece uma guerra que não pode vencer.

— Diz isso só para fugir porque sabe que vai perder. — falei convencida.

— Por que é que a gente se ama mesmo? — franziu a testa e eu joguei um dos meus pãezinhos em seu rosto, o deixando com a boca levemente aberta.

— Pegou pesado. — apontei o dedo indicador para ele.

— Você jogou pão na minha cara!

— Prefere o café? — estreitei os olhos.

— Eu já disse para tomar cuidado com a sua raiva, anã de jardim. — segurei a orelha da minha xícara e fingi que iria atirar café nele. Noah deu um pequeno pulinho para trás e eu comecei a rir muito. — Você é doida. — riu com a mão sobre o peito.

— Eu sei.

— Eu te amo. — colocou a mão sobre a minha.

— Eu te amo. — me esquivei depositando um beijo rápido em seus lábios.

Caindo em tentação 𖡻 noany {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora