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BOA LEITURA 💘🦋

Maratona:18/??

Noah Urrea

Almocei com meus irmãos e meu pai, além de decidir passar o resto da tarde no hospital com eles. Como Daniel havia avisado, recebi uma ligação furiosa de Derick. Ele mal deixou eu falar e citou vários porquês que explicavam o fato de ser perigoso eu estar longe do internato. Acabei desligando antes que ele continuasse a soltar o verbo e ignorei suas próximas ligações.

Eu estava no quarto da minha mãe, segurando em sua mão e a olhando atentamente, pensando que ela parecia estar num sono profundo, do qual poderia acordar a qualquer momento se quisesse. Mas eu sabia que não era assim. Ri de leve ao constatar que ela me mataria se soubesse onde me meti.

— Maninho? — Sina entrou no quarto.

— Sim? — olhei para ela.

— A Any me ligou. — ela me olhou de relance, quase como se estivesse desconfiando de algo. — Perguntou se você vai voltar para o jantar.

— Sim. — olhei meu relógio de pulso. — Daqui a duas horas.

— Ok... — apesar de sua resposta final, ela continuou me encarando sugestivamente.

— O que foi?

— Eu achei que ela te odiasse.

— A gente não precisa se odiar.

— Eu sei, mas jantar com ela? Isso não é o tipo de coisa que se faz quando se está tentando esquecer alguém.

— Onde quer chegar?

— Vocês estão juntos?

— May, por Deus, eu sou um padre! — fiz minha melhor pose de indignação.

— Sim. E eu sei que você jamais provaria os sabores da carne se ainda estivesse compromissado com a igreja. — continuou com seu olhar desconfiado.

— E assim você pode constatar que eu jamais teria nada com a Dulce enquanto padre. — aquilo não era mentira. Só deslizei uma vez ou outra, dando beijos dos quais eu mal aceitava direito só para não me sentir culpado.

— Eu sei. — assentiu. — Eu sei. Vou avisar que você vai jantar com ela. — balançou seu celular e depois saiu do quarto.

Duas horas depois, eu retornei ao prédio da Any e o porteiro me avisou que ela havia liberado a minha subida definitivamente e eu nunca mais precisaria ser anunciado para entrar. Poderia ser bobagem, mas era um passo a mais na nossa confiança.

Toquei a campainha e estranhamente a porta não foi atendida e ninguém nem mesmo respondeu. Toquei mais duas vezes e nada. Foi aí que senti um peso no peito. Mil coisas passaram pela minha cabeça e fiquei ainda mais preocupado quando girei a maçaneta e notei que a porta estava aberta. Um agente do FBI jamais deixaria a porta aberta enquanto protege a vida de alguém.

Eu entrei já com o coração disparado e um choque de estranheza e alívio me bateu quando eu observei as luzes diminuídas, o lugar cheio de velas aromatizadas, a mesa de jantar toda arrumada de uma forma muito romântica e a coisa que mais atraía a minha atenção. Any. Em pé no meio da sala, sorrindo para mim alegremente.

— Você está bem. — suspirei e comecei a caminhar até ela, que franziu a testa, mas não parou de sorrir.

— É claro que eu estou bem. — entornou meus ombros com seus braços. — Você está aqui.

A puxei pela cintura e a beijei, subindo minhas mãos por suas costas e parando em sua nuca. Enfiei uma de minhas mãos em seu cabelo enquanto usei a outra para segurar o seu rosto, de modo a deixar aquele beijo mais intenso. Comecei a empurra-la em direção ao sofá sem parar de beija-la. Any acabou esbarrando em algumas coisas pelo caminho, o que nos fez rir.

Caindo em tentação 𖡻 noany {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora