Cap. 14

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Quando cheguei ao hospital o médico me deu uma noticia péssima , talvez a pior que eu havia recebido em anos. Meu filho e a Lua faleceram na madrugada de ontem , ele explicou o motivo , mas nem liguei muito , estava assustado e nem acreditava direito , se não fosse por mim , ela não estaria no estado em que estava e não teria acontecido o pior. Eu não queria isso , nunca quis o mal dela , o eu não sou um mostro a esse ponto.

Helena
- Minha filha , não.. - Choro , desesperada.

Sarah
- Isso é horrível. - Abraço ela.

Arthur
- Isso tudo é culpa minha! - Olho o corpo. Estava coberto com um plástico branco , não dava pra ver muito , estava lacrado , o médico disse que estava horrível de se ver , mas e então não deixaram ninguém ver o estado em que de encontrava o corpo.

Horas depois , fomos ao interro , não quis prolongar mais essa tristeza com velórios r tudo mais. Eram duas perdas , que seriam difíceis de superar. E eu me culpo tanto por isso , acho que nunca vou me perdoar por ter sido o vilão da vida dela , que colocou em risco a vida de duas pessoas. Eu a amava apesar de tudo , de ser um homem extremamente agressivo , que mal sabia se controlar , tinha amor , mas deixei que traumas do passado fizessem parte da minha vida com ela.

Sarah
- Vamos Arthur? - Olho ele , pegando em seu ombro.

Arthur
- Ainda não.. Quero me despedir deles. - Olho pro túmulo sendo fechado.

Sarah
- Vamos te esperar então. - Olho também.

Arthur
- Não precisa! - Suspiro.

Sarah
- Tudo bem.. - Dou um beijo em sua cabeça e vou indo com a mãe da Lua e o pai.

Lua
Claro que eu não ia perder essa cena , ou acharam? Fui mesmo , fiquei de longe com a Karla , de onde estava dava pra ver bem , a cara dele diante do túmulo. É Arthur , não sei se essa sua tristeza é culpa , ou arrependimento , mas é um pouco tarde pra isso não acha?

- Isso é só o começo , idiota! - Olho ele com ódio.

Karla
- Não acha melhor a gente ir? Antes que ele veja a gente. - Olho ela com a Liam no colo.

Lua
- Quero ver quanto tempo ele vai ficar.. - Olho ele.

Karla
- Ele parece bem triste.. - Olho.

Lua
- Ou é fingimento. - Olho.

Karla
- Pra quem? Ele está sozinho. - Olho ela.

Lua
- Pro ego dele. - Olho ele ainda.

Depois de um tempo , ele vai embora , nós também , seguimos ele , por outro corredor de túmulos , ele não percebe. Na saída , ele entra no carro e vai , saímos logo em seguida , pegamos um táxi e também fomos embora.

Fiquei feliz que meu plano deu certo , quer dizer , está dando certo. Queria muito saber como será os dias dele daqui pra frente. Mas aparecerei no tempo certo , agora nada pode atrapalhar meus planos.

As vezes me pergunto como uma pessoa muda assim da noite pro dia , ai eu lembro do que vivi e passei e tenho a resposta refletida na minha história , e isso fez aflorar uma Lua ressentida , vingativa , com sede de justiça em mim. E não vou parar até conseguir o que eu quero.

O Amor Que Há Em Mim - ConcluidaOnde histórias criam vida. Descubra agora