O Amor Que Há Em Mim - Concluida

Cap. 22

Chegamos no cemitério , desci do carro e subi na calçada , e na frente tinha uma floricultura , ele atravessou a rua e foi comprar , eu não sei se ele está fingindo ser essa pessoa meiga e um ex marido sentimental , pra conquistar a nova Lua aqui , ou é isso de verdade. Mesmo sabendo que isso não vai me fazer mudar , o que foi feito , está feito. Minutos depois entramos e fomos até o suposto túmulo , a se ele soubesse que quem está ai é uma completa estranha e não eu.

- É aqui? - Olho ele.

Arthur
- Sim.. - Me próximo do túmulo , me abaixo e coloco as flores.

Lua
- Ai , estão os dois? - Olho um pouco afastada dele.

Arthur
- Sim.. Não tiraram o bebê , acharam melhor assim , assim ele ficaria com a mãe. E na verdade era isso que eu iria querer. - Olho pro túmulo.

Lua
- Entendi.. - Olho.

Arthur
- Por mais que pareça mentira , eu sinto a sua falta , e acho que daria tudo pra te ter do meu lado. Eu faria tudo tudo diferente , ou pelo menos tentava , você sabe que eu tinha os meus momentos bons com você , que não era só briga , eu me arrependo imensamente de tudo que te fiz , a você e ao nosso filho. - Suspiro e passo a mão no túmulo.

Lua

Nessa hora eu não me aguentei e me derramei em lágrimas , meu coração acelera e até doía , a cena dele chorando diante de um túmulo de outra pessoa , que na cabeça dele e na de todo mundo sou eu , e que toda essa declaração de arrependimento é pra mim , eu não tive como me controlar. Enxugava meu rosto e mesmo assim as lágrimas insistiam em cair , eu não poderia ficar mais ali.

Arthur
- Tantas palavras rudes , cruéis , que eu te disse , eu peço perdão por todas elas. Sei que é tarde pra isso , você não está mais aqui , e isso me faz muito infeliz , porque a culpa é toda minha. Se você e o meu filho não estão aqui , é por minha culpa. E sim , eu sou um idiota , que não assume o que fez , mas eu prometo me redimir um dia. Confessarei um dia tudo que fiz diante das autoridade e a sua justiça será feita! - Olho.

Lua
- Não!! - Falo sem pensar na hora e viro o rosto ainda chorando.

Arthur
- O que foi? - Olho ela e vou levantando.

Lua
- É.. Acho melhor eu ir.. - Vou caminhando devagar.

Arthur
- Eu volto.. - Olho pro túmulo e saio.

Lua
- Que droga.. - Vou indo , enxugando meu rosto.

Arthur
- Espera! - Puxo ela pelo braço.

Lua
- Me solta! - Falo um pouco alto.

Arthur
- Desculpe.. - Solto.

Lua
- Não.. Foi mal , eu.. - Suspiro.

Arthur
- Eu te incomodei? - Olho ela.

Lua
- Não , é que achei muito triste , tudo que você disse ali. E fiquei comovida , só isso. - Olho pro lado.

Arthur
- Quer carona pra casa? - Olho.

Lua
- Sim.. Quer dizer não! Melhor irmos pra sua , pra ficarmos mais a vontade. - Sorrio.

Arthur
- Claro , boa ideia.. - Olho e vamos voltando pro carro.

Lua

Não , eu não posso deixar ele se entregar pra polícia , isso estragará todos os meus planos , e o castigo dele não será a prisão , óbvio , eu quero ver ele aqui fora , livre , sob o meu alcance , pra que eu posso faze - lo pagar por tudo que me fez. Eu não sossegarei até conseguir , quero Arthur derrotado , completamente sem dignidade , sem nada. E assim será , e só então , direi quem sou , me divorciarei dele e seguirei minha vida normalmente.